quinta-feira, dezembro 30, 2004

engole as palavras

Acabei de ver na SIC Notícias que uma mãe australiana apanhada na enxurrada desta tragédia teve que escolher qual dos filhos ia salvar já que só tinha forças para agarrar a um. Ficou com o mais novo. A outra criança, de 4/5 anos, acabou por se salvar sozinha. Por instinto nadou "à cão" (não sabia nadar) e agarrou-se.

Incrível.

A Escolha de Sofia é a história de uma sobrevivente do Holocausto que vive assombrada por não ter conseguido escolher qual dos filhos envia para a morte.

Sofia

teologia da tragédia

Ainda a propósito da catequese, um excelente post do Alerta Amarelo.
CC

Pausa Kit Kat


www.dilbert.com/

Aplicável a vários contextos: Governo, trabalho, "você tem o cartão família?", filas de finanças.... já tinha dito Governo, não?

Colei o último quadradinho num caderno do meu trabalho. O meu chefe parou para olhar alguns segundos. Não surtiu efeito.
Sofia

mudança de fim de ano

Estava na altura de renovar os links. Desaparecem o umbiguista A Quinta Coluna, o extinto A Corneta, e os revisionistas Dor de Perdição e Partículas Elementares.
E entram, à esquerda e à direita que é por causa do contraditório e das moscas, Blasfémias, Bloguítica, Causa Nossa, Mar Salgado e Portugal dos Pequeninos.
Consummatum est.
LR

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Das crianças

Foi numa manhã de Sol. Lembro-me como se fosse hoje. Ali por Abril ou Maio. A enfermeira chamou pelo nome dela e eu, intrometido, peguei na minha filha e apresentei-a. Ía levar uma vacina e era a primeira vez que ía ter consciência de levar uma vacina. Tinha um ano e qualquer coisa.
Quando a enfermeira lhe enterrou a agulha na carne macia do braço, a minha filha olhou para mim com um olhar simultaneamente suplicante e espantado. A suplicar para a tirar dali e espantada porque não a tirava quando lhe estavam a fazer tanto mal. Não chorou, embora os olhos tivessem ficado repletos de lágrimas, tão cheios que ainda hoje, quando os revejo na minha memória (e revejo aqueles olhos tantas vezes ...) me espanta como nem uma lágrima se escapou.
Quando ouço a notícia da morte de uma criança aquilo vejo são nos olhos da minha filha naquele dia em que o pai, em quem ela confia sem hesitação, a traíu e deixou que lhe fizessem mal. Aquela inocência, tristeza, abandono, é o que me assalta, implacável e violentamente.
Das quase 70.000 pessoas que já foram dadas como mortas, podia haver apenas uma criança. Teria achado essa morte bem mais dramática e terrível do que as outras 69.999. Porque, façam-se as estatísticas que se fizerem, usem-se os argumentos que se quiserem, as crianças não deviam morrer.
AR

cuidar dos vivos

Pronto, pronto. Crianças ou não, precisam de ajuda.
Como o Estado tem mais onde gastar o dinheiro e, ainda assim, não o quer fazer antes de Janeiro, cabe-nos a nós fazer qualquer coisa:

Assistência Médica Internacional
Banco Espírito Santo – nº 015/40000/0006
Multibanco - entidade 20909 e referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços
Transferência bancária para o BES - NIB 000700150040000000672

"SOS Crianças da Ásia" da UNICEF
Caixa Geral de Depósitos – NIB 003501270002824123054

Cáritas ajuda vítimas do Sudeste asiático
Caixa Geral de Depósitos – NIB 003506970063091793082

Apelo emergência da Cruz Vermelha
Banco Português de Investimento – NIB 001000001372227000970

CC

catequese

Os meus amigos Miguel Marujo e Timshel têm muita paciência. Agora deram-se ao trabalho de responder às perguntas de catequese (pré-1ª comunhão) dos perplexos materialistas Celso Martins e Luís Rainha sobre a existência de Deus. Os rapazes lembraram-se agora a propósito do maremoto, claro. Como qualquer crente, olharam para cima à procura de Deus. E interrogaram-se (parabéns, pá)! Nunca tinham pensado no assunto, mas agora viram qualquer coisa na televisão que lhes despertou a metafísica. De pacotilha, mas é um começo.
CC

terça-feira, dezembro 28, 2004

In Memoriam *

"Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!..."

In Balada da Neve, Augusto Gil

* Estima-se que cerca de um terço das vítimas do sismo que varreu o Índico há dois dias sejam crianças.
AR

Hello you've reached the winter of our discontent *


Londres Posted by Hello
Esta foto é de Verão. Neste dia entardeceu às 22:01 (talvez aos dois minutos), essa hora imprecisa do lusco fusco. Parece outra vida. Ah o passado é inútil como um trapo.
Agora preparo-me para viajar por terras frias, onde máximas atingem 2 graus e as mínimas negativos.
Parece que funciona isto do hello (sendo esse o verdadeiro motivo do post). Podemos ter foto reportagem.
A frase * (line), como se devem recordar, era a mensagem que Ethan Hawke deixava no atendedor de chamadas do Reality Bites, mas também é um livro do Steinbeck. Principalmente é the line, a citação, do Henrique VI (ou Henry VI), e é, sobretudo, um estado de espírito. Actual.
Sofia

aos Domingos davam grandes passeios


Meet Me In St. Louis (1944), de Vincente Minelli
LR

Deus, Pátria, Família


White Christmas (1954), de Michael Curtiz
LR

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Estava à espera ...

que começasse a música de baixinho «noite de paz, noite de amor».

O Natal deve ser sobretudo um tempo em que nos viramos para dentro de nós!

«o Senhor»

Não é fácil perdoar! Não é fácil compreender quem tem atitudes que não tomaríamos!

«Deus de Amoooore»

Mas o Natal é isso mesmo! Que a política seja mais bonita! E que o futuro seja melhor para todos nós! glup

«pobrezinho nasceu em Belém, eis nas palhas ...»

Ministro esconde comovido lágrima furtiva com gravata azul eléctrica, apoteose, nação agradecida dá as mãos, vai à missa, vai votar, vota hoje, ...

Sofia

N.R: pontos de exclamação acrescentados. Texto baseado aqui. Não houve lágrimas(nem eleições espontâneas), não se deram mãos, houve missa.
Sei também que já passou, este momento, este devaneio, mas não tenho palavras para acompanhar a realidade. A morte ultrapassa tudo claro, porque é suprema.

porque morremos, Senhor? (com vénia ao CC)

Por momentos, esqueçamos a política e tudo o mais. O que realmente importa está aqui.
LR

Outros Natais

Normalmente juntavam-se as mulheres da casa a preparar a ceia de Natal.
Começavam logo de manhã a fazer Sonhos e os inevitáveis 'Velhozes' ou 'Filhozes', conforme a pronúncia.
A meio da tarde a cozinha da minha tia, que faria inveja a muita sala dos dias de hoje e tinha uma chaminé enorme que abarcava muito para além do fogão e pairava sobre uma área muito significativa, era uma barafunda indescritível, por onde eu, o meu irmão e primos vagueavamos, procurando roubar 'à socapa' torrões de açucar amarelo.
Grandes bacias tinham restos de massa de abóbora e de pastéis de bacalhau, que aguardavam pacientemente o momento de serem fritos. E depois era o bacalhau, as batatas, as morcelas, as coves e os ovos.
As minhas tias e a minha avó esmeravam-se, com a ajuda das filhas, em preparar um jantar que reunia, por regra, cerca de vinte pessoas.
O tempo passou e muitos dos participantes dessas ceias de Natal já não estão, em corpo, connosco. Mas este ano, agora para apenas treze ou catorze pessoas, voltou a haver a mesma azáfama, noutra cozinha, mas com o mesmo empenho. E o bacalhau, as batatas, as morcelas, as coves e os ovos cozidos voltaram a fazer-nos companhia na ceia de Natal.
AR

domingo, dezembro 26, 2004

perversão no Natal, não!

A propósito da explosão em Barcelos, disse um bombeiro na SIC: «As pessoas com aparelhos a gás não se devem deitar com eles.»
LR

sexta-feira, dezembro 24, 2004

serviço privado

Meus caros amigos e/ou conhecidos,
danifiquei o meu telemóvel e tive de comprar outro, à pressa. Escolhi o segundo mais barato da loja, da marca Sendo. Serve para tudo o que um telemóvel deve servir: fazer e receber chamadas, enviar e receber mensagens, ter uma agenda com números de telefone.
No entanto, a grande parte da minha lista telefónica - com os vossos números - estava localizada no telemóvel entretanto falecido.
Assim, venho por meio solicitar a todos vós (os que não tiveram a amabilidade de me enviar as inevitáveis saudações natalícias) que me enviem o vosso número, devidamente identificado, para o meu telemóvel (que manteve o mesmo número, visto que o cartão se salvou e já foi transplantado).
Ou, caso preferiram, escreveram para o meu mail: cc@sapo.pt. Digam qualquer coisa, mas não se esqueçam do vosso número de telemóvel.
Um abraço e até breve.
CC

e espero que não atinja mais nada ...

Rapazes:
Vale tudo, menos adjectivar. Estamos entendidos?
AR

quinta-feira, dezembro 23, 2004

e o chão

Caro LR,
na rua onde moro, os dejectos de animais são deixados nos passeios, em frente às portas dos prédios, por animais que vivem em casa e cujos donos não se importam de fazer casa-de-banho animália da via pública.
Há outros modos de controlo desses males (sim, parece que em Peniche a toxoplasmose é uma ameaça gravíssima), a que se faz referência no post abaixo, e que não passa pela condenação à morte pela fome dos animais.
CC

e ao décimo-quinto dia, a merda atingiu a ventoinha

Diz o CC: Já não bastava a crueldade e estupidez dos Circos de Natal, com ursos a andar de bicicleta, macacos a montar cavalos, tigres e leões a brincar aos bombeiros, cães a jogar à bola, elefantes apoiados apenas nas patas traseiras - e as torturas inflingidas aos bichos para que eles pratiquem esses actos verdadeiramente contra-natura, através de espancamentos, da electrocussões, chicotadas, etc. Agora, é a vez do "poder local" manifestar a sua sensibilidade para com os animais.
A Câmara Municipal de Peniche quer penalizar a solidariedade para com os animais, punindo com coima de 36 euros quem alimentar cães e gatos vítimas de abandono no concelho


Já estava na altura de termos uma polémica interna. O CC acha que maltratar os animais (in casu, no Circo) é errado. Também acho. Mas o CC acha que é igualmente errado punir com coima quem alimentar animais abandonados. Aqui é que a porca, ou a gata, torce o rabo. Quem quiser ter animais em casa, nada a obstar - desde que os mesmos não incomodem vizinhos, não larguem no passeio minas anti-pessoais, etc. (só aqui já tinhamos pano para mangas).

Agora, "cuidar dos animais" é normalmente desculpa para largar na via pública, ou nas áreas comuns dos prédios, restos de comida para serem consumidos pelos tais animais abandonados. Que (a natureza oblige) acabam por expelir os restos desses restos nos mesmos locais, aproveitando para semear algumas pulgas e outros parasitas. Isto dá azo a toxoplasmoses e afins, mas o que é isso comparado com a alegria dos pobres bichinhos - não é, CC?
LR
PS: Aplausos para a CM Peniche, que é fixe.

jaiminho, jaiminho...

Estás carregado de razão, Pedro.
LR

Nova expressão idiomática para o bloguês

Do meu passeio por alguns blogs tenho visto que a propósito dos casos Arqueoblogo e Substrato têm surgido várias expressões catitas como: "e o Público pode plagiar-me à vontade se quiser", "podia dizer que tirei isto do Público... ou posso fazer como o Público e dizer que saiu tudo da minha própria cabeça","se amanhã surgir no Público não se surpreendam" (e ao transcreve-las noto que estou em incorrer em plágio também porque não tenho paciência para pôr aqui links e autorias. A má educação começa em casa).

O Público tornou-se a Clara Pinto Correia deste mês (será que a Clara vai ser eterna?). Até ao próximo.

De qualquer forma encontrei um site simpático que aborda a problemática de uma forma descontraída.

Proponho que em forma de public disclaimer se passe a incluir nos blogs algo semelhante a isto (retirado do site referido acima, o English Made in Brazil, uma referência claro.):

«Não nos ofendemos nem nos sentimos prejudicados com isso [o plágio ], uma vez que nosso trabalho não tem objetivos comerciais. Vemos os plagiadores com um misto de pena e simpatia. Pena, pela falta de ética demonstrada e pela incapacidade de produzirem conhecimento próprio. Simpatia, por reconhecê-los como incontestes admiradores de nosso trabalho. Afinal, produzir e distribuir conhecimento em troca apenas de reconhecimento do público é nosso objetivo principal. Preferimos ser reconhecidos, mesmo que por desonestos, do que ignorados. Além disso, o fato de nosso trabalho estar sendo copiado é uma prova de qualidade.»

É uma mensagem de Boa Vontade de acordo com a época.

Mas para ser sincera das expressões idiomáticas que gostaria mesmo que ressuscitassem está essa velha espanhola (a expressão é que é velha e espanhola) - te lo juro por snoppy. Isso sim é credibilidade.


Sofia

kill the poor

Já não bastava a crueldade e estupidez dos Circos de Natal, com ursos a andar de bicicleta, macacos a montar cavalos, tigres e leões a brincar aos bombeiros, cães a jogar à bola, elefantes apoiados apenas nas patas traseiras - e as torturas inflingidas aos bichos para que eles pratiquem esses actos verdadeiramente contra-natura, através de espancamentos, da electrocussões, chicotadas, etc. Agora, é a vez do "poder local" manifestar a sua sensibilidade para com os animais.
A Câmara Municipal de Peniche quer penalizar a solidariedade para com os animais, punindo com coima de 36 euros quem alimentar cães e gatos vítimas de abandono no concelho.
A notícia é do Correio da Manhã e chegou-nos através da Associação Animal. Numa decisão verdadeiramente alarmante, a Câmara Municipal de Peniche aprovou uma sanção de 36 euros que, de agora em diante, passará a ser aplicada a quem, por compaixão e solidariedade, queira alimentar cães e gatos abandonados que vivam neste concelho. Como se não bastasse já o facto dos animais de companhia serem abandonados em todo o país e habitualmente perseguidos e mortos pela generalidade das autarquias, que não têm programas municipais de protecção, mas sim de abate de animais, a Câmara Municipal de Peniche vem tornar o caso ainda mais negro, punindo os cidadãos e munícipes que fazem aquilo que o Estado e as autarquias não fazem - ajudar e alimentar os animais.
A Associação Animal, solicita a todos que enviem e seguinte mensagem de protesto (ou outra, se preferirem) para a Câmara Municipal de Peniche, através do e-mail cmpeniche@ip.pt ou do número de Fax 262780111. O número de telefone directo para a Câmara Municipal é o o 262780100:
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Peniche,
Soube, através de uma notícia do "Correio da Manhã", que a Câmara Municipal de Peniche aprovou uma medida que pretende aplicar uma sanção pecuniária a quem, por compaixão e solidariedade, quiser alimentar os cães e gatos abandonados que vivem no concelho de Peniche, ajudando-os, desta forma. Se o problema do abandono de animais de companhia é já algo que envergonha Portugal enquanto país que se quer civilizado, e se a falta de resposta das autarquias para resolver este problema sem matar animais é, em rigor, um sintoma de subdesenvolvimento que urge curar, a verdade é que a notícia desta medida aprovada pela autarquia a que V. Exa. preside é, mais do que um sinal de incivilidade, uma cruel agressão aos animais que já foram vítimas do mal que é o abandono, assim como é uma agressão a todas as pessoas que, em justiça, se preocupam com eles.
É por esta razão que, na qualidade de cidadão de Portugal, escrevo a V. Exa. para lhe dirigir um claro e forte apelo para que revogue esta medida de imediato, permitindo que os animais abandonados sejam alimentados e procurando antes estabelecer parcerias com associações de protecção dos animais para encontrar boas soluções de adopção destes animais, atendendo ao dever moral de os proteger e à importância de, ao mesmo tempo, preservar a saúde pública e higiene urbana.
Caso esta medida não seja levantada, estou, na raiz das minhas convicções e pela força da minha indignação, na disposição de me dirigir a Peniche para, com muitas outras pessoas que comigo partilham este sentimento de repulsa, fazer sentir o meu protesto de outro modo.
Aceite os meus melhores cumprimentos,
.
CC

quarta-feira, dezembro 22, 2004

apoio à vítima

A Quinta Coluna está solidária com as vítimas do esbulho perpetrado pelo jornal Público aos nossos colegas bloguistas do (verdadeiramente) endrominado Substrato e do excelente Arqueoblogo, de Marcos Osório.
Como pergunta o indignado «como se pode citar vários posts de um blog, apropriar-se das estórias de um blog, dos textos de um blog, dirigir um mail ao autor do blog para perguntar pormenores porque se quer escrever um artigo de jornal sobre isso, o blogger responder de bom grado... e depois a estória ser publicada e não referir o blog em causa?»
Entretanto, parece que a autora do plágio ao artigo de Marcos Osório foi despedida. Quanto a Catarina Serra Lopes, autora do plágio ao Substrato desconhecem-se consequências da sua má educação.
CC

hoje há Terra

A dúvida da fé, a escuta da blogosfera, a prenda do Natal, as figuras do presépio, a Terra da Alegria.
CC

terça-feira, dezembro 21, 2004

obrigado, Paulo Sampaio...

por nos poupares a mais uma humilhação.
LR

PS: Afinal parece que foi Zé Manel a marcar o autogolo do Oliveirense. O seu a seu dono.

uma questão capilar

ele diz que a coisa está preta

mas ele diz que quinta-feira resolve tudo

Em quem confiar? Têm os dois péssimo gosto para penteados...
LR

Por que é que devemos contratá-la?

Cenário: restaurante chinês entre duas garfadas da Caçarola Três Delícias (muita rasca, soubesse eu...).



- Estávamos a pensar em convidar algumas pessoas para escrever para o nosso blog. Pensámos em ti, se quiseres voltar a escrever. Sem agendas, sem pressões, cada um escreve o que lhe apetece…
- Sabes que eu não sou do Benfica?
- Sei ….
- Então tá bem. Aceito
- Então é assim? Já aceitaste?
- É. É assim.
- Ah! Faltam ainda aquelas perguntas da praxe:

a)Numa sala estão 10 pessoas. Cumprimentam-se todas com um aperto de mão. No final quantos apertos de mão foram dados?
b)Quantos carros vermelhos circulam em Lisboa?
c)What is the meaning of life? (para testar o nível de Inglês e de idiotice geral)
d)Em que século foi o SLB campeão?


Reprovei nestas mas eles aceitaram-me na mesma. Note to self: próxima pedir porshe antes do crepe.

Sofia

segunda-feira, dezembro 20, 2004

o humor negro da SIC Notícias

«(...) Matilde, a ex-viúva de Sousa Franco (...)»
LR

ad instar a corneta

No dia 23 de Dezembro, Zé Pedro Moura vai estar no Lux Frágil, com o seu projecto Disorder. Recorde-se que Zé Pedro Moura integrou os saudosos Pop Dell’Arte, colaborou com João Peste nos Acidoxibordel e foi baixista dos Mão Morta durante uma década. Em finais dos anos ’80, em paralelo com a sua actividade musical, dedicou-se ao mundo DJ’ing, tornando-se DJ residente no Lux Frágil.

São precisamente os Disorder, os mais distintos representantes do movimento neo-punk-electro-techno-rock português, que vão novamente actuar no Lux. Ao lado de Zé Pedro, também a desordenar os lás, mis e rés, está Dexter, outro sábio DJ. Ainda recordamos fantásticas actuações de ambos, que animaram as melhores noites de Verão no Lux, levando o público ao mais alto climax do summer chill de Lisboa.
Sim, porque o Electro nacional não é só feito de DJ Kitten, Miss Kittin, DJ Hell, Felix Da Housecat, LCD Soundsystem, Dezperados e outros mais conhecidos, mesmo dos leigos, desde que saiam à rua de quando em vez. A par dos Disorder (pronto, um pouco abaixo, estes são o créme de la créme), estão os Blackstrobe, os Tiefschwarz, o Damian Lazarus, o I-F, os Glimmer Twins, Nelson Flip, etc.
Sigam a nossa sugestão e encontramo-nos lá. Isto se eu chegar a tempo, depois de ver os Loose Canon nas Catacumbas (Flapi no saxofone, José Soares à guitarra, Francisco Rebelo no baixo e Rui Alves na bateria), e os Sutzu no Santiago Alquimista. Marcam tudo para a mesma hora e depois o público que escolha...


Bem vinda, Sofia.
CC

sábado, dezembro 18, 2004

safa!

Ontem, perto de Torre de Moncorvo, quase que atropelava um auroque. Foi pura sorte. Mal tive tempo de me aperceber do quadrúpede a atravessar a estrada, guinei bruscamente o carro para a berma e parei a poucos centimetros de uma árvore. Assim que me refiz do susto, telefonei para o ICN. Apresentei queixa de imediato.
Então estes animais não estavam extintos?
CC

e dai ao mundo a paz em nossos dias


Invaders from Mars (1953), de William Cameron Menzies
LR

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Divagações XII

Primeiro, pensei em escrever sobre a Turquia e a sua adesão à União. Pensei em explicar a quem ainda não percebeu como é vital para a nossa segurança, se outro motivo não existisse, ter no leste do continente um estado com as características da Turquia. Pensei em explicar como a Turquia é importante para a abertura de novos mercados na Ásia Menor e no Médio Oriente, actualmente nas mãos de russos e americanos, e como será um elemento de fortalecimento da posição europeia na cena internacional. Mas depois desisti da ideia, porque isso obrigava-me a um grande esforço e eu hoje não estou para aí virado.
Depois, pensei em falar de Santana Lopes. É certo que não há nada de novo a dizer do indivíduo, para além de que toda a gente lhe tem batido a torto e a direito. Mas é certo também que dá sempre um certo gozo bater no homem que prometeu (e era tão bom que tivesse cumprido ...) que se ía embora e nunca foi, e que prometeu um casino para o Parque Mayer que ía mudar para a Feira Popular que ía para o Rossio que ía para Chelas que ía para ... enfim, já sabemos, não é? Mas não, também me faltou a vontade.
Então pensei em não escrever nada. Decisão acertada, sem dúvida, mas eu não sou propriamente conhecido por A 'Decisão Acertada' R, por isso atirei mais essa ideia para o cesto do lixo das minhas cogitações.
E, assim, nasceu este texto, filho dilecto de uma preguicite em grau apurado e de uma vontade incontrolável de falar sem dizer coisa nenhuma.
AR

ad instar a bordo

Virtudes e razões. O tubo da pasta de dentes é um campo de batalha caseiro. Ela aperta o tubo a meio, esteja ou não cheio de pasta. Ele enerva-se e aperta o tubo no fim, para que a pasta vá subindo ordenadamante tubo acima. Ela, indiferente, não responde porque não vê. Ele não responde porque vê. Quer a razão a orientar-lhe as ocupações matinais na casa de banho. Mas ele não sabe que «o iluminismo tornou-nos cegos». Torna-se, então, necessária uma «concepção de investigação racional encarnada numa tradição e segundo a qual os próprios critérios da justificação racional emergem de uma história da qual eles fazem parte, e na qual eles são justificados pela maneira como transcendem os limites dos critérios precedentes e superam as suas fraquezas no interior da história dessa mesma tradição» (Alisdair MacIntyre, Quelle Justice? Quelle Rationalité?. Paris. Presses Universitaires de France. 1993, pág. 8).

Com um abraço.
CC

GPS para quê?


Basta clicar aqui.
LR

quinta-feira, dezembro 16, 2004

o regresso dos Irmãos Metralha



Duas ou três notas (por ora, finais) sobre este tema:

Desculpas aceites, caro Anonymous, e espero vê-lo com assiduidade por aqui. Estamos em desacordo, mas gostei do debate.

O nosso amigo, leitor assíduo, e membro honorário Ian Watts escreve-nos da Virginia, EUA, dizendo o seguinte: «regarding the penal system here in the united states, and to america's credit, for a while it was indeed thought that prisons were meant as a place not only of punishment, but also a locus for reforming the delinquent. prisons were given libraries, places for the exercise of honest work - so as to promote a work ethic - and also spiritual enlightenment and growth. prisons were places where a human was seen just as that - a human.
also growing in this period were ideas of the american myth, the romantic cowboy, that labor liberates (an interesting phrase we also find over the entrance to nazi dachau) and the concept of 'pulling oneself up by the bootstraps'. in this era the middle class also spread.
unfortunately in the years that followed the second world war, the basic fabric of american society underwent a series of great upheavals. if i'm to continue to speak in vague abstractions, the middle class found itself under immense pressures from a group which it had used for cheap labor - blacks. other groups too were vying for recognition after the war as well: asians (japanese in california & hawaii) and emerging latino communities.
progressivism stopped. jails stopped becoming places of rehabilitation, along the lines of old workhouses, rather dumping grounds for society's alleged refuse.
we'll find in today's prisons many of those suffering from economic woes, and those who happen to be at the bottom of the economic pyramid - namely the nation's blacks and latinos. in time, perhaps the ethnic make-up of the nation's prison may change in time, if racial-economics allow as such, but this is hightly doubtful.
one thing, that as an american which does bother me is that prisons have lost their previous role as places of rehabilitation. for a long while, i'd believed that those people who acted against society deserved to be ejected from society, as rosseau had once suggested in his 'social contract'. but, denying one their basic rights of life and liberty are things society has no right to take from man. regarding the death penalty in the united states, it is very saddening that such measures are taken in the name of the state. no person has the right to take the life of another, and in having the state take the life of a person, means that each citizen of the state are guilty of having executed someone. regarding prisoners - a prisoner, i can understand can have his civil liberties suspended in prison; but prison is still to have the role as a place for rehabilitation (as the penal system still claims that prisons still have a function as), then his rights as a citizen should also be returned.
on another interesting tangent, american prisons represent very much the mentality of how the united states views the rest of the world. prisons and schools mirror our popular conscience, if we are to invoke foucault... prisons are places where we place people society no longer wishes to deal with nor see; they are convenient receptacles for problems that continue to fester on the national scene. schools are engineered very much in the same fashion - racial-economic classes are mirrored in our systems of 'tracks'. it is all quite disturbing, especially looking at it all while living within the system itself.
America prides itself on being an egalitarian society; but americans forget that our constitution orginally had written in it that only those who owned property could vote. this was later striken... but the intent and spirit still remains.
i think it is interesting that the concept of race was born of economic classes in england...
»

E remato com um convite para clicarem aqui e verem o que isto significa na prática.
LR

mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas


A Costa dos Murmúrios (2004), de Margarida Cardoso
LR

quarta-feira, dezembro 15, 2004

A borboleta amarela II

A borboleta amarela é um dos grandes mistérios da vida. Quando a vemos não podemos evitar desejá-la, queremo-la e perseguimo-la pelos mais estranhos caminhos da vida, pelas florestas mais densas, pelas mais altas montanhas ou pelos desertos mais inóspitos.
E, no entanto, não conseguimos impedir-nos de perseguir a borboleta amarela. Ela volteia provocadoramente à nossa frente, sorri-nos maldosamente e convida-nos a segui-la. E nós vamos, sem mesmo saber por onde, apenas perseguindo a borboleta amarela.
Não nos importamos que ela nos escape e que nunca a consigamos apanhar. O que nos preenche é, sempre, a esperança de um dia conseguirmos agarrar a borboleta amarela.
AR

De coligações e outros considerandos

Eu tenho uma teoria. Não há coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS porque este último não quer.
A realidade tem demonstrado que os actuais dirigentes do PSD não estão, infelizmente - digo eu, ao nível da qualidade dos dirigentes do CDS. Aliás, refira-se de passagem, que tirando a Srª Cardona, os ministros que o CDS apresentou deixaram obra. Pode-se até não concordar com ela, mas fizeram-na, de acordo com aquilo que tinham prometido e dentro das linhas ideológicas que defendem.
Para o CDS, concorrer coligado com o PSD era perder a credibilidade que conseguiu ganhar durante estes anos de governo.
A comunicação de ontem só pode alegrar dois grupos de pessoas: os militantes do CDS, por um lado, e os militantes do PSD que, como eu, acham que para haver uma verdadeira renovação e regeneração do partido é necessário que este bata no fundo. Sem isso, não haverá forma de nos vermos livres de indigentes e cambada sem escrúpulos ou princípios. E já é tempo de o PSD tomar juízo.
AR

terça-feira, dezembro 14, 2004

os Irmãos Metralha podem votar?

A propósito do meu post "amerikkka", alguém comentou: Por acaso até acho interessante essa ideia de os prisioneiros não votarem. Parece-me lógica. Se não estão em condições de viverem normalmente em sociedade estarão preparados para decidir sobre destino de um país? Aliás, essa lógica já acontece com o funcionalismo público. Quem é preso (não sei se em todos os casos) perde automaticamente o vinculo a qualquer cargo publico que ocupe.
Quanto aos tais 20% de negros o que fazer? São por acaso todos injustamente condenados? Deve-se fazer uma lei diferente para eles (ou seja, fechar os alhos aos crimes que cometem por causa da cor da pele, das dificuldades económicas, etc, etc)?
Perguntas interessantes a fazer antes de começar a salivar mal se houve a palavra "América".

Embora o comentário não tenha exactamente a ver com o tema do post (no tempo dos newsgroups - que saudades! - diria que estava off-topic), tem a virtude de fazer pensar.
Alguns sistemas penais/prisionais valorizam a componente punitiva. O americano, por exemplo, prevendo no limite - e em nome desse princípio de "castigo" - a pena de morte. Entre nós, valoriza-se a componente de reinserção. O comportamento é punido com perda de liberdade, ou pena pecuniária, mas procura-se igualmente reinserir o indivíduo para que não volte a prevaricar. Mais modernamente, tem-se valorizado também a componente de reparação do dano, no sentido de obrigar/sensibilizar o delinquente para a necessidade de indemnizar e compensar quem sofreu por causa dos seus actos.
Assim sendo, por convicção ideológica, opinião técnica e prática pessoal (integro os corpos sociais desta entidade), acho que os prisioneiros estão em condições de viver normalmente em sociedade, e designadamente de votar, com as limitações decorrentes do estado de reclusão a que foram condenados e que têm de cumprir. À parte tais limitações, são tão cidadãos como qualquer outro.
A ideia supostamente "interessante" de tratar os prisioneiros como cidadãos de segunda tem dois reflexos. Vai potenciar a exclusão, e por arrastamento a prática de novos crimes. E será vista com outros olhos por quem, com as voltas que a vida dá, se vier a encontrar nessa situação...
Quanto à questão da cor da pele, era meramente demográfica/estatística. Ou melhor, tinha a ver com a constatação de que uma lei injusta (privação do direito de voto a reclusos, ou até a todos que sejam acusados penalmente) afecta sobretudo um grupo étnico localizado, nos Estados Unidos.

Se salivo quando oiço o nome deste país, só se for com vontade de lá voltar. É que por acaso gosto muito - e por isso critico o que não está bem. Da próxima vez, caro Anonymous, não seja tão precipitado a falar do que claramente não sabe.
LR

livrai-nos, Senhor, de todo o mal


Forbidden Planet(1956), de Fred M. Wilcox
LR

segunda-feira, dezembro 13, 2004

pensamento do dia

Estás enganado, António. O sismo não foi hoje, foi ontem à noite no Restelo e teve magnitude de 4,1 na escala de Moreira.
LR

A Culpa não pode morrer Solteira

Esta tarde houve um 'pequeno' abalo sísmico que percorreu o país. Devo dizer que apanhei um susto dos diabos, porque o sítio onde estava abanou e de que maneira. Devem ter sido os dois segundos mais longos da minha vida!
Naturalmente, alguém tem que ser responsabilizado por isto. PSL ao apedrejamento, JÁ!
AR

homenagens

Inicio aqui uma série de posts de homenagem a cada blog que temos linkado na coluna à direita (cruzes, canhoto!).
Começo pela minha querida Terra, com um texto da minha autoria. Depois, seguir-se-à a ordem alfabética.


Como sou herdeiro da tradição católica, cheia de formalismos, rituais, ademanes, simbolismos cujo significado se perde no tempo e que a fraca razão contemporânea tem dificuldade em atingir, não tenho o à-vontade com o divino que têm, por exemplo, os nossos irmãos protestantes. Invejo a intimidade que eles têm com Deus. Parece que falam directamente com Ele e - suponho eu - Deus deve responder-lhes.

A minha relação com Deus passa sempre ao lado d'Ele. É colateral. Concretiza-se sempre através duma externalidade: pela Igreja (a Católica, Apostólica, Romana), com a mediação da comunidade (a paróquia, por exemplo), na pessoa do padre; pela intercessão dos santos; pela leitura dos textos sagrados (com a plena consciência que Jesus apenas escreveu um rabisco fugaz no chão e que nenhum versículo da Bíblia mereceu o imprimatur do Pai); pelo Magistério. Por vezes tenho, como qualquer ateu, pequenas epifanias da natureza. Como qualquer ateu. Noutras ocasiões parece-me que chego mais perto de Deus (ou deixo que Ele se aproxime de mim) através de coisas ainda mais pequenas, como um filme, um romance, uma música. Sei também que não foi Deus quem realizou Por Um Fio (foi o Scorsese), mas não o trocava pelo livro de Judite.
Claro, há a oração. Mas mesmo nos momentos mais intensos de oração, individual ou comunitária, nunca senti que Deus estava pessoalmente perto de mim, a escutar-me. Talvez esteja, mas nunca houve qualquer feed-back da parte d'Ele. Admito, no entanto, que o conteúdo das minhas orações não O comova particularmente.
E também não sou muito bom a ler sinais. Nunca percebi o que Ele me quer dizer. Na verdade, acho que não me quer dizer nada de especial. Caso contrário dizia.

A mim Deus não liga nenhuma importância. Isto é, coloca-me no meu devido lugar, reduzindo-me à minha humilde significância. Assim, como tenho dificuldades em comunicar com Ele, em O conhecer (e, portanto, de O amar), fico-me pela tentativa de amar os meus irmãos. E nem disso sou capaz.

Carlos Cunha [
A QUINTA COLUNA]

domingo, dezembro 12, 2004

amerikkka

Como é da praxe, João Carlos Espada brinda-nos com algumas pérolas na edição de hoje do Expresso. Sob o mote «não nos incomodem com eleições todos os dias», explica que outros países (leia-se os do costume, EUA e Grã-Bretanha) «têm as democracias mais estáveis e mais antigas», enquanto que «nós, por cá, vamos continuar a mudar de governo». E remata: «alguém perguntou por que estamos na cauda da Europa?».
Acontece que João Carlos Espada sabe bem (melhor que eu) que numa dessas "democracias mais estáveis e mais antigas" as pessoas são privadas do direito de voto se tiverem cumprido pena de prisão, ou em alguns casos apenas por terem sido arguidas num processo crime. Falo dos EUA, e mais especificamente do Sul. João Carlos Espada sabe também (melhor que eu) que essas pessoas são na esmagadora maioria dos casos negros, o que fazendo as contas resulta em cerca de 20% da população negra americana impedida de votar.
Entre nós, na "cauda da Europa", isso seria tão flagrantemente inconstitucional que não passa pela cabeça de ninguém (lagarto, lagarto...). Mas o bom do João Carlos é um espada a pintar a "verdade" que lhe convém, em nome da perfeição do modelo que elegeu como paliativo para todos os males do mundo. Ele já era assim nos tempos do MRPP e do maoísmo, apenas virou o disco.
LR

sexta-feira, dezembro 10, 2004

cada um tem o que não merece


Comme Une Image(2004), de Agnés Jaoui
LR

JMDB

Eu também gosto muito de José Manuel Durão Barroso. Ou Durão Barroso. Ou José Barroso. Ou lá o que é. Enfim ... adiante. Durão Barroso não tem um rabicho, o que não faz mal, porque eu não gosto muito de rabichos. Também por causa disso gosto muito de Durão Barroso. Além disso, ele honra-me em ser agora uma pessoa importante no Mundo. E isso é bom. É bom para ele e por isso eu gosto muito dele. Também apareceram uns senhores a dizer que isso era bom para mim. Eu gosto que as coisas sejam boas para mim, embora não perceba porque é que é bom para mim que o José Barroso seja uma pessoa importante. Mas como eu gosto muito dele, então está bem. Há para aí uns senhores que dizem que Durão Barroso fugiu. Isso não se diz porque é feio. Eu não gosto de pessoas que dizem coisas feias. E não acredito nelas. Quem fugiu foi um senhor chamado Guterres. O senhor chamado Barroso dizia que o senhor chamado Guterres tinha fugido e por isso ele próprio nunca poderia ter fugido. Apenas se foi embora. E é falso que tenha deixado o país numa bagunça. O país já estava numa bagunça. Para além disso o José Durão consegue muitas coisas difíceis, como defender uma coisa quando era primeiro-ministro e fazer outra quando é uma pessoa importante, sobre o mesmo assunto. O José Manuel não é bonito. É como o Santana Lopes. Só tem mais um dente torto à frente e lembra-me um gnomo quando se ri. Eu gosto de gnomos e do Manuel Durão.
AR

pensamento do dia

Os sapatos apertados fazem Frida Kahlo.
LR

eu lembro-me

Promessas eleitorais de Santana Lopes na campanha para a Câmara Municipal de Lisboa:
- Abertura do túnel entre o Marquês de Pombal e as Amoreiras.
- Aumento das zonas pedonais em toda a cidade.
- Melhoria na oferta de transportes públicos, desencorajando o uso de viatura própria = menos-não-sei-quantos-milhares de carros na 2ª Circular.
- Repovoamento do centro de Lisboa, através de incentivos à habitação de jovens no centro e da colocação no mercado de andares devolutos, expropriando-os se necessário fosse.
- Requalificação do Parque Mayer = até Dezembro de 2002.

- Construção de equipamentos sociais, nomeadamente escolas e piscinas.
- Um silo de estacionamento por cada bairro.
- Criação de um Fundo Imobiliário para recuperação de zonas históricas, em especial a Baixa pombalina.
- Saída dos ministérios do Terreiro do Paço.
- Revisão do regime de cargas e descargas, acabando com a actual confusão diurna.
- Autocarros de saúde como postos de prestação de cuidados médicos básicos aos toxicodependentes.
- Equipas de ruas em todos os bairros problemáticos da cidade, fazendo a troca de seringas nos locais de consumo, aconselhamento da prevenção da sida, combate à tuberculose e prestando cuidados de enfermagem.
- Aumento para o triplo do número de efectivos de Polícia Municipal nas ruas.
- Transferência da Feira Popular para os arredores de Lisboa e construção no local de residências universitárias.
- Galeria Municipal de Arquitectura.
- Bienal Internacional de Arquitectura.
- Festival Internacional de Cinema e Festival Internacional de Teatro.
- Uma "Lisbon Film Commission", para produção de filmes e séries de televisão.
- "Mega Espaço da Juventude".
- "Espaços Multimédia" para acesso à Internet.
- "Passe Cultural Lisboa Jovem" gratuito.
CC

quinta-feira, dezembro 09, 2004

PSL

Eu gosto muito de Pedro Santana Lopes. Pedro Santana Lopes tem um rabichinho no cabelo e eu acho muito bonitos os rabichinhos no cabelo. Enfim, por acaso não gosto nada, acho mesmo muito foleiro, mas não faz mal, porque eu gosto muito de Pedro Santana Lopes. Pedro Santana Lopes, segundo algumas mulheres, é muito giro e tem muito charme. Eu, por acaso, não acho e acho que ele tem uma cabeça enorme e desproporcionada em relação ao resto do corpo, mas isso não faz mal, porque eu gosto muito de Pedro Santana Lopes e isso até prova que ele é muito mais inteligente do que os outros todos. Os outros todos dizem que ele foi um péssimo primeiro-ministro e é incompetente. Eu não concordo. Eu acho que ele tem sido um óptimo primeiro-ministro. O país é que é muito mau. A culpa é do país e eu gosto muito de Pedro Santana Lopes. Houve um senhor que se foi embora do governo e disse que Pedro Santana Lopes não era leal nem amigo. Eu acho que esse senhor (que, note-se, não tinha rabichinho) é que não era leal nem amigo, e só disse o que disse porque queria coordenar e ninguém o deixou coordenar. Eu acho isso muito feio e gosto muito de Pedro Santana Lopes. E depois dizem que Pedro Santana Lopes não tinha rumo e não sabia para onde ía e isso não é verdade, porque ele tinha muito rumo, tanto que tinha que estar em vários rumos ao mesmo tempo. O país é que não percebia porque o país é que é mau. Eu gosto muito de Pedro Santana Lopes e vou votar nele, a não ser que não me apeteça votar nele mas mesmo que não me apeteça votar nele não deixo de gostar muito de Pedro Santana Lopes.
AR

momento Parque Mayer

Citando o Asul: uma das medidas de coacção aplicadas a António Araújo foi a proibição de frequentar "qualquer casa de alterne onde se pratique prostituição". Tendo isto em conta, a operação da PJ não deveria chamar-se "Pito Dourado"?
LR

quarta-feira, dezembro 08, 2004

para felicidade geral da Nação

«Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto, diga ao povo que fico»
D. Pedro, futuro Imperador do Brasil, 9 de Janeiro de 1822

«I came through and I shall return»
General Douglas MacArthur, escorraçado das Filipinas pelos japoneses, 11 de Março de 1942

«I have returned»
General Douglas MacArthur, escorraçando das Filipinas os japoneses, 20 de Outubro de 1944

«Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe»
Sabedoria popular



8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição - A Quinta Coluna, renascida sem pecado.

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