quinta-feira, agosto 21, 2003

Porque não há nada para perguntar ...

Eu devo dizer que concordo inteiramente com a lei aprovada no Knesset, que distingue os cidadãos israelitas judeus dos outros. Principalmente dos palestinianos. Essa cambada.
Vejamos. Os palestinianos são uma cambada. Ponto. Andam sempre a rebentar por aqui e por ali. Não se consegue ter uma rua limpa que logo aparece um palestiniano a rebentar: rebenta com ele, rebenta com os outros, rebenta com a rua ... é um aborrecimento. Tudo sujo, bocados de tudo por todo o lado.
Para além disso há o prejuízo que eles dão só em autocarros. Já alguém terá feito as contas aos autocarros que eles têm mandado pelo ar? É claro que lucram as empresas que fabricam autocarros ... hummm ... por acaso nunca tinha pensado nisso ... hummm ... se calhar era melhor investigar se as fábricas de autocarros não têm acordos com os palestinianos para eles se fazerem rebentar nos autocarros ... !
Adiante.
Para além disso, os palestinianos não são, na sua maioria, judeus. Aliás, deverão haver poucos palestinianos judeus. Ora se eles não são judeus então não precisam da cidadania israelita, não é? Isto é assim, pão, pão, queijo, queijo. Se não querem ser judeus também não levam com a cidadania. Para mais, devia ser proibido os palestinianos casarem com os judeus. Porque com a mistura dos genes um dia destes estão os israelitas filhos de palestinianos a rebentar por aí, em qualquer esquina ou dentro de qualquer autocarro, a sujar tudo.
Para além disso estas coisas também não são bem assim, porque afinal Israel é uma democracia e portanto não faz leis segregacionistas. Esta lei é apenas clarificadora. Sim. Clarificadora. Assim fica mais claro quem pode ter nacionalidade israelita e quem não pode. Ora a clarificação, como se sabe, é uma coisa boa, principalmente quando é feita desta maneira: às claras. Sim, porque a lei não é secreta, portanto foi tudo feito às claras.
Deve-se ainda referir que cada povo tem direito à sua vingançazinha. Assim, o Estado de Israel está apenas a fazer clarificações semelhantes às feitas há 70 anos na Alemanha. Ora se uns puderam porque é que os outros não poderão poder? Afinal, não são menos do que os alemães e isto ou há democracia ou comem todos.
E veja-se só, os israelitas são assim mesmo uns para os outros. Afinal, os judeus africanos são menos do que os outros, não são? E os que têm tranças amaricadas e andam sempre vestidos de preto também são mais do que os que não têm tranças amaricadas e não andam vestidos de preto, mas têm apenas uma gazezinha no alto da cabeça, não é? E os que dão umas cabeçadas lá num muro também valem mais do que os que não dão, não é?
E, afinal, o que é que isso nos interessa? Eles até são nossos amigos, não são?
AR
P.S.: Mas acho que devemos mesmo investigar aquela coisa dos autocarros ... Quem venderá aqueles autocarros?

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