segunda-feira, setembro 18, 2006
Beijo
Tudos os dias recordo
O beijo que não te dei.
Lembro os lábios que não se tocaram,
As mãos que não se entralaçaram,
Os corpos que não se uniram.
Recordo a cada instante
O odor do teu corpo que não senti,
O calor da tua boca e
O seu hálito morno, que não me tocou.
Imagino a casa que não construímos.
Aquele prado à frente dela
Que nunca vimos.
Ouço o riso das crianças que não criámos,
O barulho dos seus passos pelo pátio que não tivemos,
As suas brincadeiras, que não vimos.
À minha frente deslizam,
Calmamente,
As imagens dessa vida
Que não vivemos,
E a felicidade que não tive
Inunda-me.
Tranquilamente.
AR
O beijo que não te dei.
Lembro os lábios que não se tocaram,
As mãos que não se entralaçaram,
Os corpos que não se uniram.
Recordo a cada instante
O odor do teu corpo que não senti,
O calor da tua boca e
O seu hálito morno, que não me tocou.
Imagino a casa que não construímos.
Aquele prado à frente dela
Que nunca vimos.
Ouço o riso das crianças que não criámos,
O barulho dos seus passos pelo pátio que não tivemos,
As suas brincadeiras, que não vimos.
À minha frente deslizam,
Calmamente,
As imagens dessa vida
Que não vivemos,
E a felicidade que não tive
Inunda-me.
Tranquilamente.
AR