quinta-feira, fevereiro 09, 2006

À Liberdade - Que é sempre demasiado pouca

Um corajoso Anónimo comentou assim os Cartoons colocados abaixo: "A tua mãe é uma grandecissima puta, AR. Gostas desta Liberdade?".
Meu caro Anónimo, deixe-me dizer-lhe duas ou três coisas. Primeiro. Falta um acento agúdo no grandecíssima. Segundo. A minha mãe, por acaso, não é uma grandecíssima puta. Às vezes a vida podia tê-la levada a isso. Felizmente não levou. Eu não tenho preconceito contra as putas. Lamento, mas o insulto passou ao lado. Terceiro. Grande capacidade de argumentação a sua. Parabéns. Quarto. Gosto muito desta Liberdade, é verdade. A Liberdade que lhe permite insultar a minha mãe, a Liberdade que me permite colocar os Cartoons de Maomé. A Liberdade que permite aos muçulmanos que vivem em Liberdade apelarem ao fim da Liberdade dos outros. A Liberdade, enfim, de me ter dado educação para não descer ao seu nível e abertura de espírito para, em vez de apagar o seu insulto, o colocar aqui, para que todos vejam e tirem as conclusões que quiserem.
AR

Comments:
Caro AR: Talvez eu não me tivesse dado ao trabalho de responder ao comentário anónimo, malgrado admitir a utilidade didáctica, e até algum altruísmo, na correcção ortográfica que te dispuseste a fazer. Ter-me-ia antes por certo dado ao trabalho de transformar em post o comentário bem elucidativo e fundamentado do outro comentador que assina como Manuel Barros.
 
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