quarta-feira, dezembro 31, 2003
mais é Portugal, estúpido!
Com a devida vénia, reproduzo este post do Vincent:
«Neste país em que os bancos e as seguradoras escolhem um homem, agora acusado de crimes sexuais contra crianças, como imagem de solidez e de confiança; em que o Governo escolhe um homem, agora acusado de crimes sexuais contra crianças, como responsável da tutela da Casa Pia; em que o telejornal mais visto no país é responsabilidade de uma espécie de Ken e de Barbie decadentes a brincar aos jornalistas; em que o símbolo do cidadão comum é um bebado de fralda de fora a fazer um manguito; em que a religião oficial é o 'não-praticante'; em que os condutores são criminosos disfarçados de pessoas comuns; em que os jornalistas são uma classe que se auto-protege; em que a política é conduzida por rapazolas sedentos de poder e por mulheres secas de feminino; em que a submissão e servilismo dos cidadãos é confundida com simpatia; em que a evasão fiscal é uma espécie de norma para quem tem um canudo... dizia eu que, neste país, existem jardins, paisagens belíssimas, bons amigos e o Benfica. As vantagens são, ainda assim, muito superiores às desvantagens».
Às coisas boas do nosso país acrescento ainda o clima, a boa comida e o facto do nosso herói nacional, celebrado no dia de Portugal ser, não um guerreiro, não um político, mas um poeta. Por enquanto, claro.
CC
«Neste país em que os bancos e as seguradoras escolhem um homem, agora acusado de crimes sexuais contra crianças, como imagem de solidez e de confiança; em que o Governo escolhe um homem, agora acusado de crimes sexuais contra crianças, como responsável da tutela da Casa Pia; em que o telejornal mais visto no país é responsabilidade de uma espécie de Ken e de Barbie decadentes a brincar aos jornalistas; em que o símbolo do cidadão comum é um bebado de fralda de fora a fazer um manguito; em que a religião oficial é o 'não-praticante'; em que os condutores são criminosos disfarçados de pessoas comuns; em que os jornalistas são uma classe que se auto-protege; em que a política é conduzida por rapazolas sedentos de poder e por mulheres secas de feminino; em que a submissão e servilismo dos cidadãos é confundida com simpatia; em que a evasão fiscal é uma espécie de norma para quem tem um canudo... dizia eu que, neste país, existem jardins, paisagens belíssimas, bons amigos e o Benfica. As vantagens são, ainda assim, muito superiores às desvantagens».
Às coisas boas do nosso país acrescento ainda o clima, a boa comida e o facto do nosso herói nacional, celebrado no dia de Portugal ser, não um guerreiro, não um político, mas um poeta. Por enquanto, claro.
CC