terça-feira, julho 19, 2005
Qual seria o custo de Portugal não ter um aeroporto competitivo dentro de dez anos?*
Provavelmente a poupança dos 650 milhões que serão queimados em estudos sobre a Ota. Fora construção (os custos globais avaliados em 3 mil milhões de euros). TGV: 1,5 mil milhões de euros para que se possam efectuar estudos , custo de obra cerca de 14 mil milhões de euros. Provavelmente a canalização para outros investimentos prioritários: melhoramento e renovação das infratestruturas de transporte actuais, investimento em energias renováveis, ...
Como classificou bem Miguel Beleza hoje numa crónica do Público (link indisponível por ser conteúdo pago) podemos considerar que estes são dois belos e nutridos elefantes brancos.
Sofia
* Pergunta lançada por José Sócrates durante a apresentação do Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP)
Como classificou bem Miguel Beleza hoje numa crónica do Público (link indisponível por ser conteúdo pago) podemos considerar que estes são dois belos e nutridos elefantes brancos.
«O TGV nasceu e será rentável para linhas com tráfego da ordem dos dez milhões de passageiros/ano. Os espanhóis dizem que o rentabilizam com metade. Em Portugal a Linha Lisboa-Porto terá, na hipótese mais optimista, três milhões. Isto é, se tivermos sorte, nessa linha será coberta uma parte moderada dos custos variáveis. Seria possível diminuir o custo para o contribuinte, por exemplo, não construindo a parte da linha mais próxima de Lisboa e Porto que, por razões evidentes, custará uma (grande) fortuna e efectuar o correspondente percurso à chamada velocidade alta. Acrescentar-se-ia, no máximo, um número limitado de minutos à viagem. Vale a pena lembrar que se as caríssimas obras de melhoramento da linha do Norte tivessem sido feitas com competência, os já pagos comboios pendulares fariam o percurso Lisboa-Porto talvez em menos cerca de uma hora do que as três actuais. Para o contribuinte, as ligações Porto-Vigo e Lisboa-Madrid serão uma caríssima fantasia. »
«O aeroporto da Ota, que, directa ou indirectamente será em grande parte pago pelo contribuinte, é inútil. Primeiro, o espaço disponível faz com que a sua vida útil seja curta. Segundo, a Portela pode durar muitos mais anos com um dispêndio reduzido, em particular se a pista de Alverca for utilizada para charters e linhas aéreas low cost ou no frills que hoje fogem da Portela por causa do preço e cujo peso no transporte aéreo irá, tudo o indica, continuar a crescer muito em termos absolutos e relativos. A orientação das pistas da Portela e de Alverca permitem esta opção. E, além disso, Alverca fica a menos de metade dos trinta e picos quilómetros de Lisboa a que fica a Ota.»
Sofia
* Pergunta lançada por José Sócrates durante a apresentação do Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP)