terça-feira, agosto 19, 2003
Não tão arrependidos
Li com cuidado, e não escondo que com algum bom humor (isto do cinismo é uma coisa maravilhosa!), as palavras do meu amigo CC e do Sr. Mari Alkatiri.
As palavras do meu amigo CC eram esperadas, pois temos ideias sobre a questão muito diferentes que debatemos vai para 17 anos, sempre com o mesmo empenho e com o mesmo entusiasmo e, devo dizer, com consequências razoavelmente inúteis, já que cada um se mantém, confortavelmente, na sua posição original.
Já as palavras do Sr. Mari Alkatiri me parecem verdadeiramente extraordinárias. Se não, vejamos.
Primeiro, o Sr. Alkatiri afirma, peremptoriamente, que tinha sido o Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia que iniciou o conflito. Confesso que fiquei, a princípio, sem palavras. Já tenho ouvido idiotices grandes, mentirolas crassas, fanfarronices despudoradas mas isto, meus senhores, ultrapassou tudo o que até hoje li e ouvi. Eu estava convencido, por aquilo que estudei sobre o conflito de Timor (porque o fiz, por obrigações académicas) que a FRETILIN tinha sido a grande responsável, com o auxílio de oficiais portugueses no terreno, que mais não eram do que comissários políticos dos tais partidelhos amplamento referidos nas intervenções anteriores. Com a sua inclinação para a esquerda maoista (aliás tinha o apoio mais ou menos velado da China comunista), com o seu plano de socialização e com a proclamação da independência.
Foi isto que começou a guerra. Não foi a acção do Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia. Só fico mais descansado por o Sr. Alkatiri «discordar da forma como foi morto» o militar português. Fica-me apenas uma dúvida: acha que talvez fosse melhor se tivesse sido morto de outra forma?
AR
As palavras do meu amigo CC eram esperadas, pois temos ideias sobre a questão muito diferentes que debatemos vai para 17 anos, sempre com o mesmo empenho e com o mesmo entusiasmo e, devo dizer, com consequências razoavelmente inúteis, já que cada um se mantém, confortavelmente, na sua posição original.
Já as palavras do Sr. Mari Alkatiri me parecem verdadeiramente extraordinárias. Se não, vejamos.
Primeiro, o Sr. Alkatiri afirma, peremptoriamente, que tinha sido o Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia que iniciou o conflito. Confesso que fiquei, a princípio, sem palavras. Já tenho ouvido idiotices grandes, mentirolas crassas, fanfarronices despudoradas mas isto, meus senhores, ultrapassou tudo o que até hoje li e ouvi. Eu estava convencido, por aquilo que estudei sobre o conflito de Timor (porque o fiz, por obrigações académicas) que a FRETILIN tinha sido a grande responsável, com o auxílio de oficiais portugueses no terreno, que mais não eram do que comissários políticos dos tais partidelhos amplamento referidos nas intervenções anteriores. Com a sua inclinação para a esquerda maoista (aliás tinha o apoio mais ou menos velado da China comunista), com o seu plano de socialização e com a proclamação da independência.
Foi isto que começou a guerra. Não foi a acção do Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia. Só fico mais descansado por o Sr. Alkatiri «discordar da forma como foi morto» o militar português. Fica-me apenas uma dúvida: acha que talvez fosse melhor se tivesse sido morto de outra forma?
AR