segunda-feira, fevereiro 13, 2006
A Hora dos Cobardes
Freitas do Amaral tem saltado de disparate em disparate com a facilidade dos tolos. Pior. Tem transmitido uma imagem de cobardia que me envergonha e revolta. Este fim-de-semana, em Évora, a afirmação de que tem sido o Ocidente o maior agressor leva-me a perguntar: quando?
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Se, amavelmente, me permitem mais este abuso de espaço no vosso blog:
Tal como julgo merecerem repúdio as palavras de Freitas do Amaral sobre os putativos limites da caricatura, de igual modo me são repugnantes as afirmações de Miguel Sousa Tavares na sua última crónica do Expresso.
Diz Miguel Sousa Tavares: «Hoje, ao contrário do que sucedia em 1492, não conhecemos, em todo o mundo árabe, o nome de um cientista, músico, arquitecto, cineasta [sim, havia muitos em 1492...], explorador, atleta [em 1492, era atletas aos pontapés...], enfim alguém que faça sonhar ou avançar a humanidade».
(Os comentários entre parêntesis rectos [] são meus.)
Isto é de uma alarvidade tremenda!!!
Para já, é mentira. Revela ou ignorância crassa ou má fé ou estupidez da mais destilada.
Os exemplos são muitos. Basta pensar que se hoje ainda temos cinema o devemos em muito a pessoas como Abas Kiarostami, que é iraniano e, tanto quanto julgo saber, muçulmano. Quanto a arquitectos, basta lembrarmo-nos de Zaha M. Hadid, agraciada com o Pritzker Architecture Prize de 2004. E por aí afora muitos mais exemplos, evidentemente, e nem vale a pena fazer lista.
Alegará que os iranianos não são árabes strictu sensu, mas persas? A boçalidade da afirmação resistiria. Miguel Sousa Tavares, sendo filho de quem é, devia perceber que, como diz um amigo meu, basta uma pessoa para fazer sonhar a humanidade. Basta uma mãe a pegar num filho, um sorriso...
O que Miguel Sousa Tavares diz é de um racismo que ofende toda a humanidade. Sinto-me insultado e não sou nem árabe nem muçulmano.
É que o problema não são os árabes, nem mesmo os muçulmanos, nem sequer a Al-Qaeda, pois não se trata de algo tipo tríades chinesas, Ndrangheta, ou tartarugas ninja. O problema é o islão. O problema é uma ideologia que condena a uma degradação ética, moral, espiritual inqualificável uma parte muito considerável da humanidade.
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Tal como julgo merecerem repúdio as palavras de Freitas do Amaral sobre os putativos limites da caricatura, de igual modo me são repugnantes as afirmações de Miguel Sousa Tavares na sua última crónica do Expresso.
Diz Miguel Sousa Tavares: «Hoje, ao contrário do que sucedia em 1492, não conhecemos, em todo o mundo árabe, o nome de um cientista, músico, arquitecto, cineasta [sim, havia muitos em 1492...], explorador, atleta [em 1492, era atletas aos pontapés...], enfim alguém que faça sonhar ou avançar a humanidade».
(Os comentários entre parêntesis rectos [] são meus.)
Isto é de uma alarvidade tremenda!!!
Para já, é mentira. Revela ou ignorância crassa ou má fé ou estupidez da mais destilada.
Os exemplos são muitos. Basta pensar que se hoje ainda temos cinema o devemos em muito a pessoas como Abas Kiarostami, que é iraniano e, tanto quanto julgo saber, muçulmano. Quanto a arquitectos, basta lembrarmo-nos de Zaha M. Hadid, agraciada com o Pritzker Architecture Prize de 2004. E por aí afora muitos mais exemplos, evidentemente, e nem vale a pena fazer lista.
Alegará que os iranianos não são árabes strictu sensu, mas persas? A boçalidade da afirmação resistiria. Miguel Sousa Tavares, sendo filho de quem é, devia perceber que, como diz um amigo meu, basta uma pessoa para fazer sonhar a humanidade. Basta uma mãe a pegar num filho, um sorriso...
O que Miguel Sousa Tavares diz é de um racismo que ofende toda a humanidade. Sinto-me insultado e não sou nem árabe nem muçulmano.
É que o problema não são os árabes, nem mesmo os muçulmanos, nem sequer a Al-Qaeda, pois não se trata de algo tipo tríades chinesas, Ndrangheta, ou tartarugas ninja. O problema é o islão. O problema é uma ideologia que condena a uma degradação ética, moral, espiritual inqualificável uma parte muito considerável da humanidade.
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