sexta-feira, fevereiro 11, 2005

a guerra é a guerra III

o meu amigo LR pergunta-me aqui, a propósito desse post, se não me falta designar mais uns quantos alvos (pelo que percebi da pergunta dele).
É claro que falta. Aliás, os que designei eram mais ou menos exemplificativos. Mas posso, evidentemente, alargar a lista.
Por exemplo, posso começar pelo Fernando Rosas e pelas suas diatribes balofas contra o sistema e o não-sistema e o anti-sistema e ... enfim, contra qualquer coisa logo que seja contra. Ou aquele outro senhor de barba amarela que era da UDP, partido aliás digníssimo que recebia nos seus congressos delegados do Partido Comunista Albanês, país tido como uma espécie de Sol do Socialismo. Pois.
Podia depois passar ao PC e aos velhos-novos-assim-assim-de-idade estalinistas-leninistas-marxistas-não-revisionistas , a começar naquele jovem sempre de trombas de quem também não me lembro o nome, que dizem que agora é que vai ser e são precisas políticas de esquerda (talvez uma nova reforma agrária, e a terra a quem a trabalha, e vivam as indústrias pesadas e os estaleiros e o proletariado e o campesinato) e blá, blá, blá, mas que vão ter mais uma vez menos votos que nas últimas eleições e, se tiverem muita sorte, não perdem deputados (mas eu parece-me que não acredito nisso ...).
E acabava nos neo-guterristas (em abono da verdade, nos velho-guterristas), as Estrelas, os Gamas, os Gomes, os Cravinhos e as viúvas (que naquele partido ser-se viúva, pelos vistos, é um posto). Que tão bem governaram este país durante cinco anos e se rasparam quando as coisas começaram a correr mal e quem vier a seguir que feche a porta que a gente está cá é para quando isto tudo melhorar, nem que seja só um bocadinho.
Como vês, LR, há por aqui muito alvo à disposição.
AR

Comments:
E o teu amigo Santana, ó palhaço? E o teu muito-amigo Paulinho Portas? E o Bagãozinho, é novo, esse? E o Mogais Sagmento? E...?
 
E o teu amigo Santana, ó palhaço? E o teu muito-amigo Paulinho Portas? E o Bagãozinho, é novo, esse? E o Mogais Sagmento? E...?
 
A redução dos partidos políticos a meia-dúzia de "alvos" tem muito que se lhe diga. E isto vale tanto à esquerda como à direita (de que o AR convenientemente se esquece), na medida em que significa aderir à "telenovelização" ou "futebolização" da política. Cada vez mais as opções são marcadas pela cor partidária (há lá coisa mais grunha que dizer "eu sou PSD", "eu sou PS", numa lógica carneirista e acéfala?), ou pela telegenia ou prosápia das criaturas. Eu sei que o AR e o CC são bem mais argutos, críticos e lúcidos do que transparece neste blog - mas o que está escrito é o que fica...
LR
 
aqui (embora apressadamente) falei sobre a campanha, as eleições e a democracia. Dixit.
 
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