terça-feira, março 16, 2004
Breve reflexão sobre as eleições em Espanha
Eu compreendo o medo. E compreendo também que é necessário ter coragem para o dominar.
O resultado das eleições em Espanha mostrou a vitória do medo sobre a vontade e o dever de lhe fazer frente.
Quem me conhece sabe que sou contrário à guerra do Iraque. Fui-o desde o primeiro momento. Mas ser-se contra a guerra do Iraque não é ser-se contra a guerra que se tem feito, e se deve continuar a fazer, sem vacilar, contra o terrorismo. Contra os canalhas, sejam eles quais forem, que matam, indiscriminadamente ou não, porque têm, como os próprios admitem, o culto da morte. Mal ou bem, a guerra contra o terrorismo passa agora pelo Iraque.
Os atentados de Madrid exigem, sobretudo, firmeza. Exigem a demonstração de que não se tem medo. E utilizo bem o tempo verbal. O facto de os espanhois terem votado com medo não os liberta desse dever. Eles continuam, como todos nós, vinculados a essa obrigação: a de defender o seu país, os seus valores, os seus filhos, pais, irmãos, amigos.
O acto impensável de dar a vitória ao PSOE e os propósitos já enunciados por este partido de fugir do Iraque, ainda que possa ser (dificilmente) desculpável, não os exime do dever e do direito de exigir ao seu governo que se mantenha firme. Pela cidadania. Pela Espanha.
AR
O resultado das eleições em Espanha mostrou a vitória do medo sobre a vontade e o dever de lhe fazer frente.
Quem me conhece sabe que sou contrário à guerra do Iraque. Fui-o desde o primeiro momento. Mas ser-se contra a guerra do Iraque não é ser-se contra a guerra que se tem feito, e se deve continuar a fazer, sem vacilar, contra o terrorismo. Contra os canalhas, sejam eles quais forem, que matam, indiscriminadamente ou não, porque têm, como os próprios admitem, o culto da morte. Mal ou bem, a guerra contra o terrorismo passa agora pelo Iraque.
Os atentados de Madrid exigem, sobretudo, firmeza. Exigem a demonstração de que não se tem medo. E utilizo bem o tempo verbal. O facto de os espanhois terem votado com medo não os liberta desse dever. Eles continuam, como todos nós, vinculados a essa obrigação: a de defender o seu país, os seus valores, os seus filhos, pais, irmãos, amigos.
O acto impensável de dar a vitória ao PSOE e os propósitos já enunciados por este partido de fugir do Iraque, ainda que possa ser (dificilmente) desculpável, não os exime do dever e do direito de exigir ao seu governo que se mantenha firme. Pela cidadania. Pela Espanha.
AR