quarta-feira, dezembro 17, 2003

aborto

Miguel Vale de Almeida volta ao seu ódio de estimação. Agora, a propósito do aborto, ataca violentamente a Igreja Católica (uma «obscura seita», nas suas palavras, cujos sacerdotes «são os herdeiros directos da instituição que durante séculos assassinou milhões de pessoas (índios, negros, judeus, bruxas, homossexuais, protestantes, etc.) e se calou perante o Holocausto»).
Para Vale de Almeida - que, ao que parece, está na confortável posição de não se assumir como herdeiro seja do que for -, os oposicionistas à despenalização do aborto são gente a quem falta a Razão e que, motivada pela "inveja do útero", mas sob a capa de «defensores da Vida», atenta contra a Liberdade. Por essa razão, sugere mesmo que os membros da Igreja «sejam acusados de associação criminosa e publicidade enganosa e confinados em campos de reeducação para a aprendizagem de ciências naturais, igualdade de género e sexualidade livre e responsável».
Tenho pena que um discurso tão intolerante, arrogante e fascista parta exactamente de uma das vozes da Esquerda, com quem eu tive o prazer de privar, no Funchal, a propósito de um encontro sobre objecção de consciência - precisamente o reduto último da Liberdade.
CC

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