terça-feira, março 30, 2004
A Irlanda e o Futuro
Já está. A Irlanda deu o passo que faltava e proibiu o consumo de tabaco em todos os locais públicos.
Esta decisão é, sem dúvida, polémica. Não faltarão com certeza os mal-intencionados a argumentar que tal medida é, não só estúpida, como hipócrita, porque se a preocupação é a saúde dos indivíduos então dever-se-ia proibir, pura e simplesmente, a venda de tabaco e acabar com a sua receita fiscal, mas dever-se-ia ir ainda mais longe e proibir a circulação de todos os veículos movidos a hidrocarbonetos e outros combustíveis poluentes, que não apenas vão destruindo o ambiente como, para além disso, são responsáveis pelo aumento dramático de doenças respiratórias, muito mais onerosas para os cofres dos Estados e para a saúde pública do que o tabaco. E, já agora, proibia-se também o consumo de alimentos das cadeias tipo McDonald’s, Kentucky ou Pizza Hut, pela sua péssima qualidade e pelo facto de serem responsáveis, em larga medida, pelo aumento de doenças cardio-vasculares. Além disso, porque nestas coisas não se deve ficar a meio, proibia-se também o consumo de bebidas alcoólicas, que não apenas provocam dependência, talvez pior do que a do tabaco, como ainda são responsáveis pela morte de milhares e milhares de pessoas. Aliás, directa e indirectamente, o álcool mata muito mais gente do que o tabaco.
Esses mesmos mal-intencionados poderiam concluir que esta medida é uma palhaçada sem tamanho, importação de um puritanismo barrasco ‘made in USA’, típico de uma sociedade governada por mentecaptos e atrasados mentais que estão sempre a ver, e parafraseando os escritos bíblicos, o argueiro no olho do seu irmão mas que nunca vêem a trave no seu próprio olho.
Ainda bem que eu não pertenço a esse grupo de mal-intencionados.
AR
Esta decisão é, sem dúvida, polémica. Não faltarão com certeza os mal-intencionados a argumentar que tal medida é, não só estúpida, como hipócrita, porque se a preocupação é a saúde dos indivíduos então dever-se-ia proibir, pura e simplesmente, a venda de tabaco e acabar com a sua receita fiscal, mas dever-se-ia ir ainda mais longe e proibir a circulação de todos os veículos movidos a hidrocarbonetos e outros combustíveis poluentes, que não apenas vão destruindo o ambiente como, para além disso, são responsáveis pelo aumento dramático de doenças respiratórias, muito mais onerosas para os cofres dos Estados e para a saúde pública do que o tabaco. E, já agora, proibia-se também o consumo de alimentos das cadeias tipo McDonald’s, Kentucky ou Pizza Hut, pela sua péssima qualidade e pelo facto de serem responsáveis, em larga medida, pelo aumento de doenças cardio-vasculares. Além disso, porque nestas coisas não se deve ficar a meio, proibia-se também o consumo de bebidas alcoólicas, que não apenas provocam dependência, talvez pior do que a do tabaco, como ainda são responsáveis pela morte de milhares e milhares de pessoas. Aliás, directa e indirectamente, o álcool mata muito mais gente do que o tabaco.
Esses mesmos mal-intencionados poderiam concluir que esta medida é uma palhaçada sem tamanho, importação de um puritanismo barrasco ‘made in USA’, típico de uma sociedade governada por mentecaptos e atrasados mentais que estão sempre a ver, e parafraseando os escritos bíblicos, o argueiro no olho do seu irmão mas que nunca vêem a trave no seu próprio olho.
Ainda bem que eu não pertenço a esse grupo de mal-intencionados.
AR