terça-feira, maio 16, 2006

Divagações XL

Na semana passada, Manuel Maria Carrilho lançou a sua grande obra literária da temporada. Neste país, condenado irremediavelmente ao fracasso, o Grande Iluminado veio fazer queixinhas. Entrou-se, definitivamente, no surrealismo.
Ao que li por aí, MMC chama 'os bois pelos nomes'. Ou seja, aponta a dedo os que conspiraram contra ele. Os jornalistas que o criticaram, a agência de imagem que lhe pretendia comprar apoios, os outros e os mais que, imagino, lhe tenham passado pela cabeça. Imagino, porque ainda não li o livro - mas garanto que este pretendo ler - posso apenas imaginar que acuse pessoalmente todos os lisboetas que não votaram nele. Mais as gentes que na rua o tenham, eventualmente, insultado ou não lhe tenho dado a atenção por ele julgada como merecida.
O hilariante da questão ficaria por aqui não tivesse Emídio rangel, conhecido indigente mental - basta escutar as suas crónicas semanais, de manhã, na TSF, para perceber o desolador vazio de ideias que por ali vai e o quase analfabetismo funcional na explanação do vácuo - vindo vociferar contra a comunicação social que se prestou a vender o outro candidato como se este fosse um produto mercantilizável. Alas, desta vez não fiquei pasmo, porque defintivamente já espero tudo da canalha que por aí anda, mas não deixa de ser divertido ouvir Rangel vociferar contra a venda da imagem quando, ele próprio, há anos - quando liderava a SIC, anunciava alarvemente que conseguiria 'vender' um Presidente como quem vendia um sabonete.

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