quinta-feira, novembro 03, 2005

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Existe no Ministério da Justiça um instituto cuja função, entre outras, é a de «construir e manter bases de dados de informação na área da justiça, designadamente as de acesso geral; e prestar serviços a entidades públicas e privadas no domínio da informática». Chama-se Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça e trabalham no edifício-sede, na avenida Casal Ribeiro, nº 16, em Lisboa, mais de cem pessoas, a maior parte especialistas em informática.
Têm um bonito organograma, com 6 departamentos e 5 gabinetes técnicos. No entanto, havia uma lacuna: ninguém desta gente percebe muito de páginas web e não havia maneira de garantir a «manutenção dos conteúdos da página oficial do Ministério da Justiça» (sic). Sim, que isto de "manter" as páginas não é tão fácil como parece - e, ainda mais difícil se torna numa página tão complicada como a do Ministério da Justiça.).Free Image Hosting at www.ImageShack.us
Assim, foi o sr. Ministro da Justiço obrigado a contratar uma hiper-super-especialista em "manutenção" de páginas web, porque não havia maneira da página se manter quieta (estava cheia de bugs carpinteiros). Como o trabalho em causa exige um rigor absoluto e conhecimentos raríssimos de obter e aplicar, é natural que seja bem pago. Mais do que, digamos... um juiz. Como se sabe, os juízes ganham muito (2.355,87 € ilíquidos, para um juiz de um tribunal de 1ª instância, em início de carreira) para o que fazem e para o que representam. Mas, ainda assim, foi necessário pagar mais a este técnico hiper-super-especializado, pois o trabalho em causa é árduo, cheio de condicionalismos profissionais e de risco e está pejado de responsabilidades sociais.
CC

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