terça-feira, fevereiro 17, 2004
Um chocolate chamado memória
Os chocolates Regina são uma parte integrante da minha infância. Haviam as tabletes, os chapéus de chuva, as tabletes pequenas com recheio de vários sabores e pratas coloridas, as moedas, os cigarros ... As pratas eram usadas bastas vezes como marcadores de livros que ainda hoje vou encontrando quando os folheio em viagens mais ou menos pessoais àquele período.
Os chocolates Regina lembram-me os Verões em Coimbra, as jogatinas de futebol, os gelados de fruta (nada mais do que sumo congelado), as tardes despreocupadas sentados em cima de um muro à sombra das árvores em frente da escola primária dos Olivais, uma daquelas escolas antigas, com arcos na entrada e as janelas com enfeites de tijoleira, enquanto o eléctrico (já não há) passava pachorrentamente à nossa frente e esmagava as 'caricas' que colocávamos na linha, as idas ao Jardim da Sereia, porque não tinhamos nada para fazer e era tão bom perder tempo!
Os chocolates Regina lembram-me as idas, religiosamente respeitadas, aos Domingos à tarde, à Baixa, com a minha Tia e a minha Avó, lanchar a um dos cafés do Largo da Portagem ou da Ferreira Borges, onde bebia o sacramental copo de leite morno e comia um Caramujo ou uma Pata de Veado, enquanto alguém (havia sempre alguém com um rádio) ía dando notícias do jogo da Académica.
Não sei há quantos anos não comia chocolates Regina. Um dia destes vi-os num hipermercado e nem queria acreditar. Trouxe duas tabletes (e vou buscar mais) e comi-as num instante. O sabor continua a ser aquele de que me recordo. E devo confessar que me escapou uma lágrima de saudade.
AR
Os chocolates Regina lembram-me os Verões em Coimbra, as jogatinas de futebol, os gelados de fruta (nada mais do que sumo congelado), as tardes despreocupadas sentados em cima de um muro à sombra das árvores em frente da escola primária dos Olivais, uma daquelas escolas antigas, com arcos na entrada e as janelas com enfeites de tijoleira, enquanto o eléctrico (já não há) passava pachorrentamente à nossa frente e esmagava as 'caricas' que colocávamos na linha, as idas ao Jardim da Sereia, porque não tinhamos nada para fazer e era tão bom perder tempo!
Os chocolates Regina lembram-me as idas, religiosamente respeitadas, aos Domingos à tarde, à Baixa, com a minha Tia e a minha Avó, lanchar a um dos cafés do Largo da Portagem ou da Ferreira Borges, onde bebia o sacramental copo de leite morno e comia um Caramujo ou uma Pata de Veado, enquanto alguém (havia sempre alguém com um rádio) ía dando notícias do jogo da Académica.
Não sei há quantos anos não comia chocolates Regina. Um dia destes vi-os num hipermercado e nem queria acreditar. Trouxe duas tabletes (e vou buscar mais) e comi-as num instante. O sabor continua a ser aquele de que me recordo. E devo confessar que me escapou uma lágrima de saudade.
AR