quinta-feira, setembro 21, 2006
Ai somos tantos?
O nosso país tem mais de 700.000 funcionários públicos. Dito de outra forma, tenho mais de 700.000 colegas. É bonito. Somos, posso afirmá-lo sem receio, uma grande família. Que, parece, tem crescido nos últimos anos também com a ajuda dos governantes que se sucedem no Poder.
Não tardou em aparecer logo a caterva do costume a atacar o funcionalismo. Porque somos demais, porque somos um grande peso na economia, porque não somos competentes.
Eu, no entanto, tenho uma perspectiva diferente sobre este assunto.
Se somos 700.000 é porque somos precisos. E se estamos a aumentar é porque quem trabalha no Privado, podendo, vem para a Administração Pública. Se assim não fosse, então as pessoas tentariam saír da Administração e ir trabalhar no Privado. Acompanhem o meu raciocínio.
Se no Privado é que é bom e na Administração é que é mau, então as pessoas prefeririam trabalhar no Privado. Se no Privado as pessoas fossem competentes e na Administração incompetentes, não consigo vislumbrar um único motivo para alguém querer deixar de ser competente para se transformar num incompetente. Se no Privado são todos trabalhadores e, na Administração, preguiçosos, não consigo compreender como é que alguém gostaria de deixar de ser um trabalhador aplicado para se transformar num sacana dum calão.
Ora, eu tenho uma teoria diferente.
Eu acho que existem mais de 700.000 funcionários públicos, porque a cambada que trabalha no Privado não passa de um chorrilho de incompetentes e mandriões, que vivem a fugir ao fisco e ao dever de pagar atempada e correctamente os seus impostos, que são incapazes de transformar as suas empresas em empresas fortes e dinâmicas e que não têm a capacidade de se dedicar em absoluto ao seu trabalho, aos projectos empresariais em que se encontram integrados. E que, por isso, gostariam de arranjar um emprego onde não pudessem ser despedidos para poderem continuar a viver da sua incompetência, da sua má formação e da sua preguiça. Só que não conseguem ser suficientemente bons e capazes de passar nos concursos públicos de acesso à Função Pública e que, por isso, passam o tempo a destilar veneno contra os Funcionários Públicos.
Falam mal do Estado mas não dizem que as suas empresas andam sempre de mão estendida a pedinchar contratos e subsídios. É certo que existe corrupção na Administração. Mas se pensarem bem, repararão que são os Privados, sempre, que a tentam (e normalmente conseguem) corromper. Alguma vez se ouviu uma notícia do tipo: "Direcção-Geral de Impostos constituída como réu em processo de corrupção com a Direcção-Geral de Trabalho"? Ou será sempre uma empresa privada que tenta conseguir vantagens, de forma ilícita, junto da Administração?
Bem faria, quem trabalha no Privado, se se esforçasse para que as suas empresas crescessem e fossem capazes de criar riqueza e emprego. Mas não. Em vez disso, limita-se a destilar ódio contra a Administração.
Cada vez me convenço mais que são esses 700.000 que andam a sustentar os outros 9 milhões.
AR
Comments:
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Só nos faltava a nós, Dignissímos Funcionários Públicos, apanhar com esta cambada de FILHOS da PUTA todos membros da OPUS DEI, cujo objectivo é o domínio do próprio Estado. Parecem vermes a estenderem a mão à caridade pedindo redução dos impostos das suas empresas.
Estes cabrões, que se vão enchendo de dinheiro à custa da corrupção que vão conseguindo comprar, falaram em nome do desenvolvimento económico das empresas nacionais apelando à redução do IRS, e em nome de um "Estado sustentável" para justificar a redução de 200 mil funcionários públicos - PUTA QUE OS PARIU".
Até o Carrapatoso deu o ar da sua graça e da sua "inteligência", ou falta dela, afirmando que este número avançado para despedimentos na Função Pública foi conseguido através da comparação feita com outros países. A minha pergunta é: quais são esses países? Qual é o ordenado mínimo nesses países? Qual o sistema de saúde público nesses países? E qual é que é o sistema de Segurança Social praticado por esses países?
Só tenho a dizer ao Sr. Carrapatoso, e a todos os outros, que se ele não está bem aqui em Portugal que vá chular os Países de Terceiro Mundo os quais, certamente, não entram na sua comparação.
Também a um dos Promotores Paulo teixeira Pinto que acha que "existem todas as condições políticas e institucionais" para que o projecto se concretize, tenho a salientar que a sua família encontra-se presente na corrida ao "mais poderoso de Portugal", mas que ainda faltam umas boas milhas para a meta... e que se deve preocupar com o facto de eventualmente, nem chegar à meta, digamos que a sua esposa não é bem recebida pela maior parte dos membros da bancada a que pertence, e que a distrital não foi ganha com tanta diferença assim...
Para finalizar; meus pobres empresários portugueses, comecem mas é a pensar levantar este país, aumentando lucros, riqueza e postos de trabalho. Preocupem-se sim com o sector que representam, o Privado, e deixem o sector Público a quem compete. Os dinheiros públicos que foram injectados no sector privado, não chegaram?
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Estes cabrões, que se vão enchendo de dinheiro à custa da corrupção que vão conseguindo comprar, falaram em nome do desenvolvimento económico das empresas nacionais apelando à redução do IRS, e em nome de um "Estado sustentável" para justificar a redução de 200 mil funcionários públicos - PUTA QUE OS PARIU".
Até o Carrapatoso deu o ar da sua graça e da sua "inteligência", ou falta dela, afirmando que este número avançado para despedimentos na Função Pública foi conseguido através da comparação feita com outros países. A minha pergunta é: quais são esses países? Qual é o ordenado mínimo nesses países? Qual o sistema de saúde público nesses países? E qual é que é o sistema de Segurança Social praticado por esses países?
Só tenho a dizer ao Sr. Carrapatoso, e a todos os outros, que se ele não está bem aqui em Portugal que vá chular os Países de Terceiro Mundo os quais, certamente, não entram na sua comparação.
Também a um dos Promotores Paulo teixeira Pinto que acha que "existem todas as condições políticas e institucionais" para que o projecto se concretize, tenho a salientar que a sua família encontra-se presente na corrida ao "mais poderoso de Portugal", mas que ainda faltam umas boas milhas para a meta... e que se deve preocupar com o facto de eventualmente, nem chegar à meta, digamos que a sua esposa não é bem recebida pela maior parte dos membros da bancada a que pertence, e que a distrital não foi ganha com tanta diferença assim...
Para finalizar; meus pobres empresários portugueses, comecem mas é a pensar levantar este país, aumentando lucros, riqueza e postos de trabalho. Preocupem-se sim com o sector que representam, o Privado, e deixem o sector Público a quem compete. Os dinheiros públicos que foram injectados no sector privado, não chegaram?
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