sábado, novembro 29, 2003
luzinhas
As paisagens começam a ornar-se com iluminação natalícia. Eu, que me deprimo ainda mais com a insanidade geral da «quadra» e que abomino as prendinhas, a solidariedadezinha hipócrita e o sentimentalismo de pechibeque, não consigo evitar sentir um estranho conforto com as luzes de Natal. Nada de mais, contudo. É semelhante à sensação de vida que me transmite a aproximação de um avião ao aeroporto por cima do tráfego rodoviário da cidade - especialmente de noite, quando as luzes rompem a solidão escura.
Estou preso à vida por frágeis fios de luz.
CC
Estou preso à vida por frágeis fios de luz.
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