quinta-feira, dezembro 18, 2003
Breves
De volta a este jardim à beira mar plantado, depois de incursão por terras de África (relato da viagem posteriormente), algumas breves impressões, daquilo que 'apanhei' estes últimos dias.
Saddam Hussein - Devo confessar que tive pena que o apanhassem. Sei que não é politicamente correcto dizer-se isso mas dava um gozo enorme ver o embaraço da pior administração norte-americana que eu "conheci". Só lamento as vidas que todos os dias são ceifadas no Iraque por causa de uma guerra estúpida e desnecessária.
Aborto - Primeira afirmação: Sou favorável à despenalização do aborto. Segunda afirmação - a despenalização não vai resolver problema nenhum. As mulheres que não têm condições económicas vão continuar a abortar em vãos de escada porque os médicos vão 'apresentar' objecção de consciência nos hospitais públicos para deixarem de objectar nas clinicas privadas e continuará a não haver educação sexual nas escolas. Vai tudo continuar na mesma. E com um referendo realizado há tão pouco tempo, não compreendo como é que se quer voltar a mexer no assunto...
Igreja Católica - Quem me conhece conhece a minha forte tendência anti-clerical, a juntar ao meu ateísmo militante. Mas isso não obsta a que diga aqui, publicamente, que gostei sinceramente das posições tomadas nos últimos dias por alguns bispos católicos. Alguns precipitados gritaram logo que aqueles prelados afinal não eram contra o aborto. Erro crasso. A doutrina não mudou. Mas a afirmação pública de que as mulheres que o praticam não devem ser criminalizadas por isso parece-me uma posição de respeito e compreensão pela situação dessas mulheres. E a manifestação desse respeito só merece, também, o meu respeito.
Imigrantes - O Comissariado presidido pelo Padre Vaz Pinto tem feito um trabalho muito positivo em prol dos emigrantes no nosso pais, nomeadamente dos ilegais. As propostas, que aparentemente vão ser contempladas num novo regulamento, que enquadrará o direito dos filhos desses imigrantes à educação nas escolas portuguesas e ao apoio social, bem como à reunificação das famílias parece-me um passo importante dado na direcção correcta, por um país que parece que se esqueceu que tem 4 milhões de compatriotas a viver noutros países.
AR
Saddam Hussein - Devo confessar que tive pena que o apanhassem. Sei que não é politicamente correcto dizer-se isso mas dava um gozo enorme ver o embaraço da pior administração norte-americana que eu "conheci". Só lamento as vidas que todos os dias são ceifadas no Iraque por causa de uma guerra estúpida e desnecessária.
Aborto - Primeira afirmação: Sou favorável à despenalização do aborto. Segunda afirmação - a despenalização não vai resolver problema nenhum. As mulheres que não têm condições económicas vão continuar a abortar em vãos de escada porque os médicos vão 'apresentar' objecção de consciência nos hospitais públicos para deixarem de objectar nas clinicas privadas e continuará a não haver educação sexual nas escolas. Vai tudo continuar na mesma. E com um referendo realizado há tão pouco tempo, não compreendo como é que se quer voltar a mexer no assunto...
Igreja Católica - Quem me conhece conhece a minha forte tendência anti-clerical, a juntar ao meu ateísmo militante. Mas isso não obsta a que diga aqui, publicamente, que gostei sinceramente das posições tomadas nos últimos dias por alguns bispos católicos. Alguns precipitados gritaram logo que aqueles prelados afinal não eram contra o aborto. Erro crasso. A doutrina não mudou. Mas a afirmação pública de que as mulheres que o praticam não devem ser criminalizadas por isso parece-me uma posição de respeito e compreensão pela situação dessas mulheres. E a manifestação desse respeito só merece, também, o meu respeito.
Imigrantes - O Comissariado presidido pelo Padre Vaz Pinto tem feito um trabalho muito positivo em prol dos emigrantes no nosso pais, nomeadamente dos ilegais. As propostas, que aparentemente vão ser contempladas num novo regulamento, que enquadrará o direito dos filhos desses imigrantes à educação nas escolas portuguesas e ao apoio social, bem como à reunificação das famílias parece-me um passo importante dado na direcção correcta, por um país que parece que se esqueceu que tem 4 milhões de compatriotas a viver noutros países.
AR