quinta-feira, novembro 24, 2005

Divagações XXIV

As Campanhas, Pré-Campanhas e Pré-Pré-Campanhas são momentos altos do Disparate Verbal! Ontem, Jerónimo de Sousa afirmava que se devia acabar com a NATO. Vou começar a anotar os disparates que for ouvindo nas várias campanhas ...
AR

quarta-feira, novembro 23, 2005

Porque não vou votar Soares

Há vários motivos para eu não votar nem nunca ter votado em Mário Soares.
Antes do mais porque não gosto da pinta dele. Não gosto do ar presunçoso de pai da Pátria, nem do velhinho bonacheirão a beijar as peixeiras, ou a mandar desaparecer o polícia que o está a servir. Nem da irritação que não esconde quando é contrariado. É certo que são estes atributos pessoais, mas é exactamente nestas pequenas coisas que se descobre a pessoa, que não pode ser indissociável do político.
Depois, porque Soares tem ainda contas a acertar com a História. Nomeadamente, a vergonhosa descolonização de que foi cúmplice e actor principal. Soares, não sendo o pai da Pátria, é seguramente o pai das guerras civis de Angola e Moçambique. É cúmplice convicto de Agostinho Neto e das perseguições aos portugueses de Angola, responsável pela onda de 'retornados' que varreu este país, da miséria em que foram lançadas essas centenhas de milhar de portugueses que perderam tudo para um punhado de canalhas e criminosos, terroristas e facínoras, que não contentes e satisfeitos com isso lançaram os seus povos na guerra, na fome e na miséria absoluta. Soares foi responsável, primeiro, pelo apoio ao MPLA e, depois, à UNITA, em manobras de diplomacia paralela inaceitáveis para quem, já na altura, era Presidente da República.
Mas Soares é responsável por mais. É responsável pelo apoio inicialmente prestado ao PC de Cunhal, de quem se afastou apenas quando a sua própria sobrevivência política foi posta em causa. De resto, foi o único líder que apareceu, no início, ao lado de Cunhal. No Palácio dos Desportos, dizia que a única via para Portugal era a do Marxismo-Leninismo.
Soares foi um incapaz primeiro-ministro, permitindo que este país resvalasse para um déficit de 12% do PIB (12%, não me enganei) e uma inflacção anual de 24% (mais uma vez não me enganei, queria mesmo escrever 24%), vivendo de empréstimos do FMI até a torneira se fechar. Soares era conhecido por não conhecer as 'pastas' mais importantes dos seus governos, dando-lhes uma vista de olhos quando se tornava absolutamente essencial.
Soares é, também, o Presidente das comitivas superiores à centena de pessoas nas suas visitas de Estado, o homem do 'desapareça' ao polícia que tentava abrir caminho para o seu autocarro, o homem da negociação para a adesão à CEE a par com a Espanha quando isso era o pior para os interesses nacionais mas o que mais convinha ao seu amigo Felipe González, então Primeiro-Ministro de Espanha.
Finalmente, Soares é o homem para quem Miterrand é o modelo de político. O mesmo Miterrand que utilizou o Estado para prosseguir interesses próprios, que praticou o terrorismo de Estado em casos como o do 'Rainbow Warrior' do Green Peace, afundado por ser incómodo para os interesses franceses no Pacífico, nomeadamente a prossecução do programa nuclear francês, de que resultou a morte de um português que nunca ouvi Soares lamentar.
Que por mais não fosse, seriam estes motivos suficientes para não votar em Mário Soares.
AR

sexta-feira, novembro 18, 2005

Tatarararã Tatararã


A Corneta voltou. Parabéns ao Tiago!

Sofia

terça-feira, novembro 15, 2005

façamos um brinde à cidade-luz



LR

segunda-feira, novembro 14, 2005

e a previsão do tempo para amanhã, em França, é...


LR

sexta-feira, novembro 11, 2005

Proposta de fim-de-semana

Sábado. Golegã. Feira do Cavalo. Previsão de tempo encoberto com algumas abertas. Lá para a noite uns pingos.
Domingo. Óbidos. Festa do Chocolate. Tempo com aguaceiros a espaços. Almoço em Peniche.
Levo a minha Maga Patalógika. E mais.
Bom fim-de-semana.
AR

Parabéns ...

... à Sofia, pelo Post nº 1000!
AR

Devendra este sábado na Aula Magna

O homeless musicalmente mais talentoso volta a Portugal este fim de semana para um concerto na Aula Magna. Engraçado que o último concerto dele foi tema dos últimos posts no meu antigo blog sobre música (a corneta, sem link que hoje em dia custa-me revisitar a carcaça). A estações mudam mesmo. Julgo que posso dizer, até com alguma objectividade, que foi dos melhores concertos do ano passado, que a música dele transmite alegria, optimismo, que é deliciosamente naive e sem peneiras.




Há uns quantos renegados que levo comigo, que teimam que isto é música de gajas, mas terei prazer em testemunhar a sua conversão.

Outra religião (e nunca propriamente a minha) foram os Young Gods este domingo também na Aula Magna. Uma noite quase tribal em que se via espectadores em estranhos transes. Parece-me que a Aula Magna já não se levantava em peso há uns quantos concertos. Encores foram 3 e isso é sempre um bom estimador da entrega do concerto. Excelente!

Sofia

quinta-feira, novembro 10, 2005

pequenas curiosidades do mundo do futebol, parte 3

O problema recorrente de saber se a bola ultrapassou a linha de golo, que ainda há poucos dias se levantou, pode ser facilmente solucionado com a adopção desta minha excelente ideia (os pensamentos geniais são meu apanágio, a par da modéstia): a bola devia ser equipada com um chip que, caso a linha de golo fosse ultrapassada, daria choque. Caso o guarda-redes gritasse de dor, as dúvidas ficariam dissipadas.
LR

Segurem-me, que lhe parto os cornos!

Está um homem descansado quando uma amiga lhe envia um mail com a frase "...toma lá o linque ó cabrão". Fiquei sem pingo de sangue. Ó Cabrão? Ó Cabrão????? Mas estamos a gozar ou quê? O quê, pensará ela. Pois. Quando lhe faço sentir a inconveniência do vocabulário responde-me, a certa altura "... ó estupor de merda! Rabeta! Maricas!" Rabeta? Maricas? Eu?????? Então mas andei-me a esforçar estes anos todos para que nunca, em situação alguma, me chamassem rabeta ou maricas e é isto que recebo como paga? Segurem-me!
AR

terça-feira, novembro 08, 2005

Pausa para descomprimir

No outro dia estava a passear com o CC na rua e pareceu-nos avistar o Vasco Pulido Valente à janela. A foto não faz jus à verdadeira personagem, mas o gato tinha um ar de tal forma enfastiado enquanto observava a realidade que julgámos estar à altura.



Sofia

So long, farewell, Auf wiedersehn, good night

Eu não acho que há uma identidade europeia unificada, nem o próprio Parlamento, nem tu parece-me. Aliás, agora cada instituição puxa a brasa à sua sardinha: a Europa é cristã, a Europa é republicana, a Europa é ética. Não me parece que haja noções muito claras aqui.
Vejo o problema de forma diferente. Uma coisa é parar uma onda de violência que se propaga não sabemos como (forma organizada? por quem? porquê?). Que forma se pode pôr cobro a isto, se pelo exército, se pelo recolher obrigatório.
Outra coisa é constatar que isto é resultado de uma série de tensões que existem entre diferentes comunidades, mais ou menos por toda a Europa. Que essas comunidades existem e vão existir mais no futuro. Constatar que este problema é mais complexo que a "terra é minha" possa dar. Que não tem a ver com esmolas, ou noções caritativas. E isso sim é bom senso.

Sofia

Ah!Ah!Ah!Ah!

Ciao.
AR

adeus

CC

Será melhor um desenho?

Os valores avançados sobre a Europa, que eu pelos vistos não tenho mas estão na posse da Sofia, estão a demonstrar resultados excepcionais. Já vão quantos dias de arruaça, pilhagens e destruição? 12? Os meus valores atrasados sobre a Europa, que eu ainda tenho mas a Sofia já deixou para trás, implicam que provavelmente não teria existido um único dia dessa arruaça, pilhagens e destruição.
Eu até gostava de fazer um desenho, mas só muito mau a fazer bonecos e por isso vou-me ficar pelas palavras.
No post que deu origem a esta nossa troca de impressões, eu escrevo que, e cito, "A Europa é hoje aquilo que é, em muitos aspectos, devido aos imigrantes". Continuo - "Aos internos, ou seja, àqueles que circulam entre os Estados-membro (de que Portugal foi, durante largas décadas, forte 'fornecedor') e aqueles que vêm de fora do seu espaço político e geográfico. E a sua riqueza e progresso construiu-se também sobre essas comunidades." Para concluír que "... a Europa, também por isso, deve ser um espaço de ordem e autoridade, onde fique quem queira construir esse progresso e pretenda viver sob essas regras e se vá embora quem delas não partilhe ou as não pretenda cumprir."
A patetice, minha amiga Sofia, é continuar de mão estendida a quem a quer morder. Eu, pessoalmente, não sou grande apreciador de dentadas. Os jovens, que aparentemente consegues compreender, não respeitam as tuas opiniões e não aceitam a tua maneira de viver. Esses jovens, que eu, fascistamente suponho, considero que são arruaceiros e meliantes, querem outro tipo de sociedade mas querem-no no lugar da tua.
Eu acho muito bem que eles queiram outro tipo de sociedade. Mas não no sítio da minha. Esta é a minha terra, tem as suas leis, os seus principios, a sua forma de estar. E assim deve permanecer porque é a minha. Quando recebo alguém em minha casa, os meus convidados têm que me respeitar. Caso contrário, vão-se embora. Parece-me isto de tão elementar bom senso, que os valores atrasados sobre a Europa, que eu tenho e tu ultrapassaste, afiguram-se-me bem mais válidos do que os teus valores avançados.
AR

C'licença

Como o nível dos argumentos está naquele patamar elevado (já agora sou de Lisboa, mas do bairro do Sporting, poderei eu pôr os pés no Benfica?), lembrei-me de um artigo que li no Monde Diplomatique de Setembro (agradeço ao proprietário do jornal, cuja a existência não conhecia, do jornal não do proprietário note-se) um retrato sobre os desafios que se punham à Alemanha com as recentes eleições. Entre outros temas, a imigração crescente era uma das principais constatações. Se agora a taxa de imigração se cifra na casa dos 20%, dada a taxa de natalidade descrescente punha-se o cenário que dentro de cerca de 20 anos a taxa de imigração na Alemanha possa chegar aos 40% e se os Alemães saberiam comportar essa realidade. Por um lado, o benefício de ter mais gente, mais gente para alimentar o Estado Social, por outro, os inevitáveis choques culturais e a dúvida se se perderia a identidade alemã. Ora bem, pela força dos números parece que cada vez há menos europeus.

Hoje no editorial do Público o José Manuel Fernandes aludia a que ambas as comunidades se precisam ("a integração só é possível se ambas as comunidades quiserem. Os franceses são devedores dos imigrantes, estes também são devedores da França: sem que ambos entendam isso, não haverá solução."). Por isso em vez de nivelar os argumentos por baixo, a europa aos europeus e essas patetices (que tem de tal forma a identidade definida que aquela a questão das raízes cristãs no Preâmbulo da Constituição Europeia não deu celeuma nenhuma...se calhar não faria mal avançares com a tua definição de valores europeus, fazias um favorzinho ao parlamento europeu AR) que tal constatar que já somos europa de muitos e que esta pode ser uma boa oportunidade para definirmos realmente os deveres que cada uma destas comunidades tem de cumprir. O cenário dos 40% não está longe.

Sofia

já estavamos conversados antes

(pá?)
CC

Boa, pá!

À laia de argumento, o meu amigo CC solta um '...vai para a tua terra, Coimbrão fascista!". Estamos conversados quanto à tua opinião, pá.
AR

segunda-feira, novembro 07, 2005

a escumalha é europeia

Lisboa aos lisboetas: vai para a tua terra, AR.
CC

Paris 2005

Julgo que já tive oportunidade de aqui expressar a minha opinião acerca daquilo que entendo dever ser a conduta mais correcta face às comunidades imigrantes. Mas vou repeti-la.
A Europa é hoje aquilo que é, em muitos aspectos, devido aos imigrantes. Aos internos, ou seja, àqueles que circulam entre os Estados-membro (de que Portugal foi, durante largas décadas, forte 'fornecedor') e aqueles que vêm de fora do seu espaço político e geográfico. E a sua riqueza e progresso construiu-se também sobre essas comunidades.
Mas a Europa, também por isso, deve ser um espaço de ordem e autoridade, onde fique quem queira construir esse progresso e pretenda viver sob essas regras e se vá embora quem delas não partilhe ou as não pretenda cumprir.
Vem isto, evidentemente, a propósito do que se tem passado em Paris e, agora noutras localidades, onde bandos de criminosos e arruaceiros, desafiam a ordem pública, a autoridade do Estado, o direito à propriedade, a vida e a segurança dos indivíduos. E observo, vagamente consternado, a incapacidade de as autoridades em fazerem respeitar essas mesmas ordem e autoridade.
Certamente não faltarão as vozes que virão defender a teoria dos desgraçadinhos e dos infelizes, expoliados do direito inalienável ao conforto por um qualquer sistema capitalista opressor e explorador, que se vêem afastados do trabalho, da educação e de todas as outras coisas de que sempre se fala nestas alturas. Boas, sem dúvida, mas que apenas se podem conquistar pelo trabalho e pelo esforço de todos.
Em certos aspectos, julgo que a Europa vive ainda um trauma pós-colonial que a impede de ver as coisas mais ou menos como elas são. E, no meu entendimento, elas são assim.
A Europa é dos Europeus. Antes de mais e de todos os outros. Não é dos Africanos ou dos Asiáticos. Na Europa cabem os muçulmanos mas não é muçulmana. E esta realidade tão simples caíu no politicamente incorrecto dos dias em que vivemos, apesar de ninguém contestar a frase de ordem 'A África aos Africanos' ou a sua extrapolação 'A Ásia aos Asiáticos'. Que, também eu, não contesto.
Os motins que se têm realizado em França são um primeiro teste à vontade dos Europeus em afirmarem a Europa, antes de tudo, como sua. A forma como as autoridades de Paris lidarem com esta situação vai marcar o padrão para actuações futuras e dar ao sinal, a quem está fora, daquilo que os Europeus estão dispostos a fazer para preservarem o seu espaço político, cultural e geográfico. E isto é tanto mais importante quanto é um facto que os motins têm sido levados a cabo por jovens africanos e árabes (incluindo aqui os imigrantes do chamado Mundo Árabe) de segunda geração, contestatários da sociedade vigente por não a sentirem como sua, desintegrados do seu sistema de ensino e dos seus valores, vivendo à sombra de um Estado Social que se quer para auxiliar os que têm pouco mas que não se quer para sustentar os que o não aceitam, que não se querem integrar nem contribuir, com o seu esforço e o seu trabalho, para a construção de uma sociedade mais próspera e mais justa.
Não sei bem como se poderá resolver este problema. Não me choca, no entanto, a ideia da expatriação para os países de origem dos pais, com a consequente abolição da nacionalidade europeia e dos direitos civis inerentes e a interdição de retorno ao espaço Europeu.
A ver vamos como tudo isto acabará.
AR

sexta-feira, novembro 04, 2005

Mumemo, Maputo

Contra o cultivo da insensibilidade:

CC

quinta-feira, novembro 03, 2005

mais jogos de xadrez

Existe no Ministério da Justiça um instituto cuja função, entre outras, é a de «construir e manter bases de dados de informação na área da justiça, designadamente as de acesso geral; e prestar serviços a entidades públicas e privadas no domínio da informática». Chama-se Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça e trabalham no edifício-sede, na avenida Casal Ribeiro, nº 16, em Lisboa, mais de cem pessoas, a maior parte especialistas em informática.
Têm um bonito organograma, com 6 departamentos e 5 gabinetes técnicos. No entanto, havia uma lacuna: ninguém desta gente percebe muito de páginas web e não havia maneira de garantir a «manutenção dos conteúdos da página oficial do Ministério da Justiça» (sic). Sim, que isto de "manter" as páginas não é tão fácil como parece - e, ainda mais difícil se torna numa página tão complicada como a do Ministério da Justiça.).Free Image Hosting at www.ImageShack.us
Assim, foi o sr. Ministro da Justiço obrigado a contratar uma hiper-super-especialista em "manutenção" de páginas web, porque não havia maneira da página se manter quieta (estava cheia de bugs carpinteiros). Como o trabalho em causa exige um rigor absoluto e conhecimentos raríssimos de obter e aplicar, é natural que seja bem pago. Mais do que, digamos... um juiz. Como se sabe, os juízes ganham muito (2.355,87 € ilíquidos, para um juiz de um tribunal de 1ª instância, em início de carreira) para o que fazem e para o que representam. Mas, ainda assim, foi necessário pagar mais a este técnico hiper-super-especializado, pois o trabalho em causa é árduo, cheio de condicionalismos profissionais e de risco e está pejado de responsabilidades sociais.
CC

Poderá ser?

Ó Sofia, esse tal de movimento Dada terá alguma relação com o Idi Amin?

AR

quarta-feira, novembro 02, 2005

stop the press

A PJ esteve em casa de Jorge Coelho procurando um jogo de xadrez. Consta que irão de seguida a casa de José Sócrates em busca de um cubo mágico, e depois ao escritório de António José Seguro onde alegadamente estará um dominó. Rumores de que João Cravinho terá em sua posse um jogo da glória não foram confirmados.
LR

da habilidade de se rir (de si própria)





No outro dia descobri algo sobre mim própria que não gostei. Descobri-o no olhar do outro, que me fez ainda gostar menos. "Apanhada!" pensei. Em palavras caras estas faltas designam-se por idiossincrasias. Todos as cometemos. Manias. Maneirismos. Maneira própria de reagir, que não deve receber desculpa por ser a nossa e pelo facto de estarmos tão habituados a ela que já não vemos, não nos apercebemos, o que em palavras sinceras se designa por atingir o estado de pateta. Ridículo.

Haverá muitas formas de auto exame no entanto, vejo que uns bigodes bem aplicados podem sempre enquadrar-nos na nossa verdadeira dimensão. Este tipo exercício é também útil para enquadrar a verdadeira dimensão de qualquer outra pessoa (nomeadamente aquelas que tiram o dia para estragar o nosso). Afinal, é só mais um pateta. Experimentem fazê-lo na cara do chefe. É terapêutico posso afiançar.

O quadro acima é de Marcel Duchamp e vai estar em exibição até meados de Janeiro no Centro Pompidou, integrado numa exposição do movimento Dada.

Sofia

Terra

Lembra-te que és .
CC

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