quarta-feira, janeiro 14, 2004
declarações para memória futura, parte II
Quem me conhece, e me quer bem, ofereceu-me no Natal a edição em DVD de alguns filmes de Carl Theodor Dreyer (1889-1968). Entre eles conta-se o extraordinário Ordet («A Palavra»), a que voltarei quando encontrar os adjectivos apropriados. Hoje fico-me apenas pela citação de João Bénard da Costa, a propósito da mesma obra, no seu Os Filmes da Minha Vida / Os Meus Filmes da Vida, Lisboa, 1990, p. 24: «Quando Ordet se estreou, lembro-me de ter recebido uma carta do Jorge Ritto - normalmente atento antes de outros ao que anos depois todos os outros falariam - a queixar-se da grande improbabilidade de vermos o filme por cá. Ainda não havia a Cinemateca e a Gulbenkian e os cineclubes não tinham dinheiro para importar cópias vindas de fora».
Hoje felizmente há a Cinemateca, a Gulbenkian, e o DVD.
LR