quinta-feira, dezembro 11, 2003
o Benfica
Extracto do final da entrevista concedida por António Lobo Antunes à revista Visão de 27 de Novembro de 2003, falando sobre a guerra colonial em Angola (roubado daqui):
«ALA: Ao mesmo, tempo havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
Visão: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós.
O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra.
E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos.
Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
Visão: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?»
CC
«ALA: Ao mesmo, tempo havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
Visão: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós.
O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra.
E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos.
Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
Visão: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?»
CC