quarta-feira, maio 11, 2005

A Sandes de Coirato (a pedido)

A sandes de coirato é uma sandes que tem lá dentro um coirato.
A sandes é pão, que é feito de trigo e fermento e água e sal. A sandes é uma coisa boa porque entre outras utilidades serve para lá meter coiratos dentro.
O coirato é couro (ou coiro) que se cozinha num prato. Daí o termo coirato. O coirato põe-se dentro da sandes e tem pelos. Os pelos do coirato costumam ser curtos e rijos. É estranho que homens como os que vão ao futebol, machos inveterados que batem nas suas mulheres quando os seus clubes perdem, metam pelos na boca. Mas a vida é assim.
A sandes de coirato é um elemento fundamental do futebol. Há registos históricos, alguns deles remontando ao período do Império de Nabucodonosor, encontrados em pequenas placas de barro, que referem a não realização de jogos de futebol por não haverem suficientes sandes de coiratos.
Para além do futebol, a sandes de coirato é um pilar da Civilização Ocidental. Num texto de 37 a.C. o historiador Romano Couratus Maximus refere uma revolta no Circo Máximo pela falta de sandes de coirato e, já na Idade Média, um Conclave demorou nove meses, uma semana, cinco dias, onze horas, três minutos e vinte e um segundos pelo facto de os cardeais, devido ao seu isolamento, terem tido dificuldade de pedir sandes de coirato. Os muçulmanos não comem sandes de coirato por Maomé estar ao serviço de potências europeias da época que lhe ofereciam grandes manadas de camelos em troco de ele dizer que o porco era impuro, de forma a haver mais porcos disponíveis para consumo na Europa. E bem recentemente, o fim triste da estação espacial MIR deveu-se a excesso de carga na mesma, por armazenagem de excessivas quantidades de coiratos e sandes.
As sandes de coirato também se comem bem se acompanhadas por 'mines'.
A palavra 'mineiro' vem de 'mine'.
Eu gosto de 'mines' e de sandes de coirato.
AR

Comments:
o net pulha
Isso de meter pelos na boca até é de macho...
Há quem encare com uma obrigação, mas confesso que para mim é sempre um prazer, com ou sem pelo.
No campo de jogos do Atlético Clube de Porto-Salvo, o concessionário do bar servia um belo coirato, pejado de pelame! Nham, nham!
 
De "mines" também gosto, e do belo do ovo cozido, já a sandocha de coirato nunca tive coragem por causa do "pelame".
 
E uma ode ao whiskey? Isso é que era...
 
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