segunda-feira, junho 06, 2005
Se calhar falamos do mesmo, não?
«É preciso fechar serviços, cortar duplicações, perseguir o desperdício, promover a eficácia em cada ponto do Sector Público. Isso só sucederá com uma mudança radical de mentalidades. Os funcionários, dirigentes e ministros têm de entender que o inchar dos números só contribui para abater a imagem e a sustentabilidade do próprio funcionalismo. Pelo contrário, uma Administração pequena, competente e eficaz seria prestigiada e influente. Um dos grandes mistérios deste processo é que os sindicatos e governantes tenham aplaudido ou tolerado as sucessivas entradas de funcionários, que só degradaram e desprestigiaram a sua própria função. Aqueles poucos que trabalham e se esforçam por fazer funcionar os serviços são os grandes prejudicados pela massa de parasitas que corrompe o Estado.»
João César das Neves no DN
«Já Francisco Louçã, do Blo-co de Esquerda, defende "a auditoria a todos os serviços públicos, para fazer o levantamento dos desperdícios e melhorar o serviço público. A auditoria deve incluir ministérios (como o Governo aceitou), mas também FSA, Segurança Social e autarquias e regiões. Impacto estimado 1000 milhões de euros ao fim de dois anos, 1500 no terceiro e seguintes"»
Francisco Louça em declarações para o DN
Estas duas transcrições, dispersas na edição de hoje do DN, fizeram-me recordar um programa frente-a-frente na SIC Notícias entre estes dois professores de Economia (um deles meu). Após algum debate mais animado ambos os intervenientes vieram a desembocar na ideia do “orçamento base zero”, ou seja, recorrer a uma análise detalhada de gastos. A ideia seria começar do zero. Temos um orçamento e há que distribui-lo o que implicaria um levantamento do que cada unidade da administração pública deve gastar. Todos estes gastos têm de ser justificados seguindo uma lógica que defende que cada unidade deve viver de acordo com os recursos disponíveis eliminando serviços/programas não económicos. Parece básico mas dá muito trabalho.
Durante o debate JCN concorda com o principio, ou a via, mas achava o exercício demasiado moroso, que este tipo de levantamento levaria anos.
Engraçado mas parece-me que o que ele defende hoje na sua crónica do DN não está longe da ideia (ou implica a sua aplicação em parte). Engraçado que esta ideia seja defendida já há bastante tempo pelo BE.
Há vida para além dos impostos.
Sofia
João César das Neves no DN
«Já Francisco Louçã, do Blo-co de Esquerda, defende "a auditoria a todos os serviços públicos, para fazer o levantamento dos desperdícios e melhorar o serviço público. A auditoria deve incluir ministérios (como o Governo aceitou), mas também FSA, Segurança Social e autarquias e regiões. Impacto estimado 1000 milhões de euros ao fim de dois anos, 1500 no terceiro e seguintes"»
Francisco Louça em declarações para o DN
Estas duas transcrições, dispersas na edição de hoje do DN, fizeram-me recordar um programa frente-a-frente na SIC Notícias entre estes dois professores de Economia (um deles meu). Após algum debate mais animado ambos os intervenientes vieram a desembocar na ideia do “orçamento base zero”, ou seja, recorrer a uma análise detalhada de gastos. A ideia seria começar do zero. Temos um orçamento e há que distribui-lo o que implicaria um levantamento do que cada unidade da administração pública deve gastar. Todos estes gastos têm de ser justificados seguindo uma lógica que defende que cada unidade deve viver de acordo com os recursos disponíveis eliminando serviços/programas não económicos. Parece básico mas dá muito trabalho.
Durante o debate JCN concorda com o principio, ou a via, mas achava o exercício demasiado moroso, que este tipo de levantamento levaria anos.
Engraçado mas parece-me que o que ele defende hoje na sua crónica do DN não está longe da ideia (ou implica a sua aplicação em parte). Engraçado que esta ideia seja defendida já há bastante tempo pelo BE.
Há vida para além dos impostos.
Sofia