quinta-feira, novembro 16, 2006
Boa, malta!
Adivinhava-se há algum tempo o fim da coligação em Lisboa.
Independentemente de outras considerações, a personalidade da Drª Nogueira Pinto não é compatível com o trabalho de equipe que se requer - pelo menos de vez em quando - para o tipo de funções que ela ocupava. De resto, era evidente a sua vontade de ser protagonista, vontade nada compatível com o lugar de vereador.
Pessoalmente, acho que Lisboa não perde nada com a sua saída do executivo. Pelo contrário. A marca que deixa é a da tentativa de extinção de serviços por não lhe darem ideias para ela apresentar, posteriormente, como suas e a sua sistemática falta de respeito pelos dirigentes e funcionários que trabalhavam sob a sua supervisão. Que a estrada lhe seja leve.
A posição do Executivo fica, evidentemente, fragilizada. Mas, ao contrário do que os analistas já aventaram, não me parece grave. Praticamente em falência técnica, a Câmara de Lisboa está atada de pés e mãos. Não vai poder fazer obra nos próximos anos e, por isso, não vai poder gastar o dinheiro que não tem. Pode ser que os aproveite para reduzir o buraco financeiro.
Por outro lado a luta interna do PSD, que opõe na autarquia Paula Teixeira da Cruz a Carmona Rodrigues, vai-se tornar mais intensa, agora que o segundo se encontra numa posição mais fragilizada. Adivinha-se, portanto, espectáculo para os próximos tempos.
A não ser, claro, que Carmona fizesse o que se adivinha como o melhor, a prazo, para a cidade: dadas as dificuldades que se avolumam, chamar ao executivo o PS e fazer uma coligação estável. Afinal de contas interessa também a este último ter a casa em ordem se, por acaso, ganhar as próximas eleições.
AR