quinta-feira, setembro 15, 2005
O Calinas
O Calinas, vulgo Carrilho, tem sido fértil em brilhantes ideias (e consequentes propostas) para Lisboa.
Depois das câmaras espalhadas pela cidade para monitorizar as zonas perigosas ― note-se que não disse que ía pedir ao Ministério da Administração Interna mais polícia, pelo que suponho que as ditas câmaras tenham como função proteger os cidadãos e dar caça aos delinquentes ― e dos táxis gratuitos para os idosos ― de onde se supõe que o dito senhor não está ciente do programa Lisboa Porta a Porta, que transporta gratuitamente os idosos residentes nas zonas históricas, normalmente de mais difícil acesso ― vem agora, em entrevista à TSF, defender a brilhante ideia de retirar automóveis de dentro de Lisboa.
A ideia, em si, não é nova. O que é novo é o modo de o fazer proposto pelo Calinas. Imagine-se que a referida sumidade propõe (sic) “cortar os acessos da CRIL e da CREL”. Ou seja, as duas variantes, que têm exactamente como função dividir o tráfego que entra na capital ― para além, evidentemente, de permitir que quem vem das auto-estradas e o seu destino não é Lisboa não passe por dentro da cidade ― deixariam de cumprir a função para a qual foram construídas. E ficariam, obviamente, vazias. Como contrapartida, iria melhorar os transportes públicos dentro da cidade. Aparentemente, não sabe que a Carris e o Metropolitano não pertencem ao município pelo que, de facto, não poderá mudar nada se estas empresas não estiverem interessadas no que ele tiver (se tiver alguma coisa) a propor para o efeito.
Aguardo, com insuportável expectativa, as próximas propostas do Calinas, e não consigo deixar de pensar na frase do outro: ditosa a pátria que tais filhos gera.
AR
Depois das câmaras espalhadas pela cidade para monitorizar as zonas perigosas ― note-se que não disse que ía pedir ao Ministério da Administração Interna mais polícia, pelo que suponho que as ditas câmaras tenham como função proteger os cidadãos e dar caça aos delinquentes ― e dos táxis gratuitos para os idosos ― de onde se supõe que o dito senhor não está ciente do programa Lisboa Porta a Porta, que transporta gratuitamente os idosos residentes nas zonas históricas, normalmente de mais difícil acesso ― vem agora, em entrevista à TSF, defender a brilhante ideia de retirar automóveis de dentro de Lisboa.
A ideia, em si, não é nova. O que é novo é o modo de o fazer proposto pelo Calinas. Imagine-se que a referida sumidade propõe (sic) “cortar os acessos da CRIL e da CREL”. Ou seja, as duas variantes, que têm exactamente como função dividir o tráfego que entra na capital ― para além, evidentemente, de permitir que quem vem das auto-estradas e o seu destino não é Lisboa não passe por dentro da cidade ― deixariam de cumprir a função para a qual foram construídas. E ficariam, obviamente, vazias. Como contrapartida, iria melhorar os transportes públicos dentro da cidade. Aparentemente, não sabe que a Carris e o Metropolitano não pertencem ao município pelo que, de facto, não poderá mudar nada se estas empresas não estiverem interessadas no que ele tiver (se tiver alguma coisa) a propor para o efeito.
Aguardo, com insuportável expectativa, as próximas propostas do Calinas, e não consigo deixar de pensar na frase do outro: ditosa a pátria que tais filhos gera.
AR
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Na TSF, pareceu-me ouvir "cortar os acessos da CRIL e do Eixo Norte-Sul". Mas não deixa de ser hilariante. Quase tão hilariante como a do jardim em cada bairro...
Isto só demonstra a impreparação do Prof. Carrilho para a presidência da CML. A manifesta capacidade de Lisboa em "absorver" o trânsito deve-se ao estacionamento inexistente. Silos à entrada de Lisboa e portagens, isso sim remediaria alguma coisa. O corte seria tão drástico q rebentava com a economia da AML. Gostava de saber a opinião dos esquerdalhos da Margem Sul...
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Isto só demonstra a impreparação do Prof. Carrilho para a presidência da CML. A manifesta capacidade de Lisboa em "absorver" o trânsito deve-se ao estacionamento inexistente. Silos à entrada de Lisboa e portagens, isso sim remediaria alguma coisa. O corte seria tão drástico q rebentava com a economia da AML. Gostava de saber a opinião dos esquerdalhos da Margem Sul...
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