segunda-feira, outubro 13, 2003

ainda o MRPP

A polémica ameaça alastrar para o interior deste blog. E da mesma forma que a Choldra e o Maranhão se desentenderam sem necessidade, igual equívoco se está a gerar aqui. Eu quando disse que o Pedro tinha razão, não me estava a referir à polémica - que aliás os próprios a seu tempo encerraram.
Estava a referir-me ao post sobre a Sr.a Dr.a Ana Gomes. Entendido?
Mas já agora aproveito a onda. Dessa trupe maoísta-em-75, e oportunista-a-todo-o-tempo, a dita senhora nem é a pior. Esse título cabe, não ao patético José Manuel Fernandes (o homem da lagrimita quando os americanos entraram em Bagdad), mas ao Senhor Professor João Carlos Espada.
Não tem escrito, felizmente, no Expresso. Mas quando o fazia era para tecer loas ao modelo social/jurídico/político anglo-saxão. Mais ou menos como quem diz: se tivéssemos uma Câmara dos Lordes todos os nossos problemas, que só existem porque somos jacobinos pouco esclarecidos, se resolveriam.
A opinião em si vale o que vale. O que me irrita é antes a necessidade de encontrar um "modelo universal", que por acaso já não é maoísta mas britânico-americano. Já lhe ocorreu, Senhor Professor, que se calhar não há soluções mágicas para os problemas do mundo? E muito menos necessidade de as importar?
O auge do ridículo foi o elogio ao Harry Potter, centrado em dois pressupostos: que a educação dos colégios britânicos tradicionais, com direito a uniforme, era mais apelativa para os miúdos (eu se pudesse voar na escola, também preferia aquela), e que a autora representava a vitória de uma literatura comercial sobre os escritores de esquerda subsídio-dependentes (segundo o Senhor Professor). Azar. É que o primeiro Harry Potter foi escrito usufruindo de uma bolsa da Câmara de Glasgow para jovens escritores...
LR

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