quarta-feira, novembro 19, 2003
Um Exemplo
Portugal escreveu ontem mais uma página de ouro no longo livro dos seus feitos extraordinários. Refiro-me, evidentemente, à Selecção Nacional de Futebol de Sub-21. E ao seu inesquecível comportamento no balneário que lhe foi atribuído no simpático estádio de Clermond-Ferrand.
Devo dizer que fiquei emocionado quando vi, já hoje de manhã, as imagens do dito balneário. E emocionei-me porque vi ali, naqueles cacos, o exemplo acabado da autocontenção, da sobriedade, do fairplay de quem sabe estar na vida e se rege pelos mais elevados padrões éticos e morais.
Alguns, certamente incapazes de ver para além do fumo do imediato e do aparente, não concordarão comigo. Mas, para aqueles de nós que sempre são capazes de ver mais além e para lá das aparências, os nossos jovens tiveram uma atitude exemplar.
Vejamos.
Ao desplante francês de nos vir vencer em solo pátrio, respondemos não apenas com a vitória no terreno, mas também com uma acção punitiva nos ditos balneários. E tudo com um notável autocontrolo: uma grande parte do tecto (ainda por cima falso) ficou intacto, a estrutura de ferro da mesa que lá se encontrava escapou inteira, algumas parcelas das paredes não ficaram sujas, partiu-se vidro mas com moderação. Ou seja, castigámos mas não humilhámos.
Ditosa a pátria, meus amigos, que se faz representar por jovens deste calibre. É, seguramente, em pátrias destas que os amanhãs não deixarão de cantar.
AR
Devo dizer que fiquei emocionado quando vi, já hoje de manhã, as imagens do dito balneário. E emocionei-me porque vi ali, naqueles cacos, o exemplo acabado da autocontenção, da sobriedade, do fairplay de quem sabe estar na vida e se rege pelos mais elevados padrões éticos e morais.
Alguns, certamente incapazes de ver para além do fumo do imediato e do aparente, não concordarão comigo. Mas, para aqueles de nós que sempre são capazes de ver mais além e para lá das aparências, os nossos jovens tiveram uma atitude exemplar.
Vejamos.
Ao desplante francês de nos vir vencer em solo pátrio, respondemos não apenas com a vitória no terreno, mas também com uma acção punitiva nos ditos balneários. E tudo com um notável autocontrolo: uma grande parte do tecto (ainda por cima falso) ficou intacto, a estrutura de ferro da mesa que lá se encontrava escapou inteira, algumas parcelas das paredes não ficaram sujas, partiu-se vidro mas com moderação. Ou seja, castigámos mas não humilhámos.
Ditosa a pátria, meus amigos, que se faz representar por jovens deste calibre. É, seguramente, em pátrias destas que os amanhãs não deixarão de cantar.
AR