segunda-feira, abril 05, 2004
a tropa fandanga
1. O magistrado judicial Rui Teixeira interveio, nos termos que teve por convenientes, como juiz na fase de inquérito do processo "Casa Pia". Os despachos que proferiu foram sindicados em fase de recurso pelos tribunais superiores (como o próprio - e bem - várias vezes frisou), com resultados variados. Até aqui tudo normal, sendo certo que enquanto interveniente processual o magistrado em causa se escusou a proferir declarações à imprensa. Até àquela entrevista... Fame, fatal fame / it can play hideous tricks on the brain...
2. O causídico José Maria Martins tem a particularidade de conseguir violar três ou quatro artigos do Estatuto da Ordem dos Advogados de cada vez que abre a boca: quer por falar de um processo que se encontra pendente, quer por comentar da forma que todos conhecem o trabalho de colegas no mesmo processo. Até aqui tudo anormal, quanto mais não seja pela inércia da Ordem em agir disciplinarmente e em defesa da imagem da classe. Mas quando o mesmo causídico se mostra indignado pela libertação de um dos arguidos, dizendo que "toda a gente que lê jornais sabe quem é o Jorge Ritto" e "o que ele andou a fazer lá fora", entramos num terreno (ainda) mais pantanoso. O que está em causa num processo de natureza penal, como este, é saber se o arguido X cometeu nos dias Y e Z, em locais precisos, os crimes de que vem acusado. E não "saber quem é", ou o que "andou a fazer". O Sr. Dr. Martins sabe-o muito bem.
LR
2. O causídico José Maria Martins tem a particularidade de conseguir violar três ou quatro artigos do Estatuto da Ordem dos Advogados de cada vez que abre a boca: quer por falar de um processo que se encontra pendente, quer por comentar da forma que todos conhecem o trabalho de colegas no mesmo processo. Até aqui tudo anormal, quanto mais não seja pela inércia da Ordem em agir disciplinarmente e em defesa da imagem da classe. Mas quando o mesmo causídico se mostra indignado pela libertação de um dos arguidos, dizendo que "toda a gente que lê jornais sabe quem é o Jorge Ritto" e "o que ele andou a fazer lá fora", entramos num terreno (ainda) mais pantanoso. O que está em causa num processo de natureza penal, como este, é saber se o arguido X cometeu nos dias Y e Z, em locais precisos, os crimes de que vem acusado. E não "saber quem é", ou o que "andou a fazer". O Sr. Dr. Martins sabe-o muito bem.
LR