sábado, outubro 11, 2003
sida
O canhoto J diverte-se muito com a Igreja Católica. É bom saber que as opiniões da Igreja, ainda que influenciem poucos, têm a virtude de divertir outros. Já não se perde tudo.
Desta vez o pretexto é o aviso de responsáveis eclesiásticos sobre a relativa fiabilidade dos preservativos e o consequente risco que o seu uso ainda envolve na propagação de doenças como a sida.
Depois de comentários engraçados (sim, os canhotos são inteligentes e têm sentido de humor) sobre a questão, e depois de alertados por este nosso humilde blog, lá esclareceu que, na verdade, o correcto uso do preservativo é apenas o 4º (e último) método mais eficaz na luta contra a sida, assim reconhecido pela Agência de Combate à Sida da ONU, a seguir à abstinência (em 1º), às relações monogâmicas (a Igreja chama a isto, "castidade", uma palavra em desuso) com um parceiro não infectado (em 2º) e ao sexo sem penetração (em 3º lugar).
E isto porque, como reconhecem as autoridades na matéria, o preservativo tem apenas 80% de eficácia.
Mas esta preocupação com a «atitude criminosa da Igreja» levanta outra questão.
Não compreendo como poderia a Igreja ter outro discurso sobre o assunto. Se, em questões de natureza moral, como são as da sexualidade, a Igreja se dirige, antes de mais aos católicos, não se vê como poderia subordinar a sua doutrina (que defende a abstinência fora do matrimónio e a castidade na constância do mesmo) à moda do uso do preservativo.
Ora, será que quem não quer ou não consegue seguir os conselhos da Igreja nestas questões vai deixar de usar o preservativo nas suas relações ilícitas (aos olhos da Igreja), apenas porque o Papa ou o padre local assim o diz?
Será mais errado, sob o ponto de vista moral, um católico (e já nem falo dos não católicos, por razões óbvias) não usar o preservativo nas suas relações sexuais antes ou fora do casamento, com mais que um parceiro ou outras variantes próprias do adultério, ou a própria existência dessas relações?
Ou seja, querem nos dizer que sida se propaga porque quem não obedece aos preceitos sexuais da Igreja se recusa a usar o preservativo por medo da Igreja? Estão a falar a sério?
CC
Desta vez o pretexto é o aviso de responsáveis eclesiásticos sobre a relativa fiabilidade dos preservativos e o consequente risco que o seu uso ainda envolve na propagação de doenças como a sida.
Depois de comentários engraçados (sim, os canhotos são inteligentes e têm sentido de humor) sobre a questão, e depois de alertados por este nosso humilde blog, lá esclareceu que, na verdade, o correcto uso do preservativo é apenas o 4º (e último) método mais eficaz na luta contra a sida, assim reconhecido pela Agência de Combate à Sida da ONU, a seguir à abstinência (em 1º), às relações monogâmicas (a Igreja chama a isto, "castidade", uma palavra em desuso) com um parceiro não infectado (em 2º) e ao sexo sem penetração (em 3º lugar).
E isto porque, como reconhecem as autoridades na matéria, o preservativo tem apenas 80% de eficácia.
Mas esta preocupação com a «atitude criminosa da Igreja» levanta outra questão.
Não compreendo como poderia a Igreja ter outro discurso sobre o assunto. Se, em questões de natureza moral, como são as da sexualidade, a Igreja se dirige, antes de mais aos católicos, não se vê como poderia subordinar a sua doutrina (que defende a abstinência fora do matrimónio e a castidade na constância do mesmo) à moda do uso do preservativo.
Ora, será que quem não quer ou não consegue seguir os conselhos da Igreja nestas questões vai deixar de usar o preservativo nas suas relações ilícitas (aos olhos da Igreja), apenas porque o Papa ou o padre local assim o diz?
Será mais errado, sob o ponto de vista moral, um católico (e já nem falo dos não católicos, por razões óbvias) não usar o preservativo nas suas relações sexuais antes ou fora do casamento, com mais que um parceiro ou outras variantes próprias do adultério, ou a própria existência dessas relações?
Ou seja, querem nos dizer que sida se propaga porque quem não obedece aos preceitos sexuais da Igreja se recusa a usar o preservativo por medo da Igreja? Estão a falar a sério?
CC