sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Momento intelectualmente desonesto ...

"Many nations of the world do not get to hear the truth about Islam but only what the enemies of Islam say. There should be no doubt that the teachings of Islam should be heard by all (...) . Undoubtedly, if the truths about Islam are taught correctly, most people will accept Islam. The Islamic ulema shoulder the heavy responsibility of presenting true Islam."
Iran's President Mahmoud Ahmadinejad

Sura 47, versículo 4: “Quando encontrardes os infiéis, cortai-lhes a cabeça, até fazerdes grande matança entre eles”.
Sura 9, versículo 29: “Fazei a guerra contra aqueles que tomaram conhecimento das escrituras e não acreditaram em Alá, ou no dia do juízo, e que não proíbem o que Alá e o seu apóstolo proibiram... até que paguem tributo”.
Corão (da transcrição apresentada neste blog por Manuel Barros)

AR

Comments:
Este Manuel Barros parece ser um autêntico abono de família para este blogue.
É a professia messiânica, tipo Cavaco Silva, d'A Quinta Coluna...
Qual é o passo seguinte AR?
Vais fazer umas t+shirts com caricaturas de Maomé e passear-te à porta da Mesquita de Lisboa?
Parece ser o que falta!
 
Errata:
Onde se lê professia, deve lêr-se profecia;
Onde se lê t+shirts deve lêr-se t-shirts.
 
Onde se lê errata, deve lêr-se é c*na...
 
Não, pá, ainda falta muito antes disso. O caminho é longo. mas talvez lá chegue!
AR
 
Avisa quando fores!
Vai ser fixe!
 
Pedro A., este ou aqueloutro, um A. abrangente, portanto, mas aquém do B., vê em mim Cavaco.

Isto antes, ou depois, de julgar que me escuta uma profecia messiânica. Faça o Pedro o que lhe aprouver, com ou sem A., mas, ó A. (Pedro), veja se se entende e decide em que é que fica.

É que não há profeta sem discurso, Palavra, Logos. Daí Messias como Verbo encarnado. Como teria percebido, se se tivesse dado ao trabalho procurar os rudimentos da noção. Nada que se pareça com um Cavaco, que é figura de outra coisa e figura de subtracção do pensamento articulado.

Chame-me o que quiser, mas com propriedade, faça esse favor. Não precisa de me poupar, puxe uma cadeira e ponha-se à vontade, mas poupe-me pelo menos à confusão. Esforce-se por ordenar um bocadinho.

Eu ajudo: se me quer chamar Cavaco, chame-me analfabeto funcional, arremedo de totem, proto-Bolívar da lezíria e do chaparral, semi Sidónio Pais, epígono de Samora Machel e herdeiro espiritual do seu anedotário, professor doutor pela Universidade de York. Etc. Mas não messias. Porque são noções, por natureza, contraditórias. Certo?

Quanto a islão, caricaturas e t-shirts:

De novo, a necessidade de procurar a exactidão possível no discernimento.

Parecem-me obviamente claras as virtudes do diálogo, do repúdio do racismo, da ideia de que não há culturas superiores, mas sim valores mais dignos de apreço que outros. E por aí afora. Enfim, que qualquer ser humano, seja qual for a sua crença, filiação ou origem, merece ser tratado como pessoa.

Mas há uma coisa capaz de comprometer toda a possibilidade de diálogo. A sua própria macacada feita de iguais doses de «compreensão» e de demissão do raciocínio e do escrúpulo ético. Também disto se compõem os ingredientes da morte da inteligência e da desconsideração pelo humano.

A questão passa por saber quanto uma repugnância por certos aspectos do islão de Maomé é vital para a saúde da inteligência e para a sobrevivência de certos mínimos éticos. Coisas das quais não convém em absoluto abdicar e muito menos transaccionar. Ressalvo que tenho muito respeito por certas coisas que despontaram dentro de ambiente islâmico, o sufismo, por exemplo.

Mas do islão do Maomé, dou alguns exemplos, a partir do corão, versão inglesa, com comentários dos Profs. Drs. Muhammad Taqî-ud-Dîn Al-Hilâlî e Muhammad Muhsin Khân, da Universidade Islâmica de Al-Madinah Al Munawwarah, que adquiri na Mesquita de Lisboa.

Lá se diz, na Sura 2 (dita Sura “A Vaca” – curiosa designação para uma «revelação divina»):
versículo 190: “And fight in the Way of Allah (....)” e no v. 191: “ And kill them wherever you find them, and turn them out from where they have turned you out. And Al-Fitnah (em nota: Al-Fitnah: polytheism, to disbelieve after one has believed in Allah (...) is worse than killing. (...) Such is the recompense of the disbelievers” v. 193: “And fight them until there is no more Fitnah (disbelieve and worshiping of others along with Allah) and every kind of worship is for Allah (Alone).”

Estas suras são acompanhadas das seguintes anotações: Narrated Ibn ‘Umar: Allâh’s Messenger said, "I have been ordered (by Allâh) to fight against the people till they testify that (none has the right to be worshipped but Allâh and that Muhammad is the Messenger of Allâh), and perform As-Salât (Iqâmat-as-Salât) and give Zakât, so if they perform all that, then they save their lives, and properties from me except for Islâmic laws, and their reckoning (accounts) will be with (done by) Allâh."

E: (V.2:190) Al-Jihâd (holy fighting) in Allâh’s Cause (with full force of numbers and weaponry) is given the utmost importance in Islâm and is one of its pillar (on which it stands). By Jihâd Islâm is established, Allâh’s Word is made superior, (His Word being Lâ ilaha illallâh which means none has the right to be worshipped but Allâh), and His Religion (Islâm) is propagated. By abandoning Jihâd (may Allâh protect us from that) Islâm is destroyed and the Muslims fall into an inferior position; their honour is lost, their lands are stolen, their rule and authority vanish. Jihâd is an obligatory duty in Islâm on every Muslim, and he who tries to escape from this duty, or does not in his innermost heart wish to fulfil this duty, dies with one of the qualities of a hypocrite.

Sobre o que é um hipócrita para o islão, ver sura 9, v. 67-68: “The hypocrites, men and women, are one from another; they enjoin (on the people) Al-Munkar (i.e. disbelief and polytheism of all kinds and all that Islâm has forbidden), and forbid (people) from Al-Ma‘rûf (i.e. Islâmic Monotheism and all that Islâm orders one to do), and they close their hands [from giving (spending in Allâh’s Cause) alms]. They have forgotten Allâh, so He has forgotten them. Verily, the hypocrites are the Fâsiqûn (rebellious, disobedient to Allâh). “Allâh has promised the hypocrites - men and women - and the disbelievers, the Fire of Hell; therein shall they abide. It will suffice them. Allâh has cursed them and for them is the lasting torment”.

Sobre o que fazer com os muçulmanos que deixam de acreditar no islão, ver sura 4, v. 89: “(...) But if they turn back (from Islâm), take (hold of) them and kill them wherever you find them, and take neither Auliyâ’ (protectors or friends) nor helpers from them.”

Sobre a oportunidade de saque e pilhagem que permite a Jihad, sura 4, v. 94: “(...) There are much more profits and booties with Allâh.”

Mas, atenção, há privilégios de saque, sura 8, v. 41: “And know that whatever of war-booty that you may gain, verily one-fifth (1/5th) of it is assigned to Allâh, and to the Messenger, and to the near relatives [of the Messenger] (...)”.

Maomé também goza de privilégios especiais no que toca às mulheres, sura 33, v. 50: “O Prophet (Muhammad)! Verily, We have made lawful to you your wives, to whom you have paid their Mahr (bridal-money given by the husband to his wife at the time of marriage), and those (slaves) whom your right hand possesses [número ilimitado de escravas sexuais]- whom Allâh has given to you, and the daughters of your ‘Amm (paternal uncles) and the daughters of your ‘Ammât (paternal aunts) and the daughters of your Khâl (maternal uncles) and the daughters of your Khâlât (maternal aunts) who migrated (from Makkah) with you, and a believing woman if she offers herself to the Prophet, and the Prophet wishes to marry her - a privilege for you only, not for the (rest of) the believers.”

A tradução que tenho diz assim The Nobel Qur’an. Deve ser por causa disto, sura 42, v. 39-41: ”And those who, when an oppressive wrong is done to them, take revenge.The recompense for an evil is an evil like thereof (...).And indeed whosoever takes revenge after he has suffered wrong, for such there is no way (of blame) against them.” Muito nobre.

Isto são apenas pequenos exemplos.

De facto, o presidente do Irão tem alguma razão quando diz ser necessário conhecer o islão. É, para sabermos com que estamos a lidar.

Sabem que mais? Viva a caricatura.

Quanto a t-shirts com cartoons, parece-me que tudo o que representa incitamento ao ódio é repugnante, mas apenas nessa medida. Satirizar é um direito e uma excelente virtude da inteligência. Não há necessidade ou obrigação de ocultar a sátira daqueles que não concordam com o que se critica.

Não creio que passe pela cabeça de alguém proibir que um portador duma t-shirt com o Brian dos Monty Python se aproxime, num raio de várias centenas de metros, de um local de culto católico. Desde que lá não entre... Gosta-se ou não se gosta, mas não se proibe.

A não ser que o Pedro faça distinção. Que para o Pedro A., mas são verdes...
 
Onde está Nobel, ler Noble
 
Obrigado Manuel Barros pela antenção.
Já vi que lhe falta modéstia para que se mantenha um diálogo aceitável sem que saque com a rapidez de um pistoleiro das citações do Corão, convenientemente isoladas.
O problema não está no Corão, está sim na interpretação que fazem dele.
De acordo com a Bíblia, tenho que matar o meu vizinho porque ele trabalhou ao domingo!
A diferença está na condicionantes sociopoliticas dos povos e nos interesses em exacerbar os valores que interessam às cliques dominantes.
O resto são balelas, meu amigo!
 
E pela primeira parte da sua resposta, revelou muita coisa sobre a sua personalidade...
 
Ó meu amigo! A autoria do «este» é toda sua. Nem lhe fico com ela, descanse. Na minha terra, um «este» pede um «aquele», não é?

Mas talvez desconheça que não há hermenêutica possível do Corão. Este é um dos pontos cruciais de distinção do islão em relação a outras revelações e um dos seus grandes problemas.

Uma das verdades fundamentais do islão é a de que o corão é um registo ipsis verbis e miraculoso de um discurso que Alá terá feito, por intermédio de Maomé e em arábico, à humanidade. Uma espécie de divina emissão radiofónica ventríloqua, registada em papiros volantes (vá-se lá saber porquê). Não é uma palavra inspirada, é uma palavra literal (Its wording is letter for letter fixed by no one but Allah – in Hadith Database), para ser tomada à letra no seu sentido imediato e que é considerada acessível a todas as inteligências. Porque Alá, supostamente, falará uma linguagem que é miraculosamente inteligível por todos. Aquilo que aparece no corão e que ninguém consegue perceber (gralhas do Alá, talvez?) é considerado milagre.

Dou-lhe um exemplo, logo a abrir, sura 2, versículo 1: “Alif-Lâm-Mîm. [These letters are one of the miracles of the Qur’ân and none but Allâh (Alone) knows their meanings.]”

E sura 2, versículo 2:”This is the Book (the Qur’ân), whereof there is no doubt (...)”

Quando o Alá fala, não deixa dúvidas, meu caro. O Corão é imune à interpretação.

Dito isto, segue-se que nenhum muçulmano pode ignorar o que quer que seja que conste do Corão e que deve interpretá-lo no seu sentido mais imediato e mais simples. Já viu o problema que isto representa, sobretudo em confronto com o conteúdo de certos preceitos? Dado o carácter contraditório de muitas suras, há, aliás, um risco considerável de dissociação da personalidade, uma quase esquizofrenia induzida.

Isto não são condicionantes sociopolíticas, essas sim com muito de balela, são condicionantes textuais derivadas de interditos ideológicos. Tabus, como no Alentejo, talvez.

Por mim, sou todo a favor da interpretação. Talvez seja o que falta ao islão e não me parece assim tão mal apontar-lho.

Obrigado, pela avaliação da personalidade. Talvez assim dispense a consulta da astróloga Maya, essa grande senhora, apesar das suas condicionantes sociopolíticas e de algumas relações com certas cliques.
 
Noutra coisa tem razão o presidente do Irão. Há largas fatias das nossas sociedades que são completamente islamizáveis. As claques do Benfica, Sporting ou Porto, p. ex. A claque do Feyenoord. Todo o PSD. Veja-se a taxa de conversões ao islão no Ocidente.
 
Só é pena o amigo camuflar o insulto com fina ironia erudita e jogos de palavras. Mas para mim é irrelevante. Não pense é que os outros não percebem!
Resumindo, segundo os seus estudos, pesquisas e interpretações o Islão é uma religião minada de príncípios nefastos, castradores da liberdade individual, persecutórios e sanguinários até (nas referências à morte aos infiéis, por ex.)?
Se assim é, como se justifica o seu comportamento durante a ocupação da península ibérica até finais do século XII, grosso modo, mantendo o respeito pelas chamadas "religiões do livro", Cristãos e Judeus?
 
Não pretendi insultá-lo. Se se sentiu insultado, peço desculpa. Este meu modo de falar exagerado e gongórico é um vício. Mas confesso alguma sensibilidade a comparações com Anímal Cavaco Silva.

Quanto ao islão, se não se importa, respondo-lhe noutra altura, com um bocadinho mais de tempo.
 
Confesso que compará-lo a Anímal Cavaco Silva, foi um exagero a roçar a deselegância. Há coisas que não se chamam a ninguém... Por isso peço desculpa.
Quanto à resposta, aguardo com todo o gosto.
 
tantos paninhos quentes.
onde já se viu o manuel barros pedir desculpas pelo insulto e o outro a admitir que exagerou.
Até parece que já não acreditam na liberdade de expressão.
 
Caro Aqui Q,

Sobre a importância das boas maneiras: “The manners of women are the surest criterion by which to determine whether a republican government is practicable in a nation or not” – John Adams.

Subentende-se que as dos homens também não são despiciendas.

Quanto ao islão:

Os impérios não se fazem apenas de grandes chacinas. Há uma medida de concórdia social necessária à fluidez dos comércios, à estabilidade dos negócios, à prosperidade das gentes. Esta é também uma lei da satrapia. Qualquer déspota semi iluminado, pelo além ou pelo aquém, a conhece, mais ou menos intuitivamente. No império de Gengis Khan, não se estava sempre a matar desgraçados. Maomé seria muitas coisas, mas não era parvo. De traficante de camelos a salteador de caravanas, de chefe de quadrilha a grande líder político-religioso, neste trânsito algo se aprende. Os mercadores são muito sensíveis ao valor do compromisso, que permite o toma lá/dá cá, e o islão (submissão total, mas com vista a um lucro bem definido) é uma ideologia mercantil e jurídica.

Tive oportunidade de conversar com vários clérigos muçulmanos e todos coincidiram, mais ou menos, nisto: “islam is not a religion! Islam is an ideology. A complete way of life. Islam is the good bargain! Yes, the good bargain!” Uma excelente pechincha. E, de facto, em troca de um conjunto de restrições que, à partida, parecem um tanto aborrecidas, mas que, na realidade, são simples, há uma promessa de ganhos extraordinários. Lucros exorbitantes aqui e, depois, multiplicados no Além. Esse Além que é descrito como uma bacanal desenfreada de comes e bebes (vinho, licores etc.) e sexo non stop (vide corão). E, ó milagre dos milagres, também há febras!

Disseram-me, pois, que o islão cobre legislativamente todos os aspectos da vida humana, sem excepção. Terá sido para isso que o Alá atirou com o corão cá para baixo. Para estabelecer regras sobre todos, absolutamente todos, os aspectos da vida humana, para todos, absolutamente todos, os exemplos de gente. Um Alá jurista. Um Elm Street para além de Elm Street. A derradeira hipertrofia legiferante. Por isso, o islão é indissociável da instauração de um Estado islâmico expansionista e totalitário. Não há verdadeiro islão, tal como Maomé o concebeu, sem isto.

Tenho um livrinho, com os ensinamentos de Khomeini, onde se indicam regras estritas sobre a direcção a adoptar naqueles momentos embaraçosos do dia a dia em que nos desfazemos do triste resultado das nossas digestões, e sobre o modo autorizado de limpar o rabo. Há, aliás, registo desses importantes mandamentos, proferidos pela boca do próprio Maomé, na sunna de Al Bukahri (Volume 1, Livro 8, Número 388).

Agora imaginem a quantidade de horríveis pecados que se praticam, diariamente e sem o mínimo remorso, aqui no Ocidente. Receio bem que, desde há muito tempo, nos tenhamos tornado merecedores de uma fatwa de aniquilação total. Felizmente, o Paquistão já tem a «bomba islâmica» e, se o Alá também quiser, não há de ser o único.

Ora, voltando um pouco atrás, os muçulmanos não chegaram à Península Ibérica por especial convite, ao contrário do que, curiosamente, afirmam as suas «historiografias». Entraram, como se costuma dizer, à bruta. Não houve grandes dúvidas no esmagamento liminar de tudo o que esboçasse oposição. Não foi propriamente a amena excursão silvestre de um grupo de bacanos.

Não duvido da existência de momentos de grande tranquilidade, já tudo bem instalado e havendo interesse em montar as tendas dos mesteres. Não duvido até que certas sociedades islamizadas desse tempo fornecessem, perante a barbárie generalizada, excelentes exemplos de bela tolerância. Não que nos Estados cristãos estivesse absoluta e totalmente ausente, assim como coisa radicalmente desconhecida. Existiam, por exemplo, mourarias e judiarias, o que significa que havia, pelo menos, um espaço de coabitação com outras religiões.

É que por cá também há uma historiografia oficial ideologicamente empenhada. Há uns anos atrás empenhada em demonstrar a superioridade do Ocidente, hoje desejosa de exibir o seu património de intolerância. Sem negar esse imenso e vergonhoso património, tal não significa que a intolerância fosse desconhecida noutras paragens.

Importa perceber em que consistia essa já famosa tolerância islâmica e como era posta em prática. Só uma enorme vontade de fechar os olhos impede a constatação do óbvio, que a expansão do islão se fez, desde o início e às ordens do Maomé, da forma mais violenta e intolerante: a guerra. A guerra no islão torna-se sagrada, Jihad. A ideia de guerra sagrada com fins expansionistas é uma ideia tipicamente islâmica e um dos seus pilares.

Desde o início, com as matanças de Maomé, e depois da sua morte, provavelmente assassinado, a própria comunidade islâmica se foi firmando, quer interna quer externamente, por meio de inenarráveis banhos de sangue. De clãs antagónicos inteiros, dos anciãos às criancinhas, internamente, de magotes de «cães infiéis», externamente. As feridas desta intolerância prolongam-se pelos séculos e chegam aos nossos dias, por exemplo, na oposição de sunitas a xiitas e na oposição dos muçulmanos àqueles a quem eles apelidam de «infiéis», outra expressão de forte cunho islâmico.

É verdade que os cristãos e judeus que deixavam de resistir militarmente à invasão islâmica eram assimilados com alguma tolerância, podendo continuar a prestar o seu culto em determinadas condições e a manter grande parte das suas tradições, mas tinham de prestar vassalagem ao conquistador, e pagar tributo numa situação de submissão bem patente para todos, de acordo com o que o próprio corão estipula.

Repare-se no paradoxo. Em princípio, o pretexto moral das investidas maometanas contra os infiéis era a expansão da fé islâmica, mas o compromisso de «tolerância» religiosa que se alcançava, contesta afinal o suposto fim «missionário» da conquista, relegando-a para um puro interesse no saque e na expansão territorial. Mas já aqui citei a surata 8, v. 41, sobre a abundância de saque prometido aos muçulmanos pelo Alá.

Repare-se também nisto, no que respeita às condições para a manutenção do culto não muçulmano. Pouco tempo depois da morte do Maomé, foi assinado, em 637, o curioso Pacto de Omar. Resumidamente: « ... os Cristãos não podem apresentar-se com cruzes nas igrejas ou na rua, não podem mostrar imagens religiosas em público ou cantar alto em procissões de funerais, ou bater num muçulmano, ou rapar a parte da frente da cabeça, ou usar fatos que os diferenciem, ou fazerem-se passar por muçulmanos, ou prevenir que um cristão se converta ao Islão, ou converter Islamitas ao Cristianismo, não podem dar guarida a espiões nas igrejas, não podem construir casas mais altas que a dos seus vizinhos muçulmanos e têm de se levantar respeitosamente se um Muçulmano entrar numa igreja Cristã».

A tolerância era esta. Isto são condições que ainda hoje vigoram em boa parte dos Estados muçulmanos ou de maioria muçulmana, mesmo nos assim ditos Estados moderados. Pelo que julgo saber, na Turquia, formalmente laica, não se permite a construção de igrejas com a porta virada para a rua, por ex. E as medidas repressivas de outras religiões que não o islão não são, por lá, pouco insignificantes, bem pelo contrário. No Império Otomano, chegou a entender-se que, para cumprimento do preceito corânico relativo ao sentimento de inferioridade que o infiel teria necessariamente de experimentar aquando do pagamento do tributo, o cobrador do imposto devia agarrar o cristão ou judeu pela barba, puxá-la e dar-lhe um bofetão, para que a humilhação fosse bem nítida e sentida.

Mas esta tolerância tributária, rentavelmente interessante, nunca impediu cíclicos massacres. Como no Ocidente, aliás.

Alguns exemplos ao acaso, tirados da História. Comecemos com a Turquia, um dos exemplos clássicos do islão dito moderado e argumento recorrente para a tese da compatibilidade entre islão e Estado laico. Quando Constantinopla caiu, a catedral de Santa Sofia foi imediatamente transformada em mesquita. Nos dias que se seguiram à queda da cidade, assistiu-se a um rol indescritível de atrocidades e deboche. Quando os turcos invadiram Chipre, em 1570, massacraram 20,000 habitantes de Nicosia. O resto fugiu para Famagousta. Em 1571, massacraram a população de Famagousta. Os cristãos que sobreviveram foram reduzidos à escravatura. Aos cristãos foi absolutamente vedado o acesso à rampa político social, como em tantas sociedades muçulmanas ainda hoje. A sociedade cipriota tornou-se uma teocracia virtual. Há relatos dantescos de massacres da população masculina cristã e judia adolescente da ilha sujeita a circuncisões forçadas.

O genocídio da população cristã arménia da Turquia é uma das páginas negras da História mundial.

http://www.armenian-genocide.org

It is estimated that one and a half million Armenians perished between 1915 and 1923. There were an estimated two million Armenians living in the Ottoman Empire on the eve of W.W.I. Well over a million were deported in 1915. Hundreds of thousands were butchered outright. Many others died of starvation, exhaustion, and epidemics which ravaged the concentration camps. Among the Armenians living along the periphery of the Ottoman Empire many at first escaped the fate of their countrymen in the central provinces of Turkey. Tens of thousands in the east fled to the Russian border to lead a precarious existence as refugees. The majority of the Armenians in Constantinople, the capital city, were spared deportation. In 1918, however, the Young Turk regime took the war into the Caucasus, where approximately 1,800,000 Armenians lived under Russian dominion. Ottoman forces advancing through East Armenia and Azerbaijan here too engaged in systematic massacres. The expulsions and massacres carried by the Nationalist Turks between 1920 and 1922 added tens of thousands of more victims. By 1923 the entire landmass of Asia Minor and historic West Armenia had been expunged of its Armenian population. The destruction of the Armenian communities in this part of the world was total

http://www.unitedhumanrights.org/victims.php#constantinople
In the beginning of the 20th century there were 300,000 Greeks residing in Constantinople.
They had managed to survive there despite centuries of oppression and persecution under the Ottoman yoke. But the Turks were determined to expel all Greeks from their ancient home using all available means. Thus, the Turks systematically used the following measures in order to accomplish their objective:
a) In May 1941, large numbers of young men ranging in age from 18-38. Were conscripted into the Turkish army from the Greek and Armenian communities The Turkish intention was to exterminate these young men through the well-known method of «forced-labor battalions». If this extermination plan was not successful it was due to protests from the Western allies and the defeat of the Germans in Stalingrad in December 1942. Seeing the tides of war shifting, the Turkish authorities permitted the discharge of these soldiers.
b) On 11 November 1942, the Turkish government passed a law regarding taxation of property of non-Muslims, known as the VA RLIK VE RGISI. Through this! Non-Muslim citizens had to submit, without the right to appeal, to the discretion and arbitrary judgment of the tax clerks. The tax clerks, in turn, were instructed to appraise property at amounts many times over the actual value of each property. Then, if the individual concerned was unable to make payments of the enormous tax share (quota), the property was seized and the unfortunate owners were exiled to ACKALE, in Anatolia.
As a result (of the use) of these harsh and inhuman measures, by 1955 only 25,000 people were left, rather than the 450,000 that should have been their number given a normal rate of growth in 35 years.
On the night of the 6th September 1955, and using the Cyprus situation as a pretext, the Turks dealt the coupdegrace to the remaining inhabitants. The whole story of this pogrom is as follows:
On Saturday the 3rd of September 1955, the wife of the Turkish Consul in Thessaloniki asked for, and received, from a photographer in Thessaloniki supposedly for a keepsake a series of photographs and films of the Turkish Consulate and the neighboring home where Kemal Ataturk was born. The very next day she and her family left for Turkey.
At ten past midnight on the 6th of September 1955, in the garden of the Consulate, between the two buildings, dynamite exploded resulting in broken windows in both buildings. The Greek authorities rushed immediately to the scene. They established that two more explosive devices had been positioned in the Consulate yard and that within the building there was only one Turkish guard. In the investigation that followed it was determined that the explosives were placed there by the guard and his accomplice, a Turkish student at the Law School of the University of Thessaloniki, Oktai Egin Faik, who had brought the dynamite from Turkey a few days earlier.
On the 6th of September, Turkish newspapers using forged versions of the photos of the Turkish consul's wife and even before the explosion took place in Greece, depicted Kemal's birthplace as totally destroyed. By the evening, newspapers all over Turkey knew of the alleged destruction of Kemal's home setting off waves of anger among the Turkish populace.
The Turkish authorities then transported large groups of people in trains and military vehicles from Anatolia to Constantinople.
The attack by the angry mobs began at 5: 50 P.M on the 6th of September 1955 and ended at 02: 00 A.M on the 7th of September 1955. The police calmly assisted and even guided the mobs, in their relentless path of destruction.
At 00: 20 A.M on the 7th of September 1955 martial law was finally declared, at 02: 00 A.M curfew began and at 02: 30 A.M the authorities had restored a semblance of order.
Screaming slogans «Today your property, tomorrow your lives» the mobs had perpetrated terrible crimes. Those who guided them knew that by terrorizing the last Greek residents of Constantinople they would compel them to desert their homeland, once and for all. Simultaneously by destroying monuments, which were proof of the glorious Greek past of Constantinople, they would eradicate even future reminders of the Greek presence.
The results of the vandalisms were:
The Theological School of Halki, the Marasleios School, The Monestary of Valoukli, the Zappeio School for Girls and many other sites, suffered great damage.
Of the 83 Greek Orthodox churches in the «Polis» 59 were burned and most others suffered serious damage to the icons and ancient paintings of great value.
The tombs of Patriarchs were destroyed, Christian cemeteries and ossuaries were defiled;
3,000 homes were looted and destroyed;
4348 Greek stores were looted and destroyed;
200 Greek women were raped;
Hundreds of Greeks were ill-treated or tortured, such as the old Bishop of Derkon Iakovos; the metropolitan of Ilioupolis Yennadios, whose beard was cut off and who was then dragged through the streets so that he would die shortly thereafter from ill-treatment; and Bishop Pamphilou Yennadios that was thrown into the burned ruins of Valoukli;
15 Greeks were murdered and among them a 90 year old monk at the Valoukli Monastery, Chrys. Mantas, who was burned alive. Many others in the monastery were seriously wounded.
After the pogrom a great portion of the Greek population left Constantinople to save their lives.
On the 20th of September, 1975, in a special 35 page Survey section of the influential English magazine, The Economist, it was written: «Turkish charges that the Moslem population in Western Thrace is harried by the Greek authorities are gross exaggerations. In 1923 there were 300,000 Greeks living in Constantinople and 110,000 Turks living in Thrace. Today, there are 15,000 Greeks living in Istanbul and 120,000 Turks in Thrace. The Greeks ask, with some justification, which country has been putting the pressure on which minority». (Survey-15).
It is important for us to realize that today, 1982; only 4,000 Greeks still remain in Constantinople.
In the pages to follow you will find irrefutable photographic evidence of a typical sample of Turkish cruelty, which managed to destroy the Hellenic population of Constantinople.
Ainda hoje na Turquia, como em muitas outras sociedades muçulmanas, as minorias cristãs são constantemente ameaçadas com acusações de blasfémia ou similares, que os respectivos tribunais julgam.

August 17, 2001 - The Turkish Interior Ministry ordered that places of worship used by up to 40 Christian groups should be investigated to see if they are legal. The churches in Istanbul, Ankara, Diyarbakir, Bursa and Mersin are accused of violating municipal building laws. Meanwhile, the Turkish Religious Affairs Directorate has admitted that 81% of mosques currently under construction had not received a license. (Compass)

As populações cristãs da Ásia Menor foram sendo, ao longo dos séculos, completamente dizimadas. Basta também atentar no que passou no restante mundo muçulmano com todas as comunidades religiosas não muçulmanas.

Assim que o islão triunfou militarmente na Península Arábica, todos as comunidades não muçulmanas foram ou massacradas ou daí expulsas. E falamos de comunidades pujantes.

No Egipto, outro dos Estados muçulmanos ditos moderados, a Constituição dá preferência aos muçulmanos. Todos os outros recebem tratamento de cidadãos de segunda classe, objecto de discriminação no acesso ao emprego. Permanece em vigor uma lei, datada do Império Otomano, que proíbe a construção de igrejas ou templos não muçulmanos. Os cristãos e as outras religiões são alvo frequente de ataques de muçulmanos extremistas. A maioria escapa impune. As raparigas cristãs são frequentemente violadas e forçadas a casar com muçulmanos. Há casos frequentes de raptos para o mesmo fim.

Na Argélia, outro farol do islão avançado e desmedievalizado, calcula-se que nos últimos anos tenham sido assassinados milhares de cristãos.

Na África subsariana, onde a Jihad é travada a sério e a salvo de cobertura mediática ocidental, demasiado tíbia para afrontar interesses mais elevados, são frequentes as violações, crucificações e amputações de não muçulmanos, tudo no escrupuloso cumprimento dos preceitos islâmicos, p ex. surata 5, versículo 33,: “a recompensa daqueles que combatem Alá e o seu Mensageiro, e espalham a desordem sobre a terra, é apenas a de que devem ser mortos, ou crucificados, ou terem as suas mãos e pés amputados em lados opostos...”.

Para o exterior a violência do islão é implacável, mas para o interior a violência não é menor. Basta lembrar o preceito corânico que obriga todo e qualquer muçulmano a assassinar todo aquele que abandone o islão (surata 4, v. 89). O muçulmano que abandone o islão vive sob constante ameaça de assassinato até dos seus familiares.

A Inquisição no islão não é uma página da história das suas instituições, é algo que pertence à sua natureza própria, é- lhe intrínseco.

Como disse VS Naipul: «islam gradually kills a society, destroying tolerance and pluralism and uprooting people from their history. Islam everywhere it is installed means great social damage, conformity enforced and dissidence suppressed, women's social progress reversed, poverty increased, honored customs abandoned, families disrupted, other religions oppressed, and paranoia rampant. Islam is not simply a matter of conscience or private belief. It makes imperial demands.... The disturbance for societies is immense, and even for a thousand years can remain unsolved.»

E o historiador Ibn Warraq: «Beginning with Muhammed, violence, intolerance and human rights abuses have been part and parcel of Islam to this very day. This cannot be ascribed to isolated Fundamentalists, but is built into the very core of the religion. Islam is Fundamentalism - it cannot be otherwise».

Enfim, o facto de ter existido o campo de concentração de Teresienstadt, o campo de concentração modelo dos nazis, não anula a natureza criminosa do regime que o sustentou, nem o holocausto do povo judeu.

Chamar ao islão uma «religião do livro» também me parece algo exagerado. É adoptar uma designação que o islão atribuiu a si próprio e que permite, por um lado, legitimar-se face a tradições mais antigas e, por outro, apresentar-se como o último grito em matéria de divinos decretos. Mas há grandes diferenças. É de lembrar que o corão não é palavra inspirada, é registo literal de uma alocução do deus. É uma espécie de comprimido segregado pelo Alá. Um repositório comprimido de receitas e ditames, universais e inamovíveis, que o dito cujo fez o favor de expelir para proveito da humana criatura, via Mafoma, por especial obséquio. Claro que isto permite pôr, de início, tudo num plano semelhante, para, logo a seguir, concluir pela superioridade do Al Qur’an, no estilo: «o teu livro tem defeito, o meu é o último, melhor e mais acabado, toma lá com o meu na cabeça e trata de o fixares com reverência, senão corto-te a cabeça, os pés e as mãos, não necessariamente por esta ordem».

Joseph Smith também tinha um livro, e em placas de ouro, mas, que eu saiba, ninguém se lembra de chamar à sua Igreja Mormón dos Santos dos Últimos Dias, de Salt Lake City, uma «religião do livro». Porquê? Porque são num número significativamente menor? Um número que não intimida?

Depois há a questão da legitimidade de se chamar «livro» ao corão. A coisa é estupefacientemente destituída de estrutura, primária na amálgama de materiais díspares, frequentemente abstrusa e contraditória, obscura tanto na linguagem como no conteúdo, e relapsa em repetições de passagens inteiras em versões aproximadas. Do ponto de vista literário, o corão é uma calamidade, produto de edições tardias e imperfeitas baseadas numa pluralidade de fontes. Poder-se-á chamar livro? Claro que sim. Se se puder chamar livro a qualquer resma atabalhoada de papéis.

Não se compreende bem a afirmação de que Alá é o mesmo Deus de Abraão. Para isso, também Manitu, Baal ou Ga Gorib. Os deuses das diversas religiões têm algumas características muito idênticas, outras bem diferentes. Alá é o deus lunar da tribo de Maomé. Ainda hoje as mesquitas ostentam a lua no topo dos minaretes. O tio de Maomé chamava-se Abdullah – servo de Alá. Este deus era adorado, ao lado de muitos outros na Kahaba, em Meca, e juntamente com as suas filhas Al-Lat, Al-Uzza, and Manat, de que ainda há referência no corão. Ver surata 53, v. 19-20 «Have you then considered Al-Lât, and Al-‘Uzzâ and Manât the other third?», que se relacionam com a surata 22, v 52 «Never did We send a Messenger or a Prophet before you but when he did recite the revelation or narrated or spoke, Shaitân (Satan) threw (some falsehood) in it. But Allâh abolishes that which Shaitân (Satan) throws in. Then Allâh establishes His Revelations. And Allâh is All-Knower, All-Wise». Isto é um evidente vestígio dos chamados versículos satânicos, que os muçulmanos tanto se esforçam por ocultar. É que estes versículos satânicos revelam muito da natureza pouco iluminada do corão, daí o desejo de aniquilamento de Salman Rushdie, uma história que não cabe aqui. Maomé limitou-se a transformar o deus da sua tribo no único deus, mas as suas características permanecem.

Acredito na absoluta necessidade de se dialogar com o mundo muçulmano, de procurar pontes e um património ético comum, mas, precisamente, essa procura não nos pode fazer esquecer um horizonte de referências éticas incontornáveis, a aperfeiçoar por todos os interlocutores em igual medida. Esse diálogo não pode consistir num pacto com uma ideologia que cauciona «guerras santas», violações de infiéis, aniquilações de recalcitrantes, pedofilia (ver surata 65:4 que estipula que um muçulmano deve esperar três meses antes de se divorciar, não só no caso de uma esposa adulta a quem faltou a menstruação, como no caso de uma esposa que ainda não é menstruada..», o que significa que, de acordo com o corão, é possível o casamento com meninas que ainda não atingiram a puberdade), contratos de prostituição através de casamentos temporários, amputações de delinquentes, humilhações de seres humanos em razão do sexo, uma noção de relacionamento com Deus essencialmente contabilística e não ética, fonte de uma degradação humana inqualificável etc etc etc.

Não creio que num diálogo com os seguidores, provavelmente excelentes pessoas, de Jim Jones ou David Koresh se pensasse em omitir o problema das questões éticas. Porque se fará tal coisa com os muçulmanos? Porque são num número impressionante?

Este pacto de silêncio com o inaceitável pode muito bem transformar-se na porta aberta para a instauração de um nazismo de cu para o ar.
 
Caro Manuel Barros,
Muito obrigado pelo seu tempo dedicado à construção da resposta à minha questão.
Parece-me lógica a afirmação de que a "tolerência" do Islão peninsular medieval às "Religiões do Livro" se prenda apenas aos grilhões mercantilistas.
Será que posso reduzir esta questão à simples expressão: "Só não [nos]fazem [a folha] se não puderem"?
 
Caro Pedro A.,

A propósito da hagigrafia da presença islâmica na Península Ibérica, talvez seja útil traçar um pouco do seu contexto histórico. Exte textinho pode ser um subsídio:

«Iberia (Spain) was conquered in 710-716 AD by Arab tribes originating from northern, central and southern Arabia. Massive Berber and Arab immigration, and the colonization of the Iberian peninsula, followed the conquest. Most churches were converted into mosques. Although the conquest had been planned and conducted jointly with a strong faction of royal Iberian Christian dissidents, including a bishop, it proceeded as a classical jihad with massive pillages, enslavement, deportations and killings.
Toledo, which had first submitted to the Arabs in 711 or 712, revolted in 713. The town was punished by pillage and all the notables had their throats cut. In 730, the Cerdagne (in Septimania, near Barcelona) was ravaged and a bishop burned alive. In the regions under stable Islamic control, Jews and Christians were tolerated as dhimmis - like elsewhere in other Islamic lands - and could not build new churches or synagogues nor restore the old ones. Segregated in special quarters, they had to wear discriminatory clothing. Subjected to heavy taxes, the Christian peasantry formed a servile class attached to the Arab domains; many abandoned their land and fled to the towns. Harsh reprisals with mutilations and crucifixions* would sanction the Mozarab (Christian dhimmis) calls for help from the Christian kings. Moreover, if one dhimmi harmed a Muslim, the whole community would lose its status of protection, leaving it open to pillage, enslavement and arbitrary killing.

By the end of the eighth century, the rulers of North Africa and of Andalusia had introduced Malikism, one of the most rigorous schools of Islamic jurisprudence, and subsequently repressed the other Muslim schools of law. Three quarters of a century ago, at a time when political correctness was not dominating historical publication and discourse, Evariste Lévi-Provençal, the pre-eminent scholar of Andalusia, wrote: "The Muslim Andalusian state thus appears from its earliest origins as the defender and champion of a jealous orthodoxy, more and more ossified in a blind respect for a rigid doctrine, suspecting and condemning in advance the least effort of rational speculation."

The humiliating status imposed on the dhimmis and the confiscation of their land provoked many revolts, punished by massacres, as in Toledo (761, 784-86, 797). After another Toledan revolt in 806, seven hundred inhabitants were executed. Insurrections erupted in Saragossa from 781 to 881, Cordova (805), Merida (805-813, 828 and the following year, and later in 868), and yet again in Toledo (811-819); the insurgents were crucified, as prescribed in Qur’an 5:33*.

The revolt in Cordova of 818 was crushed by three days of massacres and pillage, with 300 notables crucified and 20 000 families expelled. Feuding was endemic in the Andalusian cities between the different sectors of the population: Arab and Berber colonizers, Iberian Muslim converts (Muwalladun) and Christian dhimmis (Mozarabs). There were rarely periods of peace in the Amirate of Cordova (756-912), nor later.

Al-Andalus represented the land of jihad par excellence. Every year, sometimes twice a year, raiding expeditions were sent to ravage the Christian Spanish kingdoms to the north, the Basque regions, or France and the Rhone valley, bringing back booty and slaves. Andalusian corsairs attacked and invaded along the Sicilian and Italian coasts, even as far as the Aegean Islands, looting and burning as they went. Thousands of people were deported to slavery in Andalusia, where the caliph kept a militia of tens of thousand of Christian slaves brought from all parts of Christian Europe (the Saqaliba), and a harem filled with captured Christian women. Society was sharply divided along ethnic and religious lines, with the Arab tribes at the top of the hierarchy, followed by the Berbers who were never recognized as equals, despite their Islamization; lower in the scale came the mullawadun converts and, at the very bottom, the dhimmi Christians and Jews.

The Andalusian Maliki jurist Ibn Abdun (d. 1134) offered these telling legal opinions regarding Jews and Christians in Seville around 1100 C.E.: "No…Jew or Christian may be allowed to wear the dress of an aristocrat, nor of a jurist, nor of a wealthy individual; on the contrary they must be detested and avoided. It is forbidden to [greet] them with the [expression], ‘Peace be upon you’. In effect, ‘Satan has gained possession of them, and caused them to forget God’s warning. They are the confederates of Satan’s party; Satan’s confederates will surely be the losers!’ (Qur’an 58:19 [modern Dawood translation]). A distinctive sign must be imposed upon them in order that they may be recognized and this will be for them a form of disgrace."

Ibn Abdun also forbade the selling of scientific books to dhimmis, under the pretext that they translated them and attributed them to their co-religionists and bishops. In fact, plagiarism is difficult to prove since whole Jewish and Christian libraries were looted and destroyed. Another prominent Andalusian jurist, Ibn Hazm of Cordoba (d. 1064), wrote that Allah has established the infidels’ ownership of their property merely to provide booty for Muslims.

In Granada, the Jewish viziers Samuel Ibn Naghrela and his son Joseph, who protected the Jewish community, were both assassinated between 1056 to 1066, followed by the annihilation of the Jewish population by the local Muslims. It is estimated that up to five thousand Jews perished in the pogrom by Muslims that accompanied the 1066 assassination. This figure equals or exceeds the number of Jews reportedly killed by the Crusaders during their pillage of the Rhineland, some thirty years later, at the outset of the First Crusade.

The Granada pogrom was likely to have been incited, in part, by the bitter anti-Jewish ode of Abu Ishaq, a well known Muslim jurist and poet of the times, who wrote: "Put them back where they belong and reduce them to the lowest of the low..turn your eyes to other [Muslim] countries and you will find the Jews there are outcast dogs...Do not consider it a breach of faith to kill them...They have violated our covenant with them so how can you be held guilty against the violators?"

The Muslim Berber Almohads in Spain and North Africa (1130-1232) wreaked enormous destruction on both the Jewish and Christian populations. This devastation- massacre, captivity, and forced conversion- was described by the Jewish chronicler Abraham Ibn Daud, and the poet Abraham Ibn Ezra. Suspicious of the sincerity of the Jewish converts to Islam, Muslim “inquisitors” (i.e., antedating their Christian Spanish counterparts by three centuries) removed the children from such families, placing them in the care of Muslim educators. Maimonides, the renowned philosopher and physician, experienced the Almohad persecutions, and had to flee Cordoba with his entire family in 1148, temporarily residing in Fez - disguised as a Muslim - before finding asylum in Fatimid Egypt.

Indeed, although Maimonides is frequently referred to as a paragon of Jewish achievement facilitated by the enlightened rule of Andalusia, his own words debunk this utopian view of the Islamic treatment of Jews: "..the Arabs have persecuted us severely, and passed baneful and discriminatory legislation against us...Never did a nation molest, degrade, debase, and hate us as much as they.."

A valid summary assessment of interfaith relationships in Muslim Spain, and the contemporary currents responsible for obfuscating that history, can be found in Richard Fletcher's engaging Moorish Spain. Mr. Fletcher offers these sobering, unassailable observations:

"The witness of those who lived through the horrors of the Berber conquest, of the Andalusian fitnah in the early eleventh century, of the Almoravid invasion- to mention only a few disruptive episodes- must give it [i.e., the roseate view of Muslim Spain] the lie. The simple and verifiable historical truth is that Moorish Spain was more often a land of turmoil than it was of tranquility...Tolerance? Ask the Jews of Granada who were massacred in 1066, or the Christians who were deported by the Almoravids to Morocco in 1126 (like the Moriscos five centuries later)…In the second half of the twentieth century a new agent of obfuscation makes its appearance: the guilt of the liberal conscience, which sees the evils of colonialism- assumed rather than demonstrated-foreshadowed in the Christian conquest of al-Andalus and the persecution of the Moriscos (but not, oddly, in the Moorish conquest and colonization). Stir the mix well together and issue it free to credulous academics and media persons throughout the western world. Then pour it generously over the truth…in the cultural conditions that prevail in the west today the past has to be marketed, and to be successfully marketed it has to be attractively packaged. Medieval Spain in a state of nature lacks wide appeal. Self-indulgent fantasies of glamour...do wonders for sharpening up its image. But Moorish Spain was not a tolerant and enlightened society even in its most cultivated epoch."

The socio-political history of Andalusia was characterized by a particularly oppressive dhimmitude that is completely incompatible with modern notions of equality between individuals, regardless of religious faith.

Andrew G. Bostom»


Claro que nem todos os muçulmanos são assassinos potenciais. Calculo que haja tantas «excelentes pessoas» por lá como por cá. O mesmo para «gente pouco recomendável». O ratio será sensivelmente o mesmo, decerto.

A questão passa por saber se, mais do que assassina, o islão é que é uma doutrina humanamente degradante. O islão na sua pureza e tal como Maomé o praticou coloca problemas éticos gravíssimos, porque o islão não é propriamente ético, é jurídico. Jurídico-comercial, talvez. Como as suas questões centrais não são éticas mas estritamente legais, é susceptível de provocar tremendo aviltamento do humano.

Chamar «tolerância» à possibilidade que o islão confere a cristãos e judeus de não serem aniquilados, como os restantes, desde que paguem tributo em situação de submissão, é prestar vassalagem às suas falácias.

Maomé, como mercador e déspota astuto, percebeu simplesmente algo de muito elementar: é muito mais vantajoso e barato não matar, mas exercer forte pressão oficial, estadual e institucional, para a conversão do outro. A pressão oficial nos países muçulmanos para que todos se convertam ao islão é tremenda. Alguns vão resistindo, até hoje, mas é como nos casinos - a mesma lei - a taxa dos que cedem é maior. Quem não cede é exterminado. Os arménios, por exemplo, sabem-no muito bem.

«Não podemos recrutar mortos para servirem o Islão», argumentava um chefe guerreiro mouro, reconhecendo que precisava da população, dos artesãos, e da experiência dos administradores das terras conquistadas, para poderem usufruir dos benefícios de as manterem produtivas.»

A mesma falácia na designação «religiões do livro», alcunha de extracção islâmica. É islâmico o conceito de que o Alá expele, de tempos a tempos, supositórios escritos, com mensagens variegadas, para proveito do género humano, sendo o corão o último e definitivo.
 
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