quarta-feira, julho 13, 2005

em toda a terra

Devemo-nos comportar como se Deus existisse.
CC

Comments:
Porquê?
Sim, talvez seja bom para a sociedade, o amor ao próximo e tal, mas para mim pode ser bem duro. E porque não hei-de fazer aquilo que em apetece na meia dúzia de anos que aqui andamos... Hum, quando as coisas não me custarem muito, tudo bem. Vamos lá comportar-nos como se Deus existisse. Mas quando a coisa dói na pele? Não sou maluco por andar a sofrer por algo que pode ser mentira... Prefiro jogar pelo seguro, e apostar na certeza de que eu, pelo menos, existo...
Para que a coisa tivesse mais credibilidade e eficácia a frase devia ser:
"Devemos porcurar descobrir se Deus existe ou não"
 
A questão é se fará alguma diferença na nossa vida. O caro Anonymous fala em «sofrer por algo que pode ser mentira», algo que nunca me tinha ocorrido quando se fala de Deus.

Por que é que a existência de Deus nos faria sofrer? Por que é que pode ser «bem duro»? Se Deus não existe, a vida é mais fácil? Que coisas terríveis são essas que nos apetece fazer e que não se podem fazer porque Deus existe?
Como é este Deus que o Anonimous imagina?
 
Eu vou-te dizer como é este Deus que o Anonymous imagina: é uma seca. Um gajo sempre no controle, que faz as coisas boas com a intenção declarada de nos f.... o juízo a dizer que não podemos usufruir delas, que faz anjos perfeitos que não são assim tão perfeitos e depois se transformam nuns bandalhos de proporções cósmicas que nos tentam empurrar para as coisas más criadas por ele para nós não usarmos/fazermos, e que se o conseguirem nos espetam com ferros em braza até sempre, e outras merdas assim. Está bem claro, ou tenho que fazer um desenho?
AR
P.S. - Uso o ver ser no presente por uma questão de facilidade de transmissão da mensagem, porque é uma sorte do caraças quando não acreditamos que o gajo existe e nos guiamos pela consideração daquilo que para nós é bom ou não.
 
Ó AR, não é preciso fazer desenho nenhum, a imagem é bem clara.
De facto, que pena que se tenha "vendido" tanto esse desenho.
Perdemos todos.
M. Conceicao
 
Mussolini, num debate teológico em Lausanne, Suíça, 25 de Março de 1904: «Pediu a alguém na assistência que lhe emprestasse um relógio, pô-lo na sua frente e exclamou: "Dou cinco minutos a Deus, se Ele existe, para me fulminar. Se, passado este tempo, não o tiver feito, é porque Ele não existe."» Ou seja, não estás sozinho, AR...
LR
 
Eu sei, LR, que não estou sozinho. E felizmente que acompanhado por pessoas bem melhores do que Mussolini.
AR
 
CC

Sejamos claros. A crença coerente em Deus tem sempre um preço. Coerente, repito. Podemos começar pelos mártires, que não são coisa do passado, mas existem às centenas de milhares actualmente (falo do Cristianismo). Imagina que Deus não existe (o "viver como se Deus existisse" implica essa possibilidade). Então esses mártires perderam a possibilidade de ver crescer os filhos, de contar histórias aos netos, de gozar milhares de momentos agradáveis na vida como um passeio no campo, uma festa com amigos, uma cerveja fresca no Verão, etc, tudo isto por causa de uma mentira. Parece-me que se pode dizer que foram prejudicadas (se me disseres que pelo menos havia a felicidade de acreditar em algo, eu digo-te que a alienação não é justificação. Os bombistas suícidas também acreditam, e muito, em algo).
Mas mesmo na nossa vida diária, no Ocidente tolerante, viver segundo a lei de Deus, qualquer que ela seja, implica sacrifícios. Provavelmente será mais difícil a progressão no emprego, há certos "esquemas" de enriquecimento que estão vedados, nalguns prazeres da vida não podemos tocar: quando a vizinha boazona nos pisca o olho (ok, isto não acontece na vida real...) nós temos que abrir a porta de casa e e ir para junto da mulher e dos filhos... Bom, por alguma razão Jesus disse que veio "trazer a espada" e "colocar pais contra filhos e irmãos contra irmãos". Há uma dimensão na fé (cristã) que implica sacríficio. Se Deus não existir acho que podemos falar em milhões de pessoas defraudadas.
Percebo a ideia de que seria bom para sociedade que todos vivessem com a regras ditadas por Deus. O nosso mundo seria bem melhor. Mas em questões de fé as coisas são ou não são. Não há o "como se".
 
Meu caro Anónimo. Nisso do defraudado, eu acho que a unidade de medida ultrapassou, à muito, a do milhão.
 
Pessoas bem melhores que o Mussolini? Sem dúvida, AR. Aqui há uns anos o Bruxo Alexandrino até destruiu à machadada uma imagem de Nossa Senhora junto à sede da RTP.
LR
 
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