domingo, junho 26, 2005

Crónicas de Madrid VI

Em abono da verdade esta crónica está a ser escrita do Estoril. Fica como testemunho a posteriori das últimas horas na capital de nuestros hermanos.

Escrevi aqui na crónica anterior:
"Para despedida, os planos incluem näo ir à cama. Mas directo para o aeroporto."

Não poderia ter sido mais diferente do planeado a última noite em Madrid. Interessará a alguns (poucos) o que fiz para lá chegar e portanto, se me permitem, deixarei para conversas de viva voz o relato dessa história. Aqui ficará apenas o registo da parte pública. Perto das 3h da madrugada percorria a pé algumas artérias até à data desconhecidas um pouco mais afastadas do centro da cidade. Por volta das 4h ficava a saber que a zona que atravessava (a pé, e outra) era palco por vezes de confrontos entre bandos (ou gangs, se preferirem) de jovens equatorianos, colombianos, salvadorenhos e outras distintas nacionalidades da América Central e do Sul. Às 5h e 30m vinha eu de autocarro, com os primeiros passageiros da manhã, a pensar como era curioso duas cidades tão diferentes mesmo ali ao lado uma da outra: a do glamour (perdoe-se-me o francesismo) e a das pessoas comuns, dos crimes comuns, do trabalho comum. Seguramente uma experiência que não vou esquecer.

Mas a última coisa que fiz, mesmo, antes de me meter no taxi a caminho do aeroporto, foi voltar ao Thyssen para comprar umas prendas de última hora. E talvez esteja de volta no próximo 23.
AR

Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?