quinta-feira, janeiro 18, 2007

Divagações LXXVIII

Quando o debate sobre o Aborto chega à discussão sobre custos estamos entendidos. E eu que pensava que estávamos aqui para discutir a vida, a dignidade e essas coisas ...

AR


Comments:
Se a lei desse dinheiro a muitos dos que estão pelo NÃO, talvez fossem os mais acérrimos defensores do SIM !

Esta questão do aborto faz-me lembrar a da petição dos 40 (acho eu) contra a invasão económica espanhola, mas quando os Espanhóis abriram a bolsa o 1º ou 2º signatário vendeu logo o Banco que tinha !

Infelizmente neste mundo ocidental de pseudo moral, os seus mais acérrimos defensores talvez sejam dos primeiros a aproveitar de alguém ajoelhado ou dobrado num qualquer recanto escuro !

O vil metal condiciona toda e qualquer Moral e quem disser o contrário ou é estúpido ou utópico !
 
Sobre a questão do aborto e como já era de esperar a Igreja está a começar a sua campanha.

E lembrei-me de uma coisa, sabem porque ela está tão preocupada se a lei for aprovada ?

Por cada aborto efectuado é menos um possível futuro padre/aborto !
 
NÃO!

A questão do Aborto é mais do que uma questão político-partidária, religiosa ou economico-social é, antes de mais, uma questão humana! E quando se trata de questões humanas entendo que, não há dinheiro nenhum que pague! E quando afirmo isto, não me considero nem estúpida, nem utópica.
Vou votar NÃO porque julgo que o Aborto não deve ser utilizado como um método anti-concepcional e porque, embora utilizem o termo despenalização (princípio avançado pelo PS por forma a manipular a interpretação e aquela que deve ser a abordagem correcta da questão do Aborto), na verdade o Aborto tem sido discutido numa perspectiva de liberalização do mesmo! Se não vejamos, a forma de proporcionar melhores condições às mulheres que abortam clandestinamente será precisamente, reconhecer esta prática à luz daquela que é a Constituição Portuguesa! Como? Legalizando-a, tornando-a numa prática válida, lícita, livre, aceite, tolerada! Não falamos de liberalização?
Pessoalmente, não creio que deva ser consentido o direito de vetar a vida a um ser!
Julgo que a hipocrisia existe por parte daqueles que defendem o SIM e, escondem-se atrás destes prepósitos para cometer tais actos criminosos!
 
SIM! SIM! SIM!

As mulheres devem ser livres de decidir o que devem fazer perante uma gravidez não desejada.
Eu próprio tenho 2 filhos, passei por 2 sustos e sei o que faria caso a minha mulher tivesse engravidado a terceira vez.

É muito bonito fazer-se a defesa da vida, mas para sustentar e principalmente educar filhos são necessárias condições económicas.
Acho piada aos comentários dos apoiantes do NÃO sobre o apoio às mulheres grávidas, mas a questão não está na gravidez, está sim nos 20 anos seguintes e não é com os 200 ou 300 € de desconto do IRS que se pode sustentar um filho, mas desses 20 anos ninguém fala, estão à espera que as mulheres caiam na esparrela para gerarem trabalhadores a meio tostão furado, sim este problema é também de politica económica.

Cara RL no seu comentário toca num ponto que eu concordo em absoluto, que o aborto não deve ser um método contraceptivo, mas todos sabemos que o Governo, não o Estado, não tem manifestado interesse em promover VERDADEIRAS políticas anti e pro-concepcionais, possibilitando consultas de planeamento familiar extensivas a toda a população e simultaneamente promovendo e apoiando verdadeiramente a natalidade.

Onde está a tão prometida rede de apoio pré-escolar e o ensino sexual nas escolas para evitar as mães adolescentes ?

Se há dinheiro para seringas e metadona, porque não há para a distribuição gratuita de preservativos ou de pílulas para quem os solicitar ?

Não acredito que muita gente não tenha 20 € para um DIU, mas quantos Portugueses sabem o que é um DIU ?

Cara RL sabe o que é um DIU ?

A maior parte dos problemas deste Mundo, não se resolvem batendo com a mão no peito.

Sejam FELIZES.
 
PENSAMENTO DO DIA

Nunca um coxo treinou atletas para a maratona nem um mudo deu aulas de dicção.
Só os padres não prescindem de dar conselhos sobre a reprodução e a sexualidade.
 
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