segunda-feira, janeiro 31, 2005

( plagio descaradamente Woody Allen, eu sei...)

Tudo o que sempre quis saber sobre o Bloco mas teve medo de perguntar.
LR

sábado, janeiro 29, 2005

pensamento do dia

As eleições legislativas são como a Copa do Mundo de Futebol, de quatro em quatro anos. A diferença é que as equipas finalistas são sempre as mesmas.
LR

sexta-feira, janeiro 28, 2005

ad instar a montanha mágica

Campo / Contracampo



"Part poetry, part journalism, part philosophy, Jean-Luc Godard’s “Notre Musique” is a timeless meditation on war as seen through the prisms of cinema, text and image.
Largely set at a literary conference in Sarajevo, the film draws on the conflagration of the Bosnian war, but also draws on the Israeli/Palestinian conflict, the brutal treatment of Native Americans, and the legacy of the Nazis.

“Notre Musique” is structured into three Dantean Kingdoms: “Hell,” “Purgatory” and “Heaven.”

In the film, real-life literary figures (including Arab poet Mahmoud Darwish and Spanish writer Juan Goytisolo) intermingle with actors; and documentary meshes with fiction.
“Notre Musique” also follows the parallel stories of two Israeli Jewish women, Judith Lerner (Sarah Adler) and Olga Brodsky (Nade Dieu); one drawn to the light and one drawn towards darkness.

Through evocative language and images, Godard explores a series of conflicting forces:
death; life
dark, light;
good; bad
negative, positive;
real; imaginary;
activists; storytellers
vanquished; victor;
criminals; victims;
suicidal; hopeful
shot, reverse shot.

These opposing movements are eternal. They are the two faces of truth.
They are our music
.*
*sinopse do filme A Nossa Música, de Jean-Luc Godard
CC

Não é uma fraude, é uma MEGA - fraude

São himalaias de fraudes. É uma fraude com consequências mais graves que o bater de asas da borboleta amarela (IV, muito mais terrífica que a III).
A seguir com atenção o que se escreve na Margens de Erro. E margem para dúvidas? Não há. Ou ganho ou processo.
Sofia

quinta-feira, janeiro 27, 2005

pensamento do dia


James Bond é um sniper sexual.
LR

A borboleta amarela III

A Borboleta Amarela sobe também aos cumes nevados dos montes. O bater das suas asas provoca tempestades e calmarias, violência e bonança, guerra e paz. O desenho delicado do seu corpo é luz, todas as cores num arco íris suave e esmagador. Tudo perturba e a tudo dá sentido. Persigo a Borboleta Amarela com os olhos, no seu deambular pelas insondáveis alturas do mundo. Tudo é bulício quando a olho e tudo é serenidade, revolta e resignação. Preenche os meus vazios com o bater das suas asas e nela vejo o princípio e o fim. Pergunto-me se a Borboleta Amarela sorrirá. E se dos altos espaços onde sobe me vê, se vislumbra minha sombra estática, enfeitiçada por ela e da qual não me liberto. Estou cansado da minha sombra. Abomino-a. Aborrece-me de morte. Apenas a Borboleta Amarela me dá sentido. Apenas ela me leva consigo até aos cumes nevados dos montes. Quero lá chegar e partilhar o seu vôo, sentir o vento gelado em meu rosto e deixar caír a minha pele seca, renascido no deambular da Borboleta Amarela. Não quero voltar. Quero pairar, eternamente leve e jovem, no rasto do seu vôo.
AR

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Toma!

Nem com 10 nos ganham! Eh! eh! eh!
CC

Bestiário (de Leonardo da Vinci, Assírio e Alvim, Lisboa, 1995)

"68. Leões, leopardos, panteras e tigres: estes têm as unhas na bainha e nunca as tiram para fora senão sobre a presa ou um inimigo"

"24. Vaidade: sobre este vício lê-se que o pavão sofre mais que qualquer outro animal, porque contempla sempre a beleza da sua cauda, alargando-a em forma de roda e com o seu grito atraindo a vista dos animais próximos. E este é o vício mais difícil de vencer."

"91. Cobra: esta, quando se quer renovar, deita fora a velha pele, começando pela cabeça. Muda-se num dia e numa noite."

"67. Bisonte: fere na fuga. Este nasce na Peónia, tem o pescoço com crinas semelhantes ao cavalo, e em todas as outras partes é parecido com o touro, salvo que os seus cornos são tão torcidos para dentro que não pode marrar, e por isso não tem outra saída senão a fuga, na qual deita esterco à distância de 400 braças, o qual onde toca queima como fogo."

"55. Crocodilo: hipocrisia. Este animal apanha o homem e logo o mata. Depois de havê-lo matado, com lamentosa voz e muitas lágrimas chora por ele e, acabado o lamento, cruelmente o devora. Assim faz o hipócrita que por qualquer ligeira coisa enche o rosto de lágrimas, mostrando um coração de tigre ao alegrar-se com os males dos outros com chorosa cara."
LR

terça-feira, janeiro 25, 2005

bons pregões

Do Ardina de Alcântara. Como este: «A direcção do Benfica está confiante que algumas devoluções indevidas de IRC pelas finanças lhe sejam endereçadas, de modo a aproveitar a época de saldos do Corte Inglês, onde os figurinos das vitrinas parecem mexer-se».
Já está linkado, para leitura diária.
CC

segunda-feira, janeiro 24, 2005

curriculum vitæ

A realidade é um lugar rude e inóspito. Um pouco aborrecido, a maior parte das vezes. A 2ª Circular, o IC 19, os colegas de trabalho (quantos deles seriam meus amigos se os conhecesse noutra circunstância?), eu para os meus colegas de trabalho, os papéis (os papéis? quais papéis?, os papéis!), as coisas desinteressantes (mas importantíssimas) que eu decido todos os dias, as ideias que tenho de ter, a equipa que tenho de gerir (mantê-los satisfeitos, para não baixar a produtividade), o almoço (onde vamos hoje? huum... onde fomos anteontem?), a tarde que se arrasta triste e sonolenta, os mil lugares onde eu preferia estar (mil é uma força de expressão, são só dois ou três), os quilos de livros por ler, que compro na esperança de uma liberdade futura, o regresso a casa, o IC 19, a 2ª Circular, a pausa para um cinema (mas não haverá filmes bons este ano? já vi 5 e não falarei com entusiasmo de nenhum), o cansaço, o desarrumo de um espaço mirrado, a indecisão das pequenas coisas, a certeza das grandes coisas que não acrescentam muito à vida pequena que levo, o tempo que passa, eu que passo por aqui, que passo, que me sento a passar.
Posted by Hello

Mas. Em pequenos rasgos do tempo, como os que nos oferecem os bons livros (e as boas músicas e os bons filmes e os momentos de fuga para o sol e para o mar e a companhia dos amigos e as conversas - mas principalmente os bons livros), descobre-se outra coisa, uma outra coisa que poderia ser, um vislumbre do que pode ser, da possibilidade que impede a ditadura da inevitabilidade. Não é muito, apenas um grão de areia bem colocado, um fio de azeite, um sopro (divino?). Oh, sim, there's more to life than books, you know, / but not much more, / not much more, já cantavam os meus Smiths.
CC

sexta-feira, janeiro 21, 2005

(acusada de) Falar de música que ninguém conhece



"Daft Punk is playing at my house" e eu vou para ali para o canto da sala saltar*. É dessas que dá vontade.

Sofia

* Na realidade não há canto, muito menos sala, mas é a imagem.

Uma outra forma de chamar panado ao panado

"It's like punk rock vogue...with artful nude photos of women".

Aparte do eventual piercing não vejo grande diferença. Mas quem sabe no próximo mosh pit uma suicide girl pode estar ao seu lado.

Sofia

quinta-feira, janeiro 20, 2005

receita

Mais uma receita, roubada ao SirHaiva e dedicada ao meu amigo AR. Para ver se muda o cardápio dos jantares que oferece e se anima os serões.
CC

pré-campanha governativa


Contra o vento do crescimento económico, contra a maré da justiça social, contra a brisa da criação de emprego, contra a rebentação da liberdade de expressão, contra a aragem do sistema nacional de saúde, contra o fim da especulação imobiliária, contra o rendimento mínimo dos pobres, contra a dignificação dos imigrantes, contra o sector público, contra a educação, contra a prevenção dos incêndios, contra a cultura, contra a natureza em geral. Pelas nomeações dos amigos.


Votas útil? Sim, mas em quem?
CC

quarta-feira, janeiro 19, 2005

e de repente a Primavera (musical)

Portishead anunciam que estão em estúdio a preparar novo álbum após 8 anos sem editar (obrigado ao Tiago pela dica ;).


Flaming Lips esperam lançar 'AT WAR WITH THE MYSTICS' em 2005.


Eh!
Sofia

tanto mar

Hoje, Terra com partidos políticos, pobreza, tsunami, eleições, católicos e outras desgraças.
CC

terça-feira, janeiro 18, 2005

Et pour cause II

No Domingo, fazia eu pesquisa aturada na televisão, quando dei de caras com dantesca cena: Pinto da Costa declamava poesia.
Espantado com tanta erudição, não resisti a deixar aqui a minha humilde contribuição para glória da imponência intelectual do homem com Ó grande.

Vi Pinto declamando
Poesia, na Televisão.
Fiquei de pedra, espantado,
Quase tombei para o chão.

Perante as câmeras, gritava
Com olho emocionado,
Poema douto, triste, longo,
Que me deixou siderado.

Ó Pinto, que tal gosto tens!
Te não conhecia a faceta
De declamares poesia, poemas,
Em palco de bufa opereta.

Em palco de bufa opereta,
Valente Pinto, arrojado,
Declamas poemas, poesia,
E eu fico aqui siderado.

Agora percebo bem,
Ó Pinto tão avisado,
Porque ganhas tu, mais ninguém,
E o resto fica lixado.

É porque os espantas, solene,
Em palco de bufa opereta,
Gritando aos sete ventos,
"Eu, Pinto, sou um poeta".

AR

Quando a metáfora é bem utilizada (e a autora do post algo estúpida)

«Precisamos de uma classe de políticos que seja como um tiramisú, ou seja, que puxem para cima...» Diogo Freitas do Amaral, Prós e Contras RTP 17/01/05 . Pois o tiramisú além da sobremessa italiana é algo que puxa para cima.

«Isso talvez seja como a pescada, que antes de ser já o era.» Resposta de Pedro Santana Lopes a se já tinha compreendido a razão da dissolução.
JN 15/01/05 . A pescada que já o era é uma pescada pescada. Pois..

Em abono da verdade, e no prosseguimento do pacto não-plágio entre blogs e Público, ideia já expressa aqui em crónica de Eduardo Prado Coelho (por piada também ele um certo perito em metáforas indecifráveis).

Já me estava a sentir muito culpada por meter-me com metáforas bem utilizadas quando hoje (20/01) oiço a "casa apedrejada" do Dr. Santana....

De qualquer forma as minhas desculpas pelas minhas confusões.

Sofia






À Liberdade: Auschwitz, Polónia, Agosto 2003 Posted by Hello
LR


À Liberdade: Nantucket, Massachussets, Julho 2004 Posted by Hello
LR


À Liberdade: Cap des Sanguinaires, Córsega, Agosto 2002 Posted by Hello
LR

Pedro, o Grande


LR

segunda-feira, janeiro 17, 2005

a blogobela e o blogomonstro em rima antiga

Das minhas andanças pelo País dos Blogs tenho dado de caras com muita coisa. A análise corrente, da vida, da política e de tudo o mais, os mais evidentes exercícios de vaidade e nascisismo, os blogs de quem não tem olhos na cara para perceber que melhor faria em estar calado (e, reconheço, isso às vezes aplica-se à minha augusta pessoa), os blogs de quem nada tem para dizer mas não quer ficar calado (idem) e aqueles de quem tem alguma coisa para dizer e vale a pena ouvir.
Entre esses posso, sem sombra de dúvida, realçar este.
O seu último post, linkado no título deste, é um dos escritos mais originais e bem conseguidos, verdadeiramento bonito, imaginativo e, principalmente, excepcionalmente bem escrito, que tenho tido o privilégio de ler. Esta última característica estendendo-se, de resto, à generalidade dos posts do blog em questão.
Eu acho (e isto fica só aqui entre nós) que a minha amiga Bastet deveria pensar, seriamente (se é que ainda o não fez), em se dedicar à escrita.
É que tenho muita pena que o que ela tem escrito se perca na insustentabilidade deste mundo virtual.
AR

sábado, janeiro 15, 2005

o meu barbeiro

Repost de Verão a propósito de um jantar de Inverno:

O meu barbeiro pergunta-me sempre como quero o cabelo. Curto?, diz ele, agora para o Verão? Não, não muito curto, basta acertar as pontas, respondo com cautela. Tudo isto é só para fazer conversa. Responda o que responder, saio de lá sempre com um corte igual. É claro que não arrisco a dizer Sim, muito curto, pois dou demasiada importância às palavras para as dizer trocadas. Mas já pedi curto e saí de lá como hoje: com o cabelo curto.
As conversas também se repetem. Invariavelmente finge surpreender-se com a quantidade dos meus cabelos brancos (já há dez anos que se surpreende), com o facto de eu estar ou já não estar a trabalhar no Alentejo, com o tempo que demoro no trânsito de e para o emprego, etc.
Ir ao barbeiro é, assim, uma ruptura na linearidade do tempo, uma suspensão do decurso da história, um revisitar dos mesmos momentos já vividos.
Como bom português, o meu barbeiro aderiu à febre da bandeirite e colou uma bandeira portuguesa de papel na montra, ao lado de uma caixa vazia de um aparelho qualquer da Panasonic e das embalagens de 4444, um creme vetusto mas muito eficaz contra as borbulhas e irritações cutâneas do pós-barbear. Quando estou virado para o espelho, envolto na bata que me imobiliza na cadeira, vejo um poster de um calendário de parede com uma moçoila abençoada pelo Criador. Pelo espelho vejo mais duas raparigas bem saudáveis, embora encaloradas, pelo menos a julgar pela pouca roupa que envergam, afixadas na parede oposta.
O mais curioso é que, precisamente ao lado de uma destas nossas irmãs, está exposta uma imagem de um Sagrado Coração de Jesus, um daqueles posters que mostra um Jesus sofredor, com o coração chagado com uma coroa de espinhos, e de olhar triste e condoído. Mais dele do que de nós, parece-me. Mais acima, quase escondida pelo armário dos vários utensílios próprios de uma barbearia, está um calendário antigo, sublinhando um tempo que, por ter passado, faz inexoravelmente parte de nós, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima a velar por todo aquele espaço. Convivem, assim, nas paredes da barbearia o sagrado e o profano, numa expressão do mais radical catolicismo, do seu carácter universal, onde cabe o espírito e a carne.
É um grande conhecedor da natureza humana, o meu barbeiro.
CC

sexta-feira, janeiro 14, 2005

sieg Harry


LR

space oddity


This is Major Huygens to ground control...
LR

O milagreiro II

Naqueles dias, passeava o Irmão Sócrates pelos jardins da Abadia, orando e meditando na palavra do Senhor, quando viu uma Sarça a arder. De imediato se prostrou, pois sabia em seu coração que Deus lhe pretendia falar. E disse, abrindo os braços:
- Meu Senhor, não passo do teu servo mais humilde!
E o Senhor sentiu a devoção do seu servo e disse-lhe:
- Quero que passes a minha palavra e que a soltes no vento que chega a todos os cantos da Terra. E disse ainda: Quero que não se mexa nos impostos e nos benefícios fiscais, pois eles são agradáveis aos Meus olhos.
O Irmão Sócrates escutou a palavra do Senhor e disse:
- Mas, meu Senhor e meu Deus, ainda há apenas três meses disse, com toda a veemência do meu ser, que estes impostos eram um ataque às famílias e à economia familiar, que com o fim dos benefícios fiscais não mais as famílias poderiam colocar os seus filhos a estudar nem preparar a sua velhice. Como posso agora, Senhor, tão pouco tempo volvido, dizer o contrário do que defendi então?
Deus escutou as palavras do seu servo e encontrou nelas verdade. E disse-lhe então:
- Esta é a minha palavra. Eis que lhes dirás que não se pode mexer nos impostos e nos benefícios ficais pois isso será mau para a estabilidade. E o Povo encontrará a verdade nestas palavras pois elas são as minhas.
E o Irmão Sócrates sentiu as lágrimas a correr por seu gentil rosto e espalhou a Palavra do Senhor. E Deus ficou satisfeito em seu íntimo e viu que isso era bom.
Aleluia, Irmãos! Aleluia!
AR

quinta-feira, janeiro 13, 2005

shiny happy 30.000 persons


30.000 visitas... tanta gente quanto o público presente neste genial concerto! Não foi CC? Posted by Hello
LR
PS: Não está brilhante, mas com a m**** do telemóvel não consigo melhor...

numa de sugestões musicais

Recomenda-se "Soul Rise" dos Hipnótica. São portugueses. Título que entrega o que promete (estava a precisar de uma).

Sofia

Eu não acredito em fantasmas

...eles são muito mentirosos.

O outro Milagreiro

O meu amigo CC, em comentário ao post um pouco abaixo, chamou-me a atenção para o facto de Paulo Portas ter prometido o mesmo que o Irmão Sócrates. Mea Culpa. Não me lembrei desse facto, mas aqui me retrato, relatando em exclusivo e primeira mão o encontro entre Portas e a Divindade.

PP tinha chegado de uma noite de farra e envergava ainda o vestido de lantejolas, quando uma luz inundou a suite onde pernoitava e uma voz, qual ribombar de poderoso trovão, se fez ouvir.
- Porque pecas? Porque me ofendes? Não terá sido o castigo a Sodoma e Gomorra exemplo suficiente?
PP caíu de joelhos, uniu as mãos e gritou:
- Perdoai-me, Senhor, que não sei o que faço.
E Deus prescrutou o seu coração e viu que nele havia arrependimento e fez surgir uma Sarça que ardeu até ao fim e isso agradou a seu coração. E então Deus disse-lhe:
- Eu sou o Senhor teu Deus. É a minha vontade que todas as pensões sejam equiparadas aos ordenados mínimos do teu país nos próximos quatro anos.
PP prostrou-se à frente das cinzas ainda fumegantes da Sarça, enchendo de pó o seu bem escanhoado rosto e chorou de alegria pela obra que lhe estava destinada. E seu coração encheu-se de amor pelo próximo e Deus gostou e disse:
- Isto é bom.
E disse ainda:
- De agora em diante os homens te chamarão de Magali, que é o menino da selva, mas isso não tem importância nenhuma.
E Magali apenas não conseguiu cumprir a missão que Deus lhe destinara porque Sampaio dissolveu o Parlamento.
Aleluia, Irmãos! Aleluia!
AR

adeus Cavém


LR

O milagreiro

Daquilo que tenho visto, lido e ouvido nos últimos dias, tenho para mim que José Sócrates é milagreiro. Aleluia, irmãos!
O Irmão Sócrates, como a partir daqui vou começar a tratá-lo, teve uma visão.
Uma grande luz surgiu na noite e uma voz retumbante ecoou pelo espartano aposento onde pernoitava e disse-lhe:
- Eu sou o Senhor teu Deus. E é minha vontade que todas as pensões sejam equiparadas aos ordenados mínimos do teu país nos próximos quatro anos.
E o Irmão Sócrates, temente, ainda se atreveu a perguntar:
- Mas, Senhor, onde vou arranjar os €500 milhões por ano necessários para isso?
E uma sarça começou a arder e Deus ficou satisfeito em seu coração. E depois de a sarça se consumir até ao fim, Deus voltou a concentrar-se no Irmão Sócrates e perguntou-lhe:
- Não tens tu, por acaso, fé no teu Deus?
E o seu coração estava irado e suas faces vermelhas. Mas o Irmão Sócrates prostrou-se ainda mais e respondeu:
- Tu és o meu Senhor, ó Deus Misericordioso. Minha Fé em ti é absoluta. Não duvidará meu coração da tua sabedoria.
E Deus sentiu-se apaziguado e disse-lhe:
- Vejo que tens fé, e que tua fé é inquebrantável. Não se consuma teu coração pois eu a tudo providenciarei.
E disse ainda:
- Vai e espalha a boa nova.
E pronto. O Irmão Sócrates, iluminado pela infinita sabedoria do Altíssimo, vai fazer um milagre ainda mais extraordinário do que o milagre dos peixes.
Aleluia, irmãos! Aleluia.
AR

Ainda se vai a tempo?

Vejo que a Quinta, aqui o blog, não foi pródigo nessas listinhas de best of típicas de final de ano. Têm razão. Se calhar devemos esperar pelo final do ano judicial, ou fiscal. Para quê fazer balanços apenas porque mudamos de 04 para 05? O best é sempre que o homem quer.

Ninguém perguntou mas gosto muito do Live in Tokyo do Brad Mehldau. É o meu best.


Paranoid Android Posted by Hello

Como discos de boa safra o prazer aumenta a cada audição e apanhamo-nos com o dedinho fixado no repeat. Hoje não me limitei a ouvir, fiquei hipnotizada pela dança de círculos frenéticos (e não fui eu que inventei este mimo, saiu mesmo da cabeça da Microsoft) que surgem do Windows Media Player, o que confere toda uma dimensão cósmica, mesmo alucinatória à experiência, ...

Brad Mehldau é um pianista soberbo, na linha de um Keith Jarret / Bill Evans , mas também um inovador. Na gravação deste concerto a par de alguns standards jazzísticos ("Monk's Dream", "Someone to watch over me") estende o seu reportório ao que se convenciona por “versões desconstruídas da pop clássica”. É uma das formas que o jazz tem encontrado para se renovar, para encontrar novos públicos. São novas leituras da música comercial que apela a muita gente. Na realidade já em Anything Goes Brad Mehldau tinha recorrido ao "Everything in its right Place", por isso não posso afirmar que seja muito revolucionário.

Podiam ser Nirvana, podiam mesmo ser os Black Sabbath (que aconteceu com os The Bad Plus), mas aqui o bom gosto passa também pelas escolhas: Nick Drake e Radiohead. São notas que se reconhecem de outras audições, de outros momentos, recriadas como sinais de fumo, como fantasmas, tudo feito a partir de um simples piano. O Paranoid foi alargado para 19 minutos e tudo me sugere movimentos de espirais, um poço da morte de sensações auditivas. Agora reconheço as linhas do baixo, de seguida a bateria, isto é o piano. Não é imediato, testei este conceito com o CC, mas é de certeza arrepiante.

É muito, muito bonito (e isto não é política, a música sim pode adjectivar-se de bonita Dr. Santana).

Engraçado que a confirmação veio do sítio mais estranho. Qual Mojo, qual Wire, qual NME, quem concorda comigo é o Economist (mas para isso teriam de comprar a revista, ou ser assinantes do «conteúdo de prémio». Fiquem pelo link e pela minha palavra.).

Sofia

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Culinária

A receita é muito simples, prática e rápida. Ideal para quem chega a casa e não tem muito tempo para preparar o jantar. Mas também suficientemente boa para servir a uns amigos num jantar descontraído.

Para 4 pessoas:

1 frango médio
1 cebola grande
2 cabeças de alho
1 folha de louro
Azeite
Sal
Pimenta
Colorau
Vinho Branco

Modo de preparação

Cortar o frango em pedaços, separando as pernas, as coxas, as asas e o tronco em pedaços pequenos.
Cortar a cebola em rodelas ou picá-la (conforme a preferência) e pô-la a refogar, em azeite (quantidade a gosto), juntamente com os dentes de alho picados e a folha de louro. Quando a cebola estiver meio refogada (ou seja, começar a alourar e a amolecer), juntar o frango e temperar com o sal, a pimenta e o colorau. Deixar alourar no refogado. Depois, cobrir de água e guisar em lume médio.
A meio da cozedura verificar os temperos. Não voltar a juntar água mas deixar ir reduzindo. Quando estiver já guisado e com pouca água, juntar vinho branco (não necessita cobrir) e deixar apurar.
Está pronto a servir.

Servir com:

Pode servir com arroz basmati (nesse caso necessita de ter mais molho, para juntar ao arroz, no prato, pelo que se recomenda que, assim sendo, se cubra com vinho branco), com arroz branco, ou esparguete. Se se preferir esparguete, pode-se misturar no tacho do frango cerca de 10 minutos antes de terminar.

Tempo de preparação e cozedura:

15 minutos de preparação
20/25 minutos de cozedura

AR

Nota: esta receita surge aqui por inspiração da minha amiga Bastet e deste post.

Kultura pop


Buda Posted by Hello

Novos ícones.

Sofia

A emissão longa e informada sobre os assuntos prementes da actualidade segue dentro de momentos. Ou não, et pour cause ...

A banhos

Tenho andado muito divertido a assistir a esta história do mergulho do ministro. Pela importância que lhe foi dada, parece que não existe mais nada de importante a discutir e que o futuro da Pátria depende do dito mergulho. Para quem não se apercebeu, não depende.
Aparentemente, o ministro foi a S. Tomé tratar de dois assuntos. Um, menos importante, foi o da assinatura de um protocolo que envolvia a RTP e a Televisão daquele país. O segundo, que a imprensa e a esquerda não referiram, foi o tratamento de assuntos que interessam à GALP pela nova realidade petrolífera daquele país. O mergulho ocorreu, ao que consta, num dia normalmente de descanso do ministro e em que não havia programa oficial.
Seria, evidentemente, grave se o ministro tivesse ido a S. Tomé para dar uns mergulhos à conta do orçamento. Parece evidente que não foi. A política torpe e rasteira, pelos vistos, veio para ficar.
Mas o caso - que não deveria ter sido - não fica por aqui.
Aparentemente, Santana não gosta do ministro e decidiu dar-lhe uma facada com aquela história do sentir-se incomodado. Eu, por acaso, gostava que Santana se tivesse sentido incomodado quando gastou largas dezenas de milhares de euros, em Lisboa, até escolher o carro de que gostava. Que por acaso foi apenas um Audi A8 Quattro, com 4.2 litros de cilindrada, blindado e vidros escuros para ninguém o ver. Que, de resto, Carmona Rodrigues teve o bom senso de dispensar por o considerar ostensivo e exagerado. Também não se sentiu incomodado com o pagamento, pelos dinheiros públicos, de despesas privadas em viagens ao estrangeiro que efectuou. Ele e os amigos, claro. Mas teve a cara de pau de se sentir incomodado com a história do ministro, sem saber ao certo o que se tinha passado.
Nem vou dizer 'haja vergonha', que é coisa que Santana, evidentemente, não tem. Mas conto os dias que faltam para as eleições para que o país, primeiro, e o PSD, depois, se vejam livres deste gajo.
AR

o pior cego é aquele que não quer ver


On Dangerous Ground (1951), de Nicholas Ray
LR
PS: Nem a propósito, este é o realizador:

glaucoma



O glaucoma é uma doença degenerativa causada pelo aumento da pressão dentro do olho (tensão ocular).
O olho contém no seu interior um líquido parecido a água que se renova constantemente, mas, se falha o sistema de drenagem, a pressão intra-ocular aumenta e pode danificar o nervo óptico.
Sem um acompanhamento especializado, o aumento da pressão intra-ocular causa danos irreversíveis no nervo óptico e nas fibras da retina, resultando numa progressiva e/ou permanente perda de visão (perde-se por completo a capacidade de transmitir imagens ao cérebro).
No entanto, a prematura detecção e tratamento pode atrasar ou mesmo parar a progressão da doença.
Quais as causas do glaucoma?
No interior do olho circula um líquido encarregue da nutrição das estruturas internas do olho (preenche o espaço entre a córnea e a íris). Este líquido desempenha uma função similar à do sangue, tendo a vantagem de ser um fluído totalmente transparente,o que permite a passagem da luz e permite ao olho cumprir a missão para a qual foi "desenhado".
Este fluído denominado de humor aquoso, possui um sistema de produção e outro de evacuação. O perfeito equilíbrio entre estes dois sistemas, permite manter praticamente constante a pressão intra-ocular. Se como consequência de alguma falha neste mecanismos, entra mais líquido do que pode sair do olho, a pressão sobe e o nervo óptico começa a ressentir-se.
A pressão intra-ocular da maioria dos indivíduos situa-se entre 8 e 21. No entanto, alguns olhos podem tolerar melhor as altas pressões do que outros.
Tipos de glaucoma
Os glaucomas não são todos iguais. Ainda que os oftalmologistas sejam capazes de diagnosticar várias dezenas de glaucomas diferentes, do ponto de vista prático, vamos distinguir os que são mais frequentes:
Glaucoma congénito - produz-se em consequência de um desenvolvimento defeituoso das vias de saída do humor aquoso.
Glaucoma crónico de ângulo aberto - é o mais frequente pois representa ¾ dos glaucomas diagnosticados.
Produz-se pela deterioração progressiva do sistema de eliminação do humor aquoso, que de uma forma natural se produz com a idade, mas que, neste caso, se exagera até perder a capacidade de manter uma cifra normal de pressão intra-ocular.
Este tipo de glaucoma caracteriza-se por não produzir sintomas, pela progressão dos danos de forma muito lenta.
Glaucoma agudo ou de ângulo fechado - manifesta-se bruscamente com grande dor e brusca diminuição da visão, visão de círculos coloridos em redor das luzes e sensação de náusea, vómitos, dor de cabeça, etc.
Tem origem no fechamento súbito das vias de eliminação do humor aquoso. Como consequência da forma especial do olho destes indivíduos, o ângulo através do qual se elimina este fluído, é excessivamente estreito e, é possível, que em determinadas circunstâncias, as paredes deste ângulo se ponham em contacto, obstruindo por completo a passagem, o que causa a rapidíssima subida da pressão e a elevada dor.
O atraso no tratamento pode causar danos permanentes num curto espaço de tempo. Normalmente, a cirurgia a laser pode terminar o bloqueio e proteger contra a cegueira.
Glaucoma de baixa-tensão ou de tensão normal - ocasionalmente, pode ocorrer danos no nervo óptico em indivíduos com pressão óptica normal.
Glaucomas secundários - podem-se desenvolver como resultado de outros problemas do olho, como traumatismos oculares, diabetes, tumor, cataratas, inflamação do olho e certos medicamentos. O uso de esteróides (cortisona) tem a tendência a aumentar a pressão e, por isso, deve haver um acompanhamento regular.
Quais são os sintomas do glaucoma?
O glaucoma crónico de ângulo aberto é o tipo mais comum e não provoca quaisquer sintomas, até a perda de visão estar num estádio muito avançado.
Os progressivos danos processam-se muito lentamente, destruindo gradualmente a visão (começando pela visão lateral).
Como um olho encobre o que se passa no outro olho, o indivíduo não se apercebe do problema até a maioria das fibras nervosas e, consequentemente, grande parte da visão terem sido destruídas.
Este estrago é irreversível! O tratamento não pode recuperar o que foi perdido. Porém, pode atrasar ou parar o processo. Facto este, que reforça a importância de detectar o problema o mais depressa possível de forma a iniciar o tratamento adequado.
Qual o tratamento utilizado?
As possibilidades de tratamento são maiores quanto mais precoce for o diagnóstico, o que reforça a importância das consultas periódicas, na medida em que é uma doença assintomática.
O tratamento tem por objectivo, conservar a visão e o campo visual tal como se encontravam no momento do diagnóstico, já que é impossível a regeneração das fibras atrofiadas do nervo óptico.
A progressão do dano no nervo óptico evita-se mantendo a pressão intra-ocular em cifras normais.
Quando o oftalmologista realiza o diagnóstico, vai optar pelo tratamento médico ou cirúrgico, dependendo do tipo do glaucoma e da situação de maior ou menor gravidade no momento do diagnóstico.
tratamento médico - nos casos mais leves, é provável que se consiga controlar com gotas hipotensoras oculares. Estas gotas devem-se aplicar uma ou várias vezes por dia, dependendo da prescrição do oftalmologista e devem-se manter indefinidamente;
tratamento cirúrgico - existem duas modalidades de cirurgia, a realizada a laser e a intervenção cirúrgica propriamente dita;
tratamento a laser - no glaucoma crónico, o laser aplicado na zona que se encontra obstruída, e que impede a passagem do humor aquoso, permite melhorar a saída do mesmo, diminuindo, deste modo, a pressão intra-ocular.
No glaucoma agudo, a aplicação de laser para realizar um orifício na íris que comunica com as câmaras anteriores e posteriores do olho tem uma grande efectividade. Este procedimento deve ser efectuado quando se produz um ataque de glaucoma agudo no olho.
trabeculectomia - é a técnica cirúrgica de eleição para aqueles casos diagnosticados em fases muito avançadas, quando o tratamento médico falhou ou quando tratamento com laser não surtiu resultados satisfatórios.
A operação consiste na criação de uma nova via de saída para que o humor aquoso abandone por si o globo ocular e se mantenha a pressão em limites normais.
Como se diagnostica o glaucoma?
O diagnóstico do glaucoma é baseado na história familiar do indivíduo, nos sinais clínicos e nos exames oftalmológicos rigorosos. As revisões oftalmológicas periódicas que habitualmente se realizam com carácter anual para a detecção do glaucoma incluem:
trinometria - medição da pressão intra-ocular;
oftalmoscopia - exploração do fundo do olho, para comprovar se existe algum dano no nervo óptico;
gonioscopia - para comprovar, em caso de suspeita de glaucoma, a que tipo pertence;
campimetria - ou exploração do campo visual. Esta prova não se realiza rotineiramente, é imprescindível para confirmar o diagnóstico e estabelecer o tratamento adequado. Por isso, realiza-se quando a trinometria ou a oftalmoscopia dão resultados que levam o oftalmologista a suspeitar que a doença está na sua fase inicial ou tem sérias dúvidas e necessita de confirmar o diagnóstico.
População de risco
Consideramos população de risco os indivíduos que possuem um ou vários factores que predispõem à doença. Os mais importantes são:
- antecedentes familiares de glaucoma;
- idade - é mais frequente em indivíduos com idades avançadas;
- miopia;
- diabetes;
- tratamentos prolongados com corticosteróides;
- doenças cardiovasculares;
- traumatismos ou intervenções cirúrgicas oculares.
Os indivíduos que possuem alguns destes parâmetros devem realizar uma revisão oftalmológica periódica anual.*

*Tirado daqui.
CC


terça-feira, janeiro 11, 2005

pensamento do dia


Em França o jet-set tem castelo no Loire; em Inglaterra o jet-set tem castelo em Essex; na Alemanha o jet-set tem castelo no Reno; em Portugal o "jet-set" vai à Casa do Castelo.
LR

et pour cause

Bom, devo começar por dizer que o título não significa nada. Apenas o escolhi porque achei que dava um bom título, com uma imagem intelectual (o francês fica sempre bem e lembra-me filmes inacreditavelmente aborrecidos que o meu amigo CC acha o máximo), e que provavelmente atrairá o leitor incauto, julgando abordar-se aqui algum assunto de interesse. Desengane-se. Aqui não surgirão mais do que insuportáveis banalidades. Pois.
Isto tem, evidentemente, uma razão de ser (enfim, por acaso nem precisava de ter, e normalmente não tem, mas esta vez, alas, existe uma). É que os meus companheiros de blog parece terem desertado. Nem mais. Há dias que não ouço deles nem um pio. Enfim, talvez isto não seja necessariamente assim, já que ontem conversei um pouco com o CC, mas isso não retira valor ao cerne da questão. E o cerne da questão é que nenhum deles - sim, nenhum dos três - aqui tem deixado lamiré. Nem a vulgar banalidade para dar sinal de que estão vivos.
Eu sei que não é fácil dedicar tempo ao blog neste período em que o apelo da Pátria mais se faz sentir. Eu sei que a alternativa entre Santana 'Flop' Lopes e José 'Incinerado' Sócrates é mobilizadora. Que o BE já não é um agrupamento de partidos trauliteiros mas é, ele próprio, e já, um partido trauliteiro. Que o PCP ainda não vai morrer desta (mas está quase, quase, há que esperar só mais um pouco) e que os PPs (o líder e o partido) se estão a preparar, com entusiasmo, para o período das visitas às feiras, o seu terreno natural. Eu sei isto tudo mas ... caramba ... é o vosso blog!
Ou então andam distraídos com o outro da Quinta que agora parece não saír da TV (pelo menos da I), ou com uma daquelas novelas maravilhosas com que somos brindados à noite, ou ainda com aqueles excelentes programas de debate da RTP, às segundas à noite, apresentados por uma senhora de quem não sei o nome mas que passa o tempo todo a gritar. Eu sei isso tudo mas ... caramba ... é o vosso blog!
A Pátria não se importará, certamente, que vocês lhe tirem alguns segundos da vossa atenção e venham aqui escrever alguma coisa. Vá lá. Até pode ter fotografias. Eu deixo.
AR

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Divagações XIV

Em abono da verdade, não tenho nada para dizer (escrever). Isto de voltar de férias tem este efeito. Mas como ainda ninguém aqui disse (escreveu) nada, cá fica a nota do dia, que nada é mas não faz mal, porque as coisas são mesmo assim e nem sempre há assunto por isso inventa-se um bocado e prontos!
Agora já disse o que não tinha para dizer e portantos está tudo bem.
AR

sábado, janeiro 08, 2005

ou eu ou ela


Christine (1983), de John Carpenter
LR

sexta-feira, janeiro 07, 2005

auf Wiedersehen

Recebo vários imeiles pesarosos com o anunciado fim da livraria Buchholz (escusam de clicar no link, porque o site está inacessível). No assunto pode ler-se salvem a Buchholz!. Começa bem: (vós) salvem a livraria. Não é salvemos a Buchholz. É uma ordem para terceiros, de que o emissor se exclui.
No texto do imeile, antes da referência histórica, informa-se que «a Livraria Buchholz, lugar de referência do nosso (pequeno) universo cultural encontra-se em situação de pré-falência. Agradece-se a todos quantos a frequentaram que a voltem a visitar, de vez em quando. Comprar um livro que não se encontra em mais lado nenhum pode, eventualmente, ajudar a reerguê-la».
Eu, que até nem morro de amores pelo cotovelo invisível do mercado, pergunto-me porquê. Porque é que eu tenho de salvar a Buchholz. Das poucas vezes que entrei na Buchholz fui mal atendido, não apenas com frieza, mas mesmo com má-educação. Não é agradável ir à Buchholz. Tenho sempre a sensação que estou a incomodar ou a ser inconveniente, que não sou bem-vindo, que aquele espaço fechado não é para mim. É mil vezes mais agradável ir à Fnac ou às renovadas e bonitas livrarias Bertrand. Além disso posso visitar estas livrarias no meu tempo livre e não tenho de faltar ao trabalho para o fazer. E se quero livros que não encontro em mais lado nenhum, vou a uma livraria antiga ou a um alfarrabista. Como, por exemplo, a Livraria Simões, onde sou bem atendido e encontro sempre o que quero.
Já a Buchholz é diferente. Se não se aguentam com a concorrência, azar. Os livros que vendem são iguais aos outros.
CC

alerta vermelho

Roubado daqui.

CC

quinta-feira, janeiro 06, 2005

morreu o maior criador de BD de sempre*


Will Eisner (1917-2005)
LR
*depois de Hergé e EP Jacobs, bem entendido

quarta-feira, janeiro 05, 2005

mais terra

Graça, moral, filosofia, economia, justiça social, a morte, o mal, a razão, o amor. Tudo nesta Terra. E Deus? Deus? Sim, também falamos dessa hipótese.
CC

terça-feira, janeiro 04, 2005

eleições autárquicas

Elas aproximam-se. Sempre ao encontro dos interesses nacionais, A Quinta Coluna procurou os melhores candidatos às autarquias. Nesse sentido, parece-nos que o exemplo de Fátima Felgueiras aponta claramente para a necessidade de o candidato ser homónimo do município em causa - em nome da tão desejada proximidade ao eleitorado. Eles aqui estão:

Abrantes - Manuel Abrantes
Aguiar da Beira - José Guilherme Aguiar
Alcochete - Rui Machete
Alfândega da Fé - Maria da Fé
Almeida - Paulo Almeida
Almodôvar - Pedro Almodóvar
Amarante - Marante
Baião - João Baião
Belmonte - Mafalda Belmonte
Braga - João Braga
Bragança - Paulo Bragança
Câmara de Lobos - António Lobo Xavier
Castanheira de Pera - Edgar Pera
Castelo Branco - José Castelo Branco
Castro Marim - Carlos Castro
Castro Verde - Dias da Cunha
Celorico de Basto - António Pinto Basto
Chaves - Henrique Chaves
Coimbra - Luís Coimbra
Constância - Constança Cunha e Sá
Évora - Cesária Évora
Ferreira do Alentejo - Dias Ferreira
Figueira da Foz - Isabel Figueira
Figueira de Castelo Rodrigo - Rodrigo
Freixo de Espada À Cinta - José Freixo e o Seu Boneco Donaltim
Guimarães - Bárbara Guimarães
Horta - Basílio Horta
Lagos - João Lagos
Lamego - José Lamego
Lisboa - Carlos Lisboa
Lousã - Francisco Louçã
Madalena - Madalena Iglésias
Maia - Astróloga Maya
Marco de Canaveses - Marco Paulo
Mira - Mira Amaral
Moita - Francisco Moita Flores
Monchique - Joaquim Monchique
Moura - João Moura
Nazaré - Luís Nazaré
Nelas - Nel Monteiro
Oliveira de Frades - Daniel Oliveira
Oliveira do Hospital - Manoel de Oliveira
Ovar - Rui Tovar
Pampilhosa da Serra - Serra Lopes
Paços de Ferreira - Ferreira Dinis
Ponta Delgada - Luís Delgado
Ponte de Sôr - Sô Zé
Porto - Manuel Porto
Porto Moniz - José Eduardo Moniz
Proença-a-Nova - Proença de Carvalho
Redondo - Fernando Redondo
Resende - Silva Resende
Ribeira de Pena - Pena
Rio Maior - Rui Rio
Sabrosa - Simão Sabrosa
Santa Cruz - Roque Santa Cruz
Santa Cruz da Graciosa - Carlos Cruz
Santana - Santana Lopes
São João da Madeira - Alberto João Jardim
Sintra - Mónica Sintra
Tábua - Marco Tábuas
Tarouca - Teresa Tarouca
Viana do Alentejo - Henrique Viana
Vieira do Minho - Luís Filipe Vieira
Vila de Rei - D. Duarte Pio
Vila do Bispo - D. José Policarpo
Vila Nova de Cerveira - Sofia Cerveira

LR e CC

segunda-feira, janeiro 03, 2005

a barra deles também é azul

Apenas um português incontactável na Ásia e não é Paulo Portas
População pesarosa. Ministro perfeitamente localizado.
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17 mortos nas estradas entre Natal e Ano Novo
Ministro da Defesa também não se encontra entre eles.

in Inépcia.
CC

a América já não mora aqui


The Falcon and the Snowman (1984), de John Schlesinger
LR

domingo, janeiro 02, 2005

Bom Ano Novo!


Indigenas Posted by Hello

Boldog új évét kivánok! (reparem ar feliz)

Cá vou eu no meu Traby


A noite de Budapste Posted by Hello

De bar em bar a aviar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar

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