terça-feira, fevereiro 21, 2006

my eyes have seen the glory



LR

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Um passeio alegre

Um deputado municipal de Oeiras, do PSD, em conjunto com a CDU, vai apresentar hoje uma moção a exigir a Isaltino de Morais a suspensão do mandato de Presidente da autarquia. A resposta de Isaltino foi que o deputado em causa já quis ocupar muitos lugares importantes no partido e nunca os seus desejos foram atendidos.
Ou seja, e se bem compreendi, Isaltino Morais não se pronunciou sobre a validade do objectivo da moção mas decidiu considerar que aquilo é um problema de ressentimento do deputado municipal em causa. Isaltino acha, portanto, que o facto de ter sido formalizada contra ele a acusação de corrupção passiva, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal em nada o afectam enquanto titular de um cargo público.
Para concluír, o PSD de Oeiras não apoia a moção do seu 'companheiro' porque, e sito: "A população de Oeiras pronunciou-se e não é o senhor deputado que vai querer contrariar o sentido do voto da população do concelho". Ou seja, o voto do povo legitima as trafulhices, vigarices e outras 'ices' dos titulares de cargos públicos.
Um dia destes vou lá à secção dar um grande abraço ao presidente e digo-lhe: Boa, pá!
AR

Divagações XXXV

George: Condi! Nice to see you. What's happening?
Condi: Sir, I have the report here about the new leader of China.
George: Great. Lay it on me.
Condi: Hu is the new leader of China.
George: That's what I want to know.
Condi: That's what I'm telling you.
George: That's what I'm asking you. Who is the new leader of China?
Condi: Yes.
George: I mean the fellow's name.
Condi: Hu.
George: The guy in China.
Condi: Hu.
George: The new leader of China.
Condi: Hu.
George: The main man in China!
Condi: Hu is leading China.
George: Now whaddya' asking me for?
Condi: I'm telling you, Hu is leading China.
George: Well, I'm asking you. Who is leading China?
Condi: That's the man's name.
George: That's who's name?
Condi: Yes.
George: Will you, or will you not, tell me the name of the new leader of China?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir? Yassir Arafat is in China? I thought he's dead in the Middle East.
Condi: That's correct.
George: Then who is in China?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir is in China?
Condi: No, sir.
George: Then who is?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir?
Condi: No, sir.
George: Look Condi. I need to know the name of the new leader of China. Get me the Secretary General of the U.N. on the phone.
Condi: Kofi?
George: No, thanks.
Condi: You want Kofi?
George: No.
Condi: You don't want Kofi.
George: No. But now that you mention it, I could use a glass of milk. And then get me the U.N.
Condi: Yes, sir.
George: Not Yassir! The guy at the U.N.
Condi: Kofi?
George: Milk! Will you please make the call?
Condi: And call who?
George: Who is the guy at the U.N?
Condi: Hu is the guy in China.
George: Will you stay out of China?!
Condi: Yes, sir.
George: And stay out of the Middle East! Just get me the guy at the U.N.
Condi: Kofi.
George: All right! With cream and two sugars.

AR

Agora é que me vou meter num belo sarilho!
















AR

fogo à peça

A reacção aos cartoons tem feito comichão ao AR. O assunto seria desprezível (os cartoons são muito fraquinhos) não fossem os tumultos a que temos assistido. E como a Coluna tem sido parcial nesta matéria, aqui vai metralha noutras direcções:

Sobre Fátima, está tudo aqui... e sobre o Holocausto, recordo o que o GS dizia com piada: «Em Treblinka judeu não brinca!»

LR

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Momento intelectualmente desonesto ...

"Many nations of the world do not get to hear the truth about Islam but only what the enemies of Islam say. There should be no doubt that the teachings of Islam should be heard by all (...) . Undoubtedly, if the truths about Islam are taught correctly, most people will accept Islam. The Islamic ulema shoulder the heavy responsibility of presenting true Islam."
Iran's President Mahmoud Ahmadinejad

Sura 47, versículo 4: “Quando encontrardes os infiéis, cortai-lhes a cabeça, até fazerdes grande matança entre eles”.
Sura 9, versículo 29: “Fazei a guerra contra aqueles que tomaram conhecimento das escrituras e não acreditaram em Alá, ou no dia do juízo, e que não proíbem o que Alá e o seu apóstolo proibiram... até que paguem tributo”.
Corão (da transcrição apresentada neste blog por Manuel Barros)

AR

Cá vos espero VII



















AR

O Persa II













E aqui? Ou é maneta ou estava com frio! E que belo cachucho ...
AR

O Persa

















E agora digam lá se não tenho razão! Já repararam no casaquinho do gajo?
AR

Cá vos espero VI
















AR

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Será ...

... que os persas se vão manifestar nas ruas por eu ter dito que o seu embaixador é o embaixador deles? Será que os persas se importam de ser persas? Será que o embaixador dos persas se importa de ser embaixador dos persas? Será que não quer ser persa? Gostará de ser persa? Lançarão alguma fatwa sobre quem os chamar persas? Estarei em perigo? Será um abuso da liberdade de expressão chamar persas aos persas? E poderei aqui colocar fotografias dos persas? E será a generalidade dos persas tão mal amanhada com o presidente persa? Onde se vestirá o presidente persa? Será um persa o designer da sua roupa? Vestir-se-ão os outros persas tão mal como ele ou só aqueles que aparecem na televisão à chapada à própria cabeça? Estará a cumprir uma penitência? Terão os persas, sequer, penitências? E se não, porque se vestirão assim? E o persa que é embaixador dos persas? Vestir-se-á como o seu presidente?
Tantas perguntas e tão poucas respostas ...
AR

Cá vos espero V



















AR

Parabéns, pá!

Por aqui cheguei aqui. O Embaixador dos Persas, do alto da sua evidente sabedoria, disse coisas estraordinárias na passada Terça-Feira. Por exemplo:
«Para incinerar seis milhões de pessoas seriam precisos 15 anos, por isso há muito que explicar e contar». Ao que parece foi a Auchwitz, fez contas, e concluiu que não era possível insinerar seis milhões de judeus em tão pouco tempo, sendo necessário cerca de 15 anos para o fazer. Ainda pensei em não comentar coisa tão estúpida, mas esta semana ainda não tinha encontrado ninguém em quem zurzir e achei que servia.
O embaixador dos Persas, aparentemente, não sabe que morreram seis milhões de judeus mas que não morreram incinerados. Aliás, quando eram incinerados já estavam mortos. E morriam de fome, fuzilados e por aí fora. O Embaixador dos Persas bem podia ter evitado soltar tal aleivozia. Evitava o ridículo. Fica bem a um diplomata evitar o ridículo. Parece-me.
Na mesma linha perguntava-se o senhor:
"Que liberdade é esta que vocês têm que vos permite dizer o que querem de outros santos de outras religiões?" Como não sabe, eu explico-lhe: essa liberdade chama-se 'Liberdade de Expressão'. Fica a explicação. Se o senhor Embaixador dos Persas precisar que lhe explique mais alguma coisa acerca destes assuntos, faça o favor de dizer. Mas, a propósito disso, e no espírito de uma sã e fraterna troca de informação e conhecimentos entre as nossas duas civilizações, eu gostava que o Senhor Embaixador dos Persas nos explicasse porque é que ele quer que se respeitem os santos da religião dele mas o país dele não respeita os santos das outras religiões. Se isso não lhe causar grande transtorno, claro.
Finalmente, gostava de dar os parabéns ao Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal pelos rasgados elogios que o Embaixador dos Persas lhe dirigiu, a propósito da sua extraordinária posição respeitante a esta coisa dos Cartoons. Disse o Embaixador dos Persas:
«o ministro Freitas do Amaral teve uma posição que deve ser destacada. Disse coisas muito positivas e muito lógicas». Que belo elogio recebido desse país exemplar que é o Irão. Parabéns, pá!
AR

Cá vos espero IV



AR


Cá vos espero III


















AR

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Cá vos espero II



















AR

Cá vos espero














AR

Divagações XXXIV

Levanto-me, arranjo-me e saio de casa. Ligo o rádio. O Parlamento Europeu defende a liberdade de expressão como valor fundamental da Democracia. Sócrates subescreve Freitas. Hmmmm ... Será que a NATO poderia enviar uma ou duas divisões para restabelecerem a ordem e a decência neste país?
AR

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Hijo ou Filho?

Diz o Correio da Manhã que muitas mulheres da região da Elvas estão a ir a Badajoz para terem os seus filhos. Aparentemente, a Maternidade Mariana Martins, em Elvas, está a viver os seus últimos dias e a direcção do Hospital Distrital de Elvas está a discutir com a direcção do Hospital Infanta Cristina, de Badajoz, a possibilidade de as mulheres portuguesas da região ali terem os seus filhos.
Luís Ribeiro, do Hospital Distrital de Elvas, afirmou que as portuguesas do Interior "têm o direito a fazer os partos em condições idênticas às de Lisboa". Eu acho que não. As condições deveriam ser, antes, idênticas às de Madrid.
AR

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Divagações XXXIII

Quem é que eu zurzirei esta semana?
AR

mais que a liberdade de expressão, viva a liberdade do mau gosto

Um sujeito, de visita a Lisboa pela primeira vez, resolveu ficar em casa de um velho amigo dos tempos da faculdade, para poupar no hotel. Como só ia ficar dois dias, disse:
- Tens algum despertador disponível? Amanhã quero levantar-me às 6 da matina para tentar ver o Museu de Arte Antiga todo antes do almoço.
- Despertador? Vê-se mesmo que és solteiro, pá. Eu desde que casei, quando tenho de acordar cedo, a minha mulher faz-me (colocar aqui sexo oral, fellatio ou broche, dependendo de onde contarem a piada) e acordo no sétimo céu.
- A sério? E ela não se importa?
- Qual quê, adora!
- E às 6 não será muito cedo para ela...?
LR

A Hora dos Cobardes

Freitas do Amaral tem saltado de disparate em disparate com a facilidade dos tolos. Pior. Tem transmitido uma imagem de cobardia que me envergonha e revolta. Este fim-de-semana, em Évora, a afirmação de que tem sido o Ocidente o maior agressor leva-me a perguntar: quando?
AR

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

No princípio ...


... era um livro para crianças que pretendia contar, de forma acessível aos mais novos, o Corão e a vida de Maomé.
AR

Porquê?????

Ontem à noite, ao telefone, um amigo que vai passando por aqui interrogava-se porque motivo é que eu tinha entrado nesta 'coisa' dos Cartoons e porque é que eu achava que tinha que 'comprar' esta briga, que aparentemente não é a minha. Expliquei-lhe que era não só a minha mas também a dele. E mais. Que era a briga da minha filha e do filho dele.
Transcrevo, para que não fiquem duvidas sobre os motivos, o seguinte texto, escrito por Martin Niemoller, pastor protestante anti-nazi, em 1945. Desejando que sejam palavras que estejam sempre presentes na nossa memória.
AR

"First they came for the Communists, and I didn't speak up because I wasn't a Communist. Then they came for the Jews, and I didn't speak up because I wasn't a Jew. Then they came for the Catholics, and I didn't speak up, because I was a Protestant. Then they came for me, and by that time there was no one left to speak up for me."

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

À Liberdade - Que é sempre demasiado pouca

Aqui está-se a levar a cabo um abaixo-assinado pela defesa da liberdade de expressão e, no extremo (digo eu), da Liberdade. Pode-se ler lá o texto completo e seguir o link para, em caso de acordo, se assinar. Aqui fica uma parte pequena, que me parece significativa, do texto original.

"Pedir desculpa pela emissão de uma opinião livre publicada num jornal europeu será pedir desculpa pela Magna Carta, por Erasmo, por Voltaire, por Giordano Bruno, por Galileu, pelo laicismo, pela Revolução Francesa, por Darwin, pelo socialismo, pelo Iluminismo, pela Reforma, pelo feminismo."

AR

À Liberdade - Que é sempre demasiado pouca

Manuel Barros teve a amabilidade de deixar um comentário ao post com os Cartoons que, pelo seu conteúdo e claridade de exposição deve ter outro relevo. Não significa isto que partilhe, no entanto, de todas as conclusões do autor. A edição do texto é da minha responsabilidade.
AR


"A avaliação, à luz dos acontecimentos recentes, de uma eventual compatibilidade entre islão e liberdade de expressão, que conduz, aliás, à análise daquilo que o liga às raízes do terrorismo, desenrola-se, normalmente, com grande desconhecimento das fontes canónicas, das fontes fundamentais estruturantes do Islão.

Deve-se isto, frequentemente, quer a omissões deliberadas por parte dos clérigos muçulmanos perante os não crentes quer a pura e simples ignorância dos não muçulmanos. Ora, para se abordar um assunto como este com um mínimo de critério, é necessário algum conhecimento dessas fontes: corão, sira (biografias de Maomé), hadith ou sunna (relatos pormenorizados, coligidos por muçulmanos pios, com base em, pelo menos, três testemunhos da vida e ditos do respectivo profeta).

Para quem se der a esse trabalho, nomeadamente através da consulta de bases de dados islâmicas (por exemplo: www.usc.edu/dept/MSA/reference/searchhadith.html), é rápida a conclusão de que Maomé foi muito pródigo em ordens de assassinato de todos aqueles que se lhe opuseram.

O primeiro assassinato por ordem de Maomé, de que encontramos descrição nas fontes islâmicas, foi o de uma mulher, viúva, de nome Asma, que compôs versos satirizando o autoproclamado profeta. Uma situação em muito semelhante àquela com que actualmente nos deparamos. Maomé desafiou os seus seguidores a assassinarem a mulher que o afrontou no terreno da ironia. Quem respondeu ao desafio foi um discípulo cego chamado Umair. O devoto apunhalou-a enquanto esta dormia amamentando o seu bebé. Segundo os relatos, ao ouvir isto, Maomé exclamou: «Vede um homem que assistiu o Senhor e o seu profeta. Chamai-lhe não cego, mas antes Umair “o vidente”.

De muitos mais assassinatos às ordens de Maomé se encontra descrição nos hadith. Alguns exemplos, em tradução directa a partir da colectânea de Al Bukhari, tal como constam da referida base de dados islâmica:

Volume 4, Livro 52, Número 259: Narrado por Abu Huraira: O Apóstolo de Alá enviou-nos numa missão (i.e. missão armada) e disse: “se encontrardes fulano e sicrano, queimai-os a ambos com fogo”. Quando estávamos prestes a partir, o Apóstolo de Alá disse: “ordenei-vos que queimásseis fulano e sicrano, e ninguém senão Alá pune com o fogo, portanto, se os encontrardes, matai-os”.
Volume 4, Livro 52, Número 265: Narrado por Al-Bara bin Azib: "O Apóstolo de Alá enviou um grupo dos de Ansar a Abu Rafi. Abdullah bin Atik penetrou na sua casa durante a noite e matou-o enquanto ele dormia”
Volume 4, Livro 52, Número 270: Narrado por Jabir bin 'Abdullah: O Profeta disse: “Quem está disposto a matar Ka'b bin Al-Ashraf, que ofendeu deveras Alá e o seu Profeta?” Muhammad bin Maslama disse: “Ó Apóstolo de Alá! Queres que eu o mate?” Ele respondeu afirmativamente. Assim, Muhammad bin Maslama dirigiu-se a ele (i.e. Ka'b) e disse: “Esta pessoa (i.e. o Profeta) encarregou-nos de pedir por caridade”. Ka'b replicou: “Por Alá, cansar-vos-eis dele”. Muhammad disse-lhe: “Temo-lo seguido, portanto desagrada-nos abandoná-lo antes de assistirmos ao fim da sua missão”. Muhammad bin Maslama continuou a conversar com ele desta forma até que encontrou oportunidade para o matar.
Volume 8, Livro 82, Número 795:Narrado por Anas: O Profeta cortou as mãos e os pés dos homens da tribo dos ‘Uraina e não cauterizou (os seus membros a esvair-se em sangue) até que por fim eles morreram.

Estes hadith de Al Bukhari são fontes incontornáveis e incontestáveis do Islão. Nenhum muçulmano pio pode ou deve ignorá-las. Não nos esqueçamos que, no Islão, Maomé é considerado como o máximo exemplo de vida, o homem mais perfeito que jamais caminhou ou caminhará sobre a terra.
Atente-se também no que diz o corão. Por exemplo:

Sura 9, versículo :5 : "Mas quando passarem os meses de interdição, então combatei e matai pela espada todos aqueles que associam outros deuses a Alá onde quer que os encontreis; cercai-os, assaltai-os pela força, esperai-os com toda a espécie de emboscadas...”.
De igual modo, a sura 47, versículo 4: “Quando encontrardes os infiéis, cortai-lhes a cabeça, até fazerdes grande matança entre eles”.
A sura 9, versículo 29, afirma: “Fazei a guerra contra aqueles que tomaram conhecimento das escrituras e não acreditaram em Alá, ou no dia do juízo, e que não proíbem o que Alá e o seu apóstolo proibiram... até que paguem tributo”.
A sura 5, versículo 33, ordena: “a recompensa daqueles que combatem Alá e o seu Mensageiro, e espalham a desordem sobre a terra, é apenas a de que devem ser mortos, ou crucificados, ou terem as suas mãos e pés amputados em lados opostos...”
Na sura 48, versículos 16-17, lê-se que todos os que morrem “a combater na guerra do Senhor (Jihad)” são ricamente recompensados, mas aqueles que batem em retirada são dolorosamente castigados.

A matança, por decapitação, dos cerca de 600-700 homens da tribo judia dos Banu Kuraiza de Medina, que se haviam rendido às tropas de Maomé, oferece um dos primeiros testemunhos da prática destas suras e preceitos corânicos. Repare-se que, segundo os relatos, a matança durou todo o dia, do raiar ao pôr do sol, e Maomé assistiu e orientou, imperturbável, as operações que se desenrolaram na praça principal da cidade. Até ficar com sangue pelos artelhos, segundo o ufano cronista. Deu, depois, ordens que as mulheres e crianças dessa tribo fossem reduzidas ao concubinato e à escravatura.

Quanto ao tratamento a dar às mulheres não muçulmanas cativas, atente-se neste hadith, também de Al Bukhari:
Capítulo 22, Livro 8, Número 3371: Abu Sirma disse a Abu Sa'id al Khadri (que Alá se agrade dele): “Ó Abu Sa'id, ouviste o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) referir-se ao al-'azl [coito interrompido]? Disse ele: “Sim” e acrescentou: “Fomos em expedição com o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) contra os de Bi'l-Mustaliq e capturámos algumas mulheres árabes esplêndidas, e desejávamo-las, pois sofríamos da ausência das nossas mulheres (mas ao mesmo tempo) também desejávamos obter resgate por elas. Por isso, decidimos ter relações sexuais com elas observando o 'azl (retirando o órgão sexual masculino antes da emissão de sémen para evitar a concepção). Mas dissemos uns aos outros: “estamos a praticar um acto enquanto o Mensageiro de Alá se encontra entre nós, porque não perguntar-lhe?” Interrogámos, portanto, o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele), que disse: “não tem importância alguma que o façais dessa forma ou da outra, pois todas as almas que tiverem de nascer daqui até ao Dia da Ressurreição hão de nascer”.
Ou no Capítulo 22, Livro 8, Número 3373: "Abu Sa'id al-Khudri (que Alá se agrade dele) relatou: “Fizemos cativas algumas mulheres e queríamos praticar o 'azl com elas. Perguntámos então ao Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) o que fazer, e ele disse-nos: “Na verdade, fazei-o, na verdade, fazei-o, na verdade, fazei-o, mas a alma que tiver de nascer daqui até ao Dia do Julgamento há de nascer.”

Como se vê, para Maomé, a violação de cativas pelos muçulmanos é livre e nada importa que seja feita com coitus interruptus ou de outra forma.Tudo isto demonstra a fortíssima ligação, desde a origem, entre islão e terrorismo. A questão, para os muçulmanos, não é a da opção entre fundamentalistas e moderados, que é em larga medida uma ficção ocidental, mas saber se o Islão é capaz de pensar criticamente estas suas fontes e de as rejeitar. Só isto permitirá que o Islão aceda a uma civilização de respeito pelos direitos humanos, de respeito pela dignidade do homem, caso contrário será sempre uma poderosa força para degradação humana.

Eis aquilo a que os muçulmanos devem dar resposta: «Aceita ou não aceita estas passagens, partes indesmentivelmente integrantes do Islão mas merecedoras de severo exame e crítica? Rejeita-as no seu conteúdo? Não rejeita? Condena ou não condena os referidos actos de Maomé?» Só a resposta a estas questões permitirá aferir do grau de moderação de um muçulmano e do seu respeito pela restante humanidade.

Talvez que o primeiro assunto a tratar por um muçulmano, a propósito do Islão, que traduzido literalmente significa “submissão” e não “paz”, como nos querem fazer crer, seja o de dar resposta à questão do quantum de submissão compatível com a humanidade do homem. Sinto-me com todo o direito a criticar, violentamente se necessário, com ironia e sarcasmo se me apetecer, todos estes e quaisquer outros aspectos do Islão e da vida do seu profeta, Mafamede. Um cartoon é apenas uma forma condensada de crítica. Assistem-lhe os mesmos direitos que ao discurso verbalizado. Como tal, não vejo como se possa cercear legalmente, seja de que forma for, o exercício do direito a caricaturar, quando este exercício não contém em si nenhuma violência que não seja o furor da indignação da consciência. Não tem validade alguma o argumento de que isso pode ferir susceptibilidades. Essa é a própria essência da liberdade de expressão.

É extremamente infeliz, vergonhoso, que pessoas com responsabilidades representativas do Estado português, um Estado que se quer democrático, civilizado e respeitador dos direitos humanos, como é o caso do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, não o consigam entender. Por este andar, quais os livros a lançar ao fogo? Quais as páginas da literatura a apagar? As do humor virulento dos dadaístas? As da ironia surrealista? Cesariny? O’Neill?... Ou talvez Camões?... Gil Vicente?...Pode-se compreender que quem viveu e conviveu, tranquila e refasteladamente, com o regime de Oliveira Baltazar (sic) tenha pouco apreço pelas liberdades próprias de um Estado democrático respeitador da dignidade humana, que junte, até, a sua voz ao coro ululante de protestos dos filo-fascistas contra a liberdade de expressão. Não custa perceber que aos nostálgicos de totalitarismos para-estalinistas, caso de alguns representantes de partidos comunistas e de mais alguns, cause engulho a livre expressão de ideias e de ideais. Mas tais fenómenos são de molde a repugnar profundamente toda e qualquer pessoa que preze a liberdade, alicerce da dignidade do homem. Porque é muito triste assistir à capitulação da civilização perante a barbárie."

À Liberdade - Que é sempre demasiado pouca

Um corajoso Anónimo comentou assim os Cartoons colocados abaixo: "A tua mãe é uma grandecissima puta, AR. Gostas desta Liberdade?".
Meu caro Anónimo, deixe-me dizer-lhe duas ou três coisas. Primeiro. Falta um acento agúdo no grandecíssima. Segundo. A minha mãe, por acaso, não é uma grandecíssima puta. Às vezes a vida podia tê-la levada a isso. Felizmente não levou. Eu não tenho preconceito contra as putas. Lamento, mas o insulto passou ao lado. Terceiro. Grande capacidade de argumentação a sua. Parabéns. Quarto. Gosto muito desta Liberdade, é verdade. A Liberdade que lhe permite insultar a minha mãe, a Liberdade que me permite colocar os Cartoons de Maomé. A Liberdade que permite aos muçulmanos que vivem em Liberdade apelarem ao fim da Liberdade dos outros. A Liberdade, enfim, de me ter dado educação para não descer ao seu nível e abertura de espírito para, em vez de apagar o seu insulto, o colocar aqui, para que todos vejam e tirem as conclusões que quiserem.
AR

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

À Liberdade - Que é sempre demasiado pouca


http://www.faithfreedom.org/Gallery/Mo_Cartoons.jpg

Divagações XXXII

"If liberty means anything at all, it means the right to tell people what they do not want to hear."

George Orwell


Inch Allah

Tenho acompanhado aqui uma interessante discussão entre ocidentais (cristãos e ateus), asiáticos (principalmente budistas) e muçulmanos, acerca desta coisa dos cartoons do profeta Maomé.
Apesar de discutir muitas vezes o assunto, continuo sempre a surpreender-me com a postura 'o meu livro diz que é assim por isso eu tenho razão' ou então 'o meu livro é melhor do que o teu'. No ponto em que isto anda, vamos também acabar por discutir assuntos tão importantes como 'a barba do meu profeta está mais bem aparada do que a do teu' ou então 'as sandálias do teu profeta andam sempre coçadas' ou ainda 'que grandes quecas dá o meu profeta'.
AR

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Ah e tal? Ah e tal, não.

Estou no período de escolher escola/colégio para a minha filha. Por causa disso tenho visto algumas coisas boas e outras menos. Um dia destes, fui a uma entrevista a um colégio ligado a uma ordem religiosa de alta reputação no 'mercado'. Devo dizer que fui no papel de Eco. Por insistência da minha 'ex' e para não me saír com nenhum disparate que pudesse colocar em perigo uma eventual candidatura. Enfim, sacrifícios que se fazem ...
Dizia eu, então, que fui à tal entrevista. Devo dizer que acho bastante interessante esta coisa de os colégios quererem entrevistar os pais. Eu tenho para mim que eu é que tenho que entrevistar os colégios para saber se eles são merecedores da minha confiança para lá depositar a minha filha e receberem o meu dinheiro. Mas lá fui, preparado para dizer isso mesmo se a psicóloga tivesse uma conversa que me desagradasse.
Ao que parece, o colégio em causa afirma que está a 'formar elites'. Para além de não compreender essa afirmação do quadro da mensagem de Cristo bem me apeteceu dizer que belo trabalho da treta têm andado a fazer, considerando o estado terceiro mundista em que o país se encontra. Mais valia estarem calados e não dizerem a ninguém que andam a preparar elites há 30 anos ...
Bom, adiante. Lá fui. Aliás, lá fomos. A minha 'ex' para fazer as despesas da casa, eu para fazer de Eco e a minha filha para fazer desenhos enquanto nós eramos 'entrevistados'.
A certa altura, pergunta a psicóloga: 'Então e como é a vivência da Fé?' A quê? Consegui manter, a custo, a compustura, embora, por dentro, me lacerasse em gargalhadas silenciosas. Ainda pensei em responder: 'Ah, eu cá gosto dos Sabaths'. Mas depois ía ser uma grande confusão e decidi que era melhor não. A pequenita lá respondeu que o Menino Jesus tinha nascido no Natal e lhe dava prendas. A par com o Pai Natal. A minha 'ex' acabou por confessar que não vivia a Fé de forma muito empenhada. E eu, desta vez, fui um Eco mudo. Mas que gargalhava cá dentro garanto que gargalhava.
AR

Mau ...

Que a Sofia tente beliscar a grandeza de um clube como o Benfica ainda vá. Sportinguista que é, ainda se compreende o acto, mesmo que inútil. Mas que o meu amigo LR pareça alinhar nessa estratégia já não me parece correcto.
Alguns menos avisados parecem embandeirar em arco com os recentes resultados do Glorioso. Será que não se percebe que pelas bandas da Catedral o Natal é sempre mais longo e se está no período do Bodo aos Pobres?
AR

domingo, fevereiro 05, 2006

de mal a pior

Qual dos Sábados?
LR

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