quinta-feira, maio 12, 2005

Grrrrr !

Estávamos a um passo do ecrã e aquilo parecia enorme. Montes aerodinâmicos, cintura de ampulheta, coxas amplas, pernas roliças, traseiros exuberantes.




Ouvia-se salivar. Parecíamos uma plateia de bebés. Aquilo apelava a algo quase maternal.

Dizia o folheto da Cinemateca que Russ Meyer escolhia as suas actrizes através da Playboy (menos trabalho, efeito visual garantido) mas que o Faster, Pussycat ! Kill! Kill! teve direito a anúncio na Variety para audições. O papel principal, Varla, a mazona com glândulas mamárias pronunciadas (bem, a mais mazona, que o outro critério é comum a todas) acabou por ir para Tura Satana, uma insaciável stripper/actriz que afirmava que não passava mais de 3 dias sem homem.



"What you're staring at? You won't find it down there, Columbus!"


Carros rápidos, mulheres quentes, acção, os primórdios do girl power . Coitadas, infelizmente esta coisa do girl power nos anos 60 limitava-se à conjunção de alguns factores duvidosos: uma sexualidade exarcebada, serem just plain mean, alegações de alguma fufice, go-go girls e boas no volante (mesmo que nunca tocassem nas mudanças)… no final acabam todas mortas que é para não se armarem em espertas.

De qualquer forma cheers para os diálogos mais explícitos (com aquele toque mágico tipo Quim Barreiros) que pude presenciar num filme. Muito divertidos.

"Honey, we don't like-a nothin' soft, everything with us is hard."
"Here Rosie baby, I got it all nice and wet for ya."
Tommy asks, "What's your point?" Varla answers, "The point is of no return and you've reached it!"
“I never try anything. I just do it!”


Sofia

Comments:
Divertidos, pr'ó lado do sugestivo. Não conhecia. Não me faz babar (de abrir a boca e tudo), mas reconheço o bom prenúncio. Pena não ter tido consequência.
 
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