domingo, agosto 17, 2003
Os mitos
Ah ... o mito. Há quanto tempo o não via e que saudades, Deus meu. Fui ver. Lá fora o mito caía, branco e leve, branco e frio.
É assim a vida. Quase todos os mitos têm pés de barro. Só esta conclusão é válida pois é a única à qual se pode chegar. Reparai bem ...
O Blog era mítico. Já não é. O blog caiu no meio do povo. Tornou-se vilão, grosseiro. Agora está ao alcance do vizinho suado que nos acompanha no metro. Está na mistura entre odor corporal e desodorizante rasca, comprado na mercearia da esquina, do Zé que já não tem o lápis atrás da orelha mas antes usa o pequeno 'organiser' electrónico para fazer as suas encomendas. O Blog é agora do Diogo, que estuda na Universidade mas que não sabe escrever e dá erros quando tenta. Da Zinha, diminutivo de qualquer coisa, não interessa porque cai sempre bem, que todos os meses muda a cor das lentes de contacto porque deixaram de estar 'in' e nunca quer estar 'out'. Ou da Marlene Carina, que não acabou o Liceu porque é uma bruta natural mas que culpa o 'stor' porque afinal ela até sabia e - vejam, vejam - até tinha jeito para os computadores e sabe carregar no botão do rato.
O Blog foi o primeiro mito a cair.
O segundo mito a cair foi o do Alentejo.
O Alentejo, ao contrário do que se diz, não é vermelho. Nem rosa. E seguramente não é laranja. O Alentejo é amarelo. No Verão. E verde. No Inverno. Será que ninguém tem olhos na cara para ver isso? O Alentejo é, à vez, amarelo e verde, porra.
Só o terceiro mito resiste. É o último. Resiste como a aldeia dos outros. E resistirá sempre. O último mito não caíu. Nem vai caír. O último mito sou eu. EU!
AR
É assim a vida. Quase todos os mitos têm pés de barro. Só esta conclusão é válida pois é a única à qual se pode chegar. Reparai bem ...
O Blog era mítico. Já não é. O blog caiu no meio do povo. Tornou-se vilão, grosseiro. Agora está ao alcance do vizinho suado que nos acompanha no metro. Está na mistura entre odor corporal e desodorizante rasca, comprado na mercearia da esquina, do Zé que já não tem o lápis atrás da orelha mas antes usa o pequeno 'organiser' electrónico para fazer as suas encomendas. O Blog é agora do Diogo, que estuda na Universidade mas que não sabe escrever e dá erros quando tenta. Da Zinha, diminutivo de qualquer coisa, não interessa porque cai sempre bem, que todos os meses muda a cor das lentes de contacto porque deixaram de estar 'in' e nunca quer estar 'out'. Ou da Marlene Carina, que não acabou o Liceu porque é uma bruta natural mas que culpa o 'stor' porque afinal ela até sabia e - vejam, vejam - até tinha jeito para os computadores e sabe carregar no botão do rato.
O Blog foi o primeiro mito a cair.
O segundo mito a cair foi o do Alentejo.
O Alentejo, ao contrário do que se diz, não é vermelho. Nem rosa. E seguramente não é laranja. O Alentejo é amarelo. No Verão. E verde. No Inverno. Será que ninguém tem olhos na cara para ver isso? O Alentejo é, à vez, amarelo e verde, porra.
Só o terceiro mito resiste. É o último. Resiste como a aldeia dos outros. E resistirá sempre. O último mito não caíu. Nem vai caír. O último mito sou eu. EU!
AR