segunda-feira, outubro 03, 2005
alegria
Não, não é uma referência aos resultados da Liga Betadine ou lá o que é. É o nome da nossa Terra. Que querem? Nem toda a gente está sempre a pensar em futebol.
CC
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Comments:
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Enquanto o homem não abandonar a ilusão de um Deus Paternal e não assumir a tarefa de se educar a si mesmo para enfrentar a realidade, será sempre como uma criança que abandonou a casa do pai ou que foi abandonada,expulsa da casa paterna.
Só o homem livre que se libertou da autoridade paterna, divina pode crescer e perder a condição de criança dependente, magoada, rejeitada, inibida, que sente que Deus não a considera, não a ouve, não a ama, tal como não se sentiu ouvida, reconhecida, vista, aceite pelo seu pai.
Este desamor tornou-o no mais pobre dos pobres (incapaz de se dar, de se amar e de amar), por isso faz deles a sua bandeira, defender os pobres ou os não amados, reclamando junto do pai o amor que deve aos filhos. Mas, ainda que zangado, não consegue enfrentá-lo, usa a igreja, a comunidade, a política como mediadora, para expôr a sua razão, pois aterroriza-o a ideia de perder o amor de um pai,que sempre se mostrou omisso, inaudível, incapaz de lhe dar um afago, um colo, um feedback sobre a sua pessoa, algum sinal que lhe permitisse descobrir-se na relação com o o outro. Como herança ficou a estranheza da proximidade, a ilegibilidade dos sinais, o pavor de não ser gostado, de ser apontado, o sentimento de culpa de não termos agradado, por não sermos suficientemente bons.
Esta impotência, esta mágoa é o oposto do sentimento religioso, pelo que uma pergunta se impõe não será esta fé uma salvaguarda contra o regresso a uma vivência de abandono, de solidão, de dor...
Só o homem livre que se libertou da autoridade paterna, divina pode crescer e perder a condição de criança dependente, magoada, rejeitada, inibida, que sente que Deus não a considera, não a ouve, não a ama, tal como não se sentiu ouvida, reconhecida, vista, aceite pelo seu pai.
Este desamor tornou-o no mais pobre dos pobres (incapaz de se dar, de se amar e de amar), por isso faz deles a sua bandeira, defender os pobres ou os não amados, reclamando junto do pai o amor que deve aos filhos. Mas, ainda que zangado, não consegue enfrentá-lo, usa a igreja, a comunidade, a política como mediadora, para expôr a sua razão, pois aterroriza-o a ideia de perder o amor de um pai,que sempre se mostrou omisso, inaudível, incapaz de lhe dar um afago, um colo, um feedback sobre a sua pessoa, algum sinal que lhe permitisse descobrir-se na relação com o o outro. Como herança ficou a estranheza da proximidade, a ilegibilidade dos sinais, o pavor de não ser gostado, de ser apontado, o sentimento de culpa de não termos agradado, por não sermos suficientemente bons.
Esta impotência, esta mágoa é o oposto do sentimento religioso, pelo que uma pergunta se impõe não será esta fé uma salvaguarda contra o regresso a uma vivência de abandono, de solidão, de dor...
Caro lhw,
este comentário é a particularizar ou a generalizar?
Pela parte que me toca, sim. Tenho uma fé titubeante. E acho que não quero outra fé, que esta de saber que tenho de me suster na vida e ao mesmo tempo, surpreender-me, de todas as vezes que me sinto amparada.
Não. Deus, não é uma compensação para gente mal amada. É o Amor. E se tantas vezes Ele me é oculto, os que torno próximos, não o são.
este comentário é a particularizar ou a generalizar?
Pela parte que me toca, sim. Tenho uma fé titubeante. E acho que não quero outra fé, que esta de saber que tenho de me suster na vida e ao mesmo tempo, surpreender-me, de todas as vezes que me sinto amparada.
Não. Deus, não é uma compensação para gente mal amada. É o Amor. E se tantas vezes Ele me é oculto, os que torno próximos, não o são.
Caro CC,
este comentário pode ser entendido de ambas as formas.Mas, o que me parece deveras importante é fazeres uma leitura atenta ao post escrito por ti na Terra. Eu sei que o tempo já vai longo, mas com facilidade irás constatar a tua incoerência e falta de discernimento para reconheceres a tua relação com o divino, com o amor fraternal e o teu entusiasmo, ou a falta dele perante a vida. Resta-me ainda dizer que a imagem do post,remete-nos para uma vivência de dor, fardo, inferno existencial, escuridão, para o amor só se for de abenegação, de sacrifício e não de luz, inspiração, alegria. Um homem preso a uma cruz que o limita, condiciona, sufoca-o e não o deixa suster e surpreender pela vida. Pelo contrário, é mais um sentir ao estilo do Marvin:"Wearily on I go, pain and misery my only companions. And vast intelligence, of course.And infinite sorrow.I despise you all.
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este comentário pode ser entendido de ambas as formas.Mas, o que me parece deveras importante é fazeres uma leitura atenta ao post escrito por ti na Terra. Eu sei que o tempo já vai longo, mas com facilidade irás constatar a tua incoerência e falta de discernimento para reconheceres a tua relação com o divino, com o amor fraternal e o teu entusiasmo, ou a falta dele perante a vida. Resta-me ainda dizer que a imagem do post,remete-nos para uma vivência de dor, fardo, inferno existencial, escuridão, para o amor só se for de abenegação, de sacrifício e não de luz, inspiração, alegria. Um homem preso a uma cruz que o limita, condiciona, sufoca-o e não o deixa suster e surpreender pela vida. Pelo contrário, é mais um sentir ao estilo do Marvin:"Wearily on I go, pain and misery my only companions. And vast intelligence, of course.And infinite sorrow.I despise you all.
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